sábado, 31 de agosto de 2013
A Dama das Camélias
Nome: “A Dama das Camélias”
Autor: Alexandre Dumas
Nº de Páginas: 208
Editora: book.it
Sinopse: “Margarida Gautier é a mais famosa e cobiçada cortesã
parisiense, Armand Duval, um jovem aristocrata com um futuro promissor. A
história de amor destas duas personagens, vivida, contra os preconceitos da
época, na Paris do século XIX, foi inspirada na própria paixão do autor pela
cortesã Marie Duplessis, que para além de Dumas foi amante de Franz Liszt e de
outros homens notáveis antes de morrer de tuberculose, aos 23 anos. A
Dama das Camélias é, pois, uma elegia e um cântico ao amor que deu
origem, não só à adaptação teatral feita pelo próprio Dumas, como a uma das
mais famosas óperas de Verdi - La Traviata - e a dezenas de
adaptações para filmes e telefilmes. De Sarah Bernhardt a Greta Garbo, a
trágica Dama das Camélias já assumiu mil belos rostos para simbolizar essa
dádiva universal que é o amor.”
Opinião: Alexandre Dumas nasceu em Paris, sendo filho ilegítimo do
escritor com o mesmo nome e de uma costureira. Tal como havia sucedido com o
pai, Dumas tornou-se um importante escritor francês, sendo autor de diversos
livros e peças de teatro. Apesar do seu nascimento ilegítimo, aos sete anos o
seu pai reconheceu-o legalmente e assegurou que tivesse uma boa educação,
acabando por o retirar à sua mãe. A agonia desta mãe por ficar sem o seu único
filho, foi por diversas vezes inspiração para Dumas nas suas obras, sendo que
na sua peça de 1858, “O Filho Natural”, defendeu que se porventura alguém
tivesse um filho ilegítimo teria a obrigação de assumir o filho e casar com a
mulher. A sua ilegitimidade levou a que fosse por diversas vezes hostilizado
pelos seus colegas dos colégios internos por onde passou, aspecto que se veio a
reflectir na sua forma de ser e também nas suas obras.
Em 1844, Dumas mudou-se para
Saint-Germain-en-Laye para viver com o pai, onde conheceu Marie Duplessis, uma
jovem cortesã, que levou à criação da obra “A Dama das Camélias”, que se tornou a base da Ópera La Traviata
de Giuseppe Verdi. Autor de doze romances e de diversas peças, Dumas publicou
em 1867 um livro semiautobiográfico, “L’affaire
Celemenceau”, considerado por muitos como uma das suas melhores obras. Em
1874 foi admitido na Académie Française
e em 1894 venceu a Légion d’Honneur.
Alexandre faleceu um ano depois em Yvelines.
Em “A Dama das Camélias”,
encontramo-nos em Paris, no século XIX, e Margarida Gautier é uma famosa
cortesã por quem Armand Duval, um jovem aristocrata, se interessa, acabando por
se tornar seu amante. A história inicia-se quando o nosso narrador recebe uma
visita de Duval que retomou a Paris após a morte da famosa cortesã, procurando
um bem da sua amada. Aquando da sua morte todos os seus bens foram vendidos e o
nosso narrador adquiriu uma obra que Duval ofereceu a Margarida, pelo que este
último ao ter conhecimento desta compra o procura com o intuito de a rever,
acabando por lhe contar a sua história.
Esta é a história onde Dumas
expõe o seu amor pela jovem Marie Duplessis, que acaba por perder para a
tuberculose com apenas 23 anos. Neste volume, o escritor presenteia-nos com
diversas mensagens, desde a força e beleza do amor, à hipocrisia da sociedade e à dor dilacerante de perder alguém que se ama.
Embora não acredite em amor à
primeira vista, como aquele que nos é apresentado nesta narrativa, é inegável a
beleza desta história de amor, verdadeira e repleta de ternura, contendo uma
força enorme, sendo capaz de ultrapassar todas as barreiras.
Dumas além de exaltar e eternizar
o seu amor, demonstra igualmente a hipocrisia da sociedade francesa, que
defendia liberdade de direitos para todos, mas que, ainda assim, condenou o
amor vivido entre estes dois jovens, simplesmente por Margarida ser uma
cortesã, não percebendo que por detrás dessa profissão se encontrava uma
mulher integra, sendo uma sociedade com inúmeros preconceitos e ideias pré-concebidas. Nesta obra é também visível o oportunismo e a mesquinhez das pessoas, em que se percebe que quando Margarida é uma importante cortesã todos a adoravam e desejavam estar com ela, contudo com a mesma começa a definhar, perde até os seus amigos mais próximos.
Numa escrita repleta de
romantismo, característica do século XIX, onde se enaltece o amor, a dor da perda
de alguém que se ama, sendo polvilhada igualmente por um toque de ironia, o escritor eterniza a sua
história de amor, que nos toca com a sua beleza e tragédia, deixando-nos uma
marca de tristeza e saudade pela perda de um amor sincero e espontâneo. Nestas
páginas demonstra que o amor pode ser sentido sinceramente por todos e que
nunca é tarde para se começar de novo e para a redenção.
Frases a Reter: “A criança é pequena e encerra o homem; o cérebro é
estreito e abriga o pensamento; o olho é um ponto e abrange léguas.”
Avaliação: 4/5 (Gostei Bastante!)
sexta-feira, 30 de agosto de 2013
TAG Alfabeto Literário (1)
Esta interessante Tag Alfabeto Literário foi-me oferecida pelas simpáticas Jojo do blogue Os Devaneios da Jojo e pela Carolina do Singularidades de uma Rapariga Loira . Obrigada a ambas. :)
O objetivo é encontrar na estante cinco livros que comecem pelas 5 letras escolhidas pela pessoa que nos indicou. (Os artigos não contam; por exemplo, Os Jogos da Fome contam como J.)
As letras que a Jojo escolheu para mim foram:
As letras que a Jojo escolheu para mim foram:
V S H I E
V:
"(A) Vingança do Assassino" de Robin Hobb
A Saga do Assassino é uma das minhas sagas preferidas e Robin Hobb uma das minha escritoras de eleição. Embora este não seja o meu livro preferido da saga, evidencia, sem dúvida, a qualidade desta fantástica escritora, apresentando-nos um mundo original e cativante, contendo personagens tremendamente reais. Estou desejosa de poder ler a seguinte saga, que promete ser tão boa ou ainda melhor que esta.
*Opinião*
S:
"(O) Segredo da Casa de Riverton"
Esta foi a minha obra de estreia com a escritora Kate Morton e que me tornou sua fã ou não se tivesse tornado esta numa das minhas obras preferidas. Adorei a sua escrita sublime, fluída e cativante, tal como a sua história repleta de suspense, mistério e amor. O ponto mais forte da escritora é, sem dúvida, a sua forma singular de narrar, a forma como descreve o ambiente e as personagens, que nos tocam e surpreendem constantemente. Aguardo com alguma expectativa as suas restantes obras, sendo que já tenho por ler "As Horas Distantes".
*Opinião*
H:
"Harry Potter e a Pedra Filosofal" de J. K. Rowling
Nunca havia tido a possibilidade de ler as obras desta fantástica escritora quando era pequena, até porque o meu gosto pela literatura é relativamente recente, sendo que somente há um ano é que tive a possibilidade de poder embrenhar neste primeiro volume.
Apesar de sentir que teria gostado muito mais desta obra se a tivesse lido em pequena, na faixa etária do pequeno Harry, a verdade é que a escritora é soberba, apresentando-nos uma história original, cativante, com personagens reais, que temos a possibilidade de ver amadurecer de livro para livro.
J. K. Rowling conquistou ao longo dos anos inúmeros fãs e mesmo só estando agora a ler as suas obras, compreendo perfeitamente a adoração dos seus leitores. Encontro-me inclusive neste momento a ler o seu quarto volume e a gostar bastante.
J. K. Rowling conquistou ao longo dos anos inúmeros fãs e mesmo só estando agora a ler as suas obras, compreendo perfeitamente a adoração dos seus leitores. Encontro-me inclusive neste momento a ler o seu quarto volume e a gostar bastante.
*Opinião*
I:
"(A) Iniciação" de Jennifer Armintrout
O meu gosto pela literatura adveio de livros do Fantástico, inicialmente sobretudo por livros do mundo vampírico, pelo que são obras que inicio sempre com alguma expectativa. Este volume foi uma das minhas leituras deste ano e que me surpreendeu pela positiva, pela sua originalidade quanto ao mundo vampírico, tal como pela caracterização das personagens e pela escrita fluída.
*Opinião*
E:
"Estarás Sempre Comigo" de Anna McPartlin
Esta foi a minha obra de estreia com a autora e que me cativou inteiramente, pela sua história repleta de emoções, força e inúmeras mensagens, que nos perduram na memória muito após o término da mesma.
*Opinião*
Quanto às letras que a Carol escolheu para mim:
R M L T A
R:
"(A) Rapariga que Roubava Livros" de Markus Zusak
Passando-se durante a Segunda Guerra Mundial, esta obra presenteia-nos com uma história emotiva, contendo inúmeras mensagens, que nos tocam profundamente. Embora tenha sido idealizada inicialmente para um público mais jovem, este livro poderá ser lido por todos, deixando uma marca de esperança, de amizade, ressalvando a importância das palavras, mas essencialmente da vida.
Este livro tocou-me de uma forma singular, sendo um dos meus preferidos, que terei de reler ao longo da minha vida, pois acredito que sentirei sempre as emoções nele patentes.
Aguardo com expectativa futuras obras deste fantástico escritor, traduzidas para a língua dos Camões.
*Opinião*
M:
"Mariana" de Susanna Kearsley
A minha de obra de estreia com a fantástica escritora Susanna Kearsley, que me apresentou uma história soberba, conjugando o género Fantástico, com o Romance de Época de forma sublime, com personagens reais e uma trama intrigante, repleta de suspense e amor. Este volume é também um dos meus preferidos, que recomendo sem qualquer reserva.
*Opinião*
L:
"(O) Leitor" de Bernhard Schlink
Esta obra é um bom exemplo de quão delicioso poderá ser um livro com poucas páginas. Cativou-me essencialmente pela narrativa e pérolas nela patentes, que me fizeram reviver tempos idos, em que pensava e sentia da mesma forma que o nosso jovem Michael. A história é igualmente interessante e cativante, levando-nos a ansiar por futuros desenvolvimentos.
*Opinião*
T:
"(O) Teu Rosto Será o Último"
Este volume chamou-me à atenção inicialmente pela sua sinopse e título cativantes, tal como pelo facto de ter vencido um prémio Leya. Embora tenha sido uma obra que não me cativou inteiramente, tendo-me deixado com sentimentos algo contraditórios, foi uma obra que me agradou.
*Opinião*
A:
"Antes de Adormecer" de S. J. Watson
Outro dos meus livros preferidos, desta vez no registo policial, esta obra conjuga o policial com uma área que me diz muito, a Psicologia. Gostei muito do cerne da história e do seu desenvolvimento, tal como me senti bastante envolvida pelas personagens. Penso que se trata de um livro muito original e interessante, que se lê numa assentada e que nos deixa vidrados na história, desejosos de saber o que se irá passar de seguida.
*Opinião*
Desafio os blogues:
Ghost Reader - R G A S L
Era uma vez... - C E U V O
Forever Young - M F C P A
Ler é Viver - S B N J A
Morrighan - A S M C R
quinta-feira, 29 de agosto de 2013
Odisseia Celestial - Os Orbes do Conhecimento
Nome: “Odisseia Celestial – Os Orbes do Conhecimento”
Autora: Inês Maia
Nº de Páginas: 235
Editora: Edição de Autor
Sinopse: “Cinco anos passaram desde a sua última missão e Anaís
ainda é perseguida pela memória do seu protegido, Pedro, que teve de abandonar
na Terra. A arcanjo dava tudo para voltar… E a oportunidade surge pela
revelação de uma perturbadora notícia: quando Gabriel, o seu antigo companheiro
de missão, abdicou da sua condição como anjo, o seu conhecimento divino foi
libertado no planeta Terra, pairando à mercê de quem o transforme em inventos
potencialmente perigosos. O relógio não pára.
Líder de uma equipa de resgate, Anaís terá de percorrer o mundo em busca dos orbes do conhecimento com o auxílio dos seus colegas celestiais. Contudo, as forças do mal conspiram para os impedir… Serão capazes de agir quando vidas humanas são ameaçadas e a lealdade dos seus é posta em risco? Será Anaís a arcanjo certa para a tarefa? Ou os fantasmas de um passado escuro poderão pôr em causa o seu desempenho?
Um romance que alia o universo fantástico do bem e do mal com o quotidiano, Odisseia Celestial – Os orbes do conhecimento é o volume sucessor de Desafio Celestial (2011, Editorial Presença), afirmando-se como uma aventura épica recheada de acção, mistério e magia que prenderá o leitor até à última página.”
Líder de uma equipa de resgate, Anaís terá de percorrer o mundo em busca dos orbes do conhecimento com o auxílio dos seus colegas celestiais. Contudo, as forças do mal conspiram para os impedir… Serão capazes de agir quando vidas humanas são ameaçadas e a lealdade dos seus é posta em risco? Será Anaís a arcanjo certa para a tarefa? Ou os fantasmas de um passado escuro poderão pôr em causa o seu desempenho?
Um romance que alia o universo fantástico do bem e do mal com o quotidiano, Odisseia Celestial – Os orbes do conhecimento é o volume sucessor de Desafio Celestial (2011, Editorial Presença), afirmando-se como uma aventura épica recheada de acção, mistério e magia que prenderá o leitor até à última página.”
Opinião: Inês Maia é natural de Matosinhos e desde pequena que
cultivou o gosto pela literatura e pelas artes em geral. Em 2004 teve duas
contribuições suas publicadas numa colectânea, “No traço dos sonhos…”, que foi editada pelo Colégio de Nossa Senhora do Rosário, onde frequentava. Interessada por cinema, música,
pintura e literatura, foi vocalista de uma banda durante algum tempo e participou em várias
competições e espectáculos. Actualmente, Inês é uma estudante de medicina na
Universidade de Porto, que viu a sua primeira obra ser editada em 2011, pela Editorial
Presença, “Desafio Celestial”. No ano da
publicação deste volume, Inês começou a redigir a sua continuação, contudo a
actual conjuntura levou a que obra, “Odisseia Celestial – Os Orbes do
Conhecimento”, não viesse a ser publicada. Apesar deste contratempo, a jovem
escritora decidiu não se acomodar e editar a continuação em ebook para os fãs do seu
anterior volume, mas também para aqueles que não tenham lido a sua obra de estreia,
pois segundo a escritora poderá ser lido como standalone.
Quando este volume se inicia
passaram cinco anos desde os acontecimentos do anterior volume, em que Gabriel havia abdicado da sua condição de anjo, o que levou a
que conhecimento divino fosse distribuído por vários cantos do planeta, colocando em causa a sustentabilidade do mesmo.
Ao ser líder de uma equipa de
resgate, a arcanjo Anaís terá de percorrer os quatro cantos do mundo recolhendo os
orbes do conhecimento que se encontram na posse de humanos. Contudo, a tarefa
não será simples, pois as forças do mal desejam que estes orbes nunca sejam
descobertos, pois os mesmos poderão levar à destruição do planeta. Será Anaís e
os seus companheiros capazes de recuperar os orbes e salvar a Terra? E será que
o destino a fará reencontrar Pedro, o seu anterior protegido por quem se havia apaixonado?
Tinha conhecimento do anterior
volume, “Desafio Celestial”, que já me tinha chamado à atenção, contudo o facto
de não existirem muitas opiniões sobre o mesmo levaram a que ficasse um pouco
reticente de o experimentar. Quando fui contactada pela simpática escritora,
que me propôs a divulgação e leitura do seu mais recente volume, não hesitei em
aceitar embrenhar neste volume.
Iniciei esta obra com alguma
curiosidade do que iria encontrar no mesmo e surpreendeu-me pela positiva pelo
mundo original, cativante e interessante que se propõe a contar, sobre anjos e
demónios. São poucos os livros que já tive o prazer de ler contendo esta
temática, pelo que fiquei bastante curiosa e expectante por futuros
desenvolvimentos e apreciei realmente a história em volta destes seres e dos orbes do conhecimento.
Pessoalmente, penso que a escrita
da autora precisa de algum amadurecimento, embora seja agradável e de fácil
leitura, isto porque existem vários acontecimentos que nos parecem um pouco
apressados e, por vezes, pouco fluídos. Também as relações entre as personagens
se mostraram, em alguns momentos, um pouco apressadas, mais concretamente o
envolvimento entre dois companheiros de missão de Anaís, o Principado e Emília.
Todavia, este sentimento poderá existir devido a não ter lido o anterior
volume, que certamente nos deu a conhecer ambos os personagens e as suas vivências.
Penso inclusive que se tivesse lido o anterior volume, antes de embrenhar nesta
leitura, teria podido apreciar esta obra de outra forma, permitindo-me conhecer
melhor as personagens, a sua forma de ser, ambições e medos.
Relativamente às personagens,
considerei que se encontravam um pouco infantilizadas, sendo necessário
investir um pouco mais nas relações entre elas, de modo a que nos parecessem
mais reais e consistentes. Apreciei a nossa personagem principal, Anaís, pela
sua força e perseverança, mostrou ser uma pessoa lutadora, apaixonada, que passou
por várias provações.
Quanto às restantes personagens, todas tiveram uma certa
importância na trama, os companheiros de missão de Anaís lutaram afincadamente
junto dela, para que fosse possível salvar o mundo da destruição, e o seu amor perdido veio
atribuir algum suspense e acção à trama, porém o facto de não ter lido o anterior
volume, não me fez sentir, infelizmente, verdadeiramente a paixão entre ambos.
Numa escrita simples, com
descrições bem conseguidas, que nos transportam para os diferentes locais da trama, Inês Maia presenteia-nos com uma história
interessante e cativante, que certamente agradará a um público mais jovem, mas
que poderá não preencher completamente as medidas de um público mais exigente.
Avaliação: 3/5 (Gostei!)
terça-feira, 27 de agosto de 2013
Selo Liebster Award (4)
Este selo foi-me oferecido pela simpática Carol do blogue Singularidades de uma Rapariga Loira. Muito obrigada por te teres lembrado de mim e lamento ter demorado tanto tempo a responder ao mesmo.
Regras:
- Responder 11
coisas sobre o seu próprio Blog;
- Responder às
11 perguntas feitas pelo Blog que te indicou;
- Indicar 11
blogs com menos de 200 seguidores;
- Fazer 11
perguntas para os Blogs que indicou.
11 coisas sobre o Blogue (esta parte do selo avizinha-se difícil…
:P)
1 – O blogue foi criado dia 28 de
Fevereiro de 2011;
2 – Decidi criá-lo após um amigo
meu dizer que gostava de ler as minhas opiniões e que deveria criar um blogue
onde as pudesse expor;
3 – A denominação do blogue foi
algo que me surgiu quase instantaneamente e que me pareceu o mais acertado,
pois a leitura tem para mim realmente um toque de mágica. Permite-me conhecer
novos mundos, ajuda-me nos momentos bons, mas essencialmente nos menos bons,
confortando-me de certa forma;
4 – Além das opiniões tenho
poucas rúbricas, somente “Frases Mágicas”, a qual ficou parada quando estive
ausente, mas que voltará ainda esta semana, e “Um livro, uma adaptação”;
5 – As opiniões sobre os filmes
são as menos regulares porque são as que mais dificuldade tenho de realizar,
muito devido a ser pouco conhecedora da sétima arte;
6 – O blogue tem duas parcerias
editoriais;
7 – O blogue contou até agora com
3 passatempos;
8 - Embora sempre tenha tentado
desde o início ser o mais sincera possível nas minhas opiniões, sinto que nos
últimos tempos me tenho tornado mais frontal e por vezes receio ser mal
interpretada;
9 – O blogue conta neste momento
com 291 seguidores no blogue e 348 likes
no Facebook;
10 – O post com mais visualizações foi, até ao momento, o 45 Dias de Desafios Literários –Dia 12: Saga Favorita com 3447 visualizações;
11 – O blogue teve até ao momento
79332 visualizações. (Obrigada a todos por este fantástico número. :D)
11 Perguntas:
1. O teu blog atual foi o primeiro que criaste?
Sim, este foi o primeiro blogue
que criei.
2. Porque decidiste criar o blog? Qual o teu objectivo na sua criação?
Na verdade, embora escrevesse
algumas opiniões num fórum onde participei durante algum tempo, criar um blogue
nunca me tinha parecido uma possibilidade, pois sentia que não escrevia
suficientemente bem para poder criar um espaço literário. Contudo, após um
amigo me dizer por diversas vezes que o poderia fazer, pois certamente alguém
gostaria de ler o que escrevia, decidi arriscar e a verdade é que embora tenha
começado a medo, com um enorme receio de como iria ser recebida, não me
arrependo de forma alguma. Foi, sem dúvida, uma grande experiência, que me
permitiu conhecer pessoas novas que gostam tanto quanto eu de embrenhar num bom
livro.
3. O que consideras importante num blog? O que tentas sempre ter em
conta ao criares as tuas postagens?
Aprecio num blogue as opiniões
bem escritas e sinceras, a simpatia do seu anfitrião e rúbricas interessantes.
No meu caso, gosto de acreditar que as pessoas gostam de visitar o meu cantinho
e que consigo fazer as pessoas sentirem-se bem-vindas, se é que me faço
entender. Ao criar os meus posts,
tento transmitir da melhor forma possível o que as obras me fizeram sentir ou
as suas adaptações cinematográficas, tentando passar para as mesmas parte
daquilo que sou, fazendo-o da forma mais sincera possível, embora por vezes
receie ser mal interpretada, coisa que já me aconteceu.
4. Os teus conhecidos sabem da existência do teu blog?
No início, quando criei o blogue,
eram muito poucas as pessoas que sabiam da sua existência, mas à medida que os
meses foram passando outras pessoas foram tomando conhecimento do mesmo, sendo
que hoje em dia todos os meus amigos sabem que tenho este espaço literário. Da
família, somente as pessoas mais chegadas é que têm conhecimento, muito devido
a eu ser das poucas pessoas da família que têm este gosto pela literatura.
5. Quais as melhores experiências que o teu blog te proporcionou?
Penso que todas as vezes que
recebo um email ou um comentário com uma palavra carinhosa e simpática me
deixam felizes, tal como conhecer novas pessoas com esta paixão em comum. Todas
as vezes que sou contactada por um escritor ou quando recebi um convite para escrever
para a Revista Bang!, são tudo experiências fantásticas conquistadas através
deste pequeno blogue.
6. Descreve o teu blog em três palavras.
Esta pergunta é muito difícil e
sinceramente não sei…
7. O que podem os leitores encontrar ao visitar o teu blog?
Podem encontrar um espaço
literário, onde exponho as opiniões aos livros que vou lendo, as adaptações
cinematográficas que tenho a possibilidade de ver…
8. O teu blog já te proporcionou situações desagradáveis?
Já tive algumas situações menos boas,
alguns comentários mais agressivos e uma vez uma pessoa faltou-me ao respeito.
Contudo, os aspectos positivos, o que retiro de bom do blogue, retira
importância a estes momentos menos bons.
9. Achas estes desafios importantes ou aborrecidos?
Acho interessantes, até porque
permitem que nos conheçamos um pouco melhor, apesar de por vezes não saber bem
o que responder às perguntas. :P
10. Já alguma vez pensaste eliminar o blog?
Sinceramente já cheguei a pensar
em deixá-lo em stand-by durante algum tempo, especialmente naquelas alturas em
que a minha vida está mais atribulada, em que praticamente não tenho tempo para
nada e o blogue fica quase parado. Agora eliminar, não foi algo que me tivesse passado
pela cabeça até ao momento.
11. Quais as tuas inspirações para escrever no blog?
Quando comecei o blogue
inspirava-me um pouco nos outros blogues que conhecia, pois era tudo novo para
mim e não sabia muito bem o que fazer, contudo hoje em dia é mais pessoal e já
não acontece tanto.
Quanto aos 11 blogues e perguntas vou fazer batota e incitar todos os que
quiserem a responder a estas perguntas a fazê-lo.
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
Uma Noite de Amor
Nome: “Uma Noite de Amor”
Autora: Mary Balogh
Nº de Páginas: 368
Editora: Edições ASA
Sinopse: “Numa manhã perfeita de Maio...
Neville Wyatt, conde de Kilbourne, aguarda a sua noiva no altar. Mas, para espanto geral, em vez da bela jovem que todos conhecem aparece uma mendiga andrajosa. Perante a nata da aristocracia, o perplexo conde olha para ela e declara que é Lily, a sua mulher! Ao olhar para aquela que em tempos desposou, que amou e perdeu nos campos de batalha de Portugal, ele compromete-se a honrar o seu compromisso...apesar do abismo que agora os separa.
Até que Lily fala com franqueza...
E afirma querer começar de novo… e que Neville a ame verdadeiramente. Para isso, sabe que terá de estar à altura das expectativas dele, o que a leva a aceitar ser dama de companhia da sua tia e aprender as boas maneiras. A determinada Lily rapidamente conquista a admiração da alta sociedade, demonstrando ser uma condessa à altura do seu conde. Por seu lado, Neville está disposto a tudo para provar à sua formidável mulher que o que sentiu por ela no campo de batalha foi muito mais que desejo, muito mais do que o arrebatamento de… Uma noite de amor.”
Neville Wyatt, conde de Kilbourne, aguarda a sua noiva no altar. Mas, para espanto geral, em vez da bela jovem que todos conhecem aparece uma mendiga andrajosa. Perante a nata da aristocracia, o perplexo conde olha para ela e declara que é Lily, a sua mulher! Ao olhar para aquela que em tempos desposou, que amou e perdeu nos campos de batalha de Portugal, ele compromete-se a honrar o seu compromisso...apesar do abismo que agora os separa.
Até que Lily fala com franqueza...
E afirma querer começar de novo… e que Neville a ame verdadeiramente. Para isso, sabe que terá de estar à altura das expectativas dele, o que a leva a aceitar ser dama de companhia da sua tia e aprender as boas maneiras. A determinada Lily rapidamente conquista a admiração da alta sociedade, demonstrando ser uma condessa à altura do seu conde. Por seu lado, Neville está disposto a tudo para provar à sua formidável mulher que o que sentiu por ela no campo de batalha foi muito mais que desejo, muito mais do que o arrebatamento de… Uma noite de amor.”
Opinião: Mary Balogh cresceu em Gales, que se define pelo seu mar,
montanhas, músicas e lendas. Quando se mudou para o Canadá levou na bagagem a
música e a imaginação que a sua terra natal lhe despertou, sendo neste local
que se torna escritora de histórias de amor com finais felizes. Tornou-se uma
premiada autora, que constou por diversas vezes nas listas de bestsellers do New York Times, tendo vendido mais de 4 milhões de exemplares em
todo o mundo.
Em “Uma Noite de Amor”, Neville
Wyatt, conde de Kilbourne, aguarda a sua noiva no altar, quando uma jovem,
aparentemente mendiga, entra na igreja e admite que é mulher de Neville.
Inicialmente este pensa estar a sofrer alucinações, pois viu Lily ser morta nos
campos de batalha em Portugal, contudo quando percebe que afinal a mulher por
quem se apaixonou se encontra realmente viva, apresenta-a como sendo
efectivamente a sua mulher, com quem se havia casada 24 horas antes de um
incidente que o levou a ficar terrivelmente ferido e a ela aparentemente morta.
Apesar de Lily ter voltado para si, existe um grande fosso social entre ambos.
Será o amor mais importante do que tudo o resto ou o fosso existente entre
ambos irá levar a que a relação entre ambos se resuma simplesmente à noite de
amor, que tiveram nos campos de batalha, em Portugal?
Já há algum tempo que estava
interessada em experimentar as obras desta escritora, devido à minha mais
recente paixão pelo género Romance de Época, mas essencialmente devido às suas
cativantes sinopses e às entusiásticas opiniões tecidas às suas obras. Esta obra em específico
cativou-me inicialmente por ser passada, em certo momento, em Portugal e pela
premissa que me pareceu intrigante e interessante. Finda a obra, posso afirmar
que se mostrou uma história romântica, que me proporcionou alguns bons momentos enquanto a
desfolhava, sem, infelizmente, convencer inteiramente.
Pessoalmente penso que a obra
carece de um maior aprofundamento e consolidação da personagem principal masculina, da sua personalidade, pois nem sempre é simples compreendermos o que o motiva. A escritora
confere bastante notoriedade aos debates internos de Lily, em que a mesma sente
que não foi talhada para o mundo de Neville, em que receia que o mesmo não seja
compatível com a sua forma de ser e que moldar-se ao mesmo poderá levar a que
tenha de abdicar da sua verdadeira essência. Lily é um espírito livre, com
ideais bastante bem definidos sobre o mundo que a rodeia e uma maneira muito
particular de superar os problemas e as contrariedades da vida. Lily é, sem
dúvida, a personagem mais forte da obra, de quem é fácil gostar e compreender,
criando uma forte ligação com o leitor. Contudo, existia necessidade que a
personagem masculina fosse igualmente forte, que nos fosse dado a conhecer de
modo mais aprofundado, com o intuito de compreendermos os seus pensamentos,
desejos, ambições e receios. Na minha opinião, penso que Neville perde
notoriedade quando comparado com Lily, não me tendo marcado sobremaneira.
Relativamente à relação entre as
personagens principais, tenho de confessar que não convenceu completamente a
forma como a mesma floresceu entre ambos. Em certa medida, este aspecto deve-se
a ter sido uma relação muito curta, em que o casamento teve duração de 24 horas
e por os momentos passados no campo de batalha, em que o casal se conheceu e
apaixonou, nos serem dados de forma bastante fugaz. O facto de a obra começar
com o reencontro de ambos, quando Neville se preparava para casar com outra
pessoa, associada a grande parte do livro girar em volta de quão inapta é Lily
para aquela classe social e aos seus debates internos e não tanto em momentos
vividos entre ambos os personagens, reforçou o sentimento de que a relação
entre ambos precisava de ter sido abordada de forma mais convincente. Todavia,
os momentos passados entre ambos, apesar de terem sido em diminuto número,
foram efectivamente ternurentos e românticos, sendo capazes de nos arrancar
alguns suspiros de deleite.
Apesar dos aspectos negativos que
apontei, não posso negar que foi uma obra que conteve momentos românticos,
sensuais e agradáveis, que me prenderam à narrativa. Contendo várias
reviravoltas que nos prendem à narrativa e que nos deixam desejosos por futuros
desenvolvimentos.
Numa escrita fluída, cativante,
contendo várias pérolas ao longo da narrativa, frases que nos deixam a pensar
após o término da mesma, Mary Balogh defende que nunca é tarde para mudarmos,
aprendermos e lutarmos pelos nossos sonhos e desejos.
Em suma, “Uma Noite de Amor”
mostrou ser efectivamente uma história romântica, ternurenta e sensual, embora
necessitasse de um maior aprofundamento e consolidação da personagem masculina,
tal como da relação entre ambos os personagens principais. Aguardo com alguma
curiosidade a leitura do seguinte volume desta saga, “Um Verão Inesquecível”.
Frases a Reter: “Aprendi a ficar
quieta e a parar de fazer coisas, de ouvir e até de pensar. Aprendi a ser.
Aprendi que quase qualquer lugar pode ser um desses lugares especiais, caso eu
o permita. Talvez tenha aprendido a encontrar esse lugar dentro de mim.”
“Sou
todas as pessoas que já fui - esclareceu - e todas as experiências que vivi.
Não tenho de fazer opções. Não tenho de renegar uma identidade para poder
reclamar outra. Sou quem sou."
Avaliação: 3/5 (Gostei!)
sábado, 24 de agosto de 2013
Prazeres Proibidos
Nome: “Prazeres Proibidos”
Autora: Laura Lee Guhrke
Nº de Páginas: 320
Editora: Livros d’Hoje
Sinopse: “Para a delicada e tímida Daphne Wade, o mais apetecível
prazer proibido é observar discretamente o seu patrão, o duque de Tremore,
enquanto este trabalha numa escavação na sua herdade. Daphne foi contratada
para restaurar os tesouros de valor incalculável que Anthony tem estado a
desenterrar, mas não é fácil para uma mulher concentrar-se no seu trabalho
quando o seu atraente patrão está sempre em tronco nu. Apesar dele não reparar
nela, quem a pode censurar por, mesmo assim, se ter apaixonado desesperadamente
por ele?
Quando a irmã de Anthony, Viola, decide transformar esta jovem e simples mulher de óculos dourados numa provocante beldade, ele declara a tarefa impossível. Daphne fica arrasada quando sabe… mas está determinada a provar que ele está errado. Agora, uma vigorosa e cativante Daphne sai da sua concha e o feitiço vira-se contra o feiticeiro. Será que Anthony conseguirá perceber que a mulher dos seus sonhos esteve sempre ali?”
Quando a irmã de Anthony, Viola, decide transformar esta jovem e simples mulher de óculos dourados numa provocante beldade, ele declara a tarefa impossível. Daphne fica arrasada quando sabe… mas está determinada a provar que ele está errado. Agora, uma vigorosa e cativante Daphne sai da sua concha e o feitiço vira-se contra o feiticeiro. Será que Anthony conseguirá perceber que a mulher dos seus sonhos esteve sempre ali?”
Opinião: Laura Lee Guhrke nasceu em Los Angeles e formou-se em
Administração de Empresas na Boise State
University. Trabalhou durante sete anos em publicidade, foi durante algum
tempo fornecedora de comida e dirigiu durante alguns anos os escritórios das
empresas dos seus pais, contudo um dia percebeu que aquilo que lhe dava mais
prazer era escrever. Com a sua segunda obra, “Conor Way”, venceu o prémio RITA, conferido pela associação Romance Writers of America a romances
históricos. A série Guilty teve o seu
primeiro volume, “Prazeres Proibidos”, editado no original em 2004 e cinco anos
mais tarde foi traduzido pela Livros d’Hoje. Da quadrologia já se encontram
traduzidos em Português os três primeiros volumes.
Encontramo-nos em Hampshire, em
1830, e Daphne Wade é uma competente profissional, que tem como objectivo
restaurar artefactos, desenhá-los e catalogá-los para o futuro museu que o
duque de Tremore pretende abrir, que será acessível a todas as classes sociais.
Daphne viveu os seus vinte e quatro anos no estrangeiro, em Marrocos, Líbano e
outros países, ajudando o seu pai no seu cargo, contudo quando o mesmo falece
e, descobrindo que o seu avô se nega a reconhecê-la, acaba por ver nos bilhetes
enviados pelo duque de Tremore, que requisita os conhecimentos do pai na sua
escavação arqueológica, uma forma de subsistir e de recomeçar a sua vida.
Apesar da reticência inicial, Anthony, duque de Tremore, acaba por perceber que
Daphne é efectivamente uma excelente profissional, contudo nunca a vê como
mulher, simplesmente como uma empregada competente.
Quando Daphne ouve uma conversa
entre o duque e a irmã, Viola, em que o mesmo defende que ninguém alguma vez se
interessará por ela, pois não é minimamente interessante, Daphne muda
drasticamente, soltando a sua verdadeira essência, uma rapariga pronta a dizer
o que realmente pensa e disposta a defender aquilo em que acredita, acabando
por se despedir após ouvir este desabafo do duque, que lhe despedaça o coração.
Daphne que sempre foi submissa, cumpridora dos seus deveres e subserviente
deixa de se preocupar em ser simpática e prestável a cada pedido de Anthony,
não deixando de dizer em cada oportunidade o que pensa e os seus reais
sentimentos pelo seu patrão. Este último obstinado e não estando habituado a um
não como resposta, tenta a todo o custo mostrar-lhe que a recente animosidade,
que Daphne parece ter criado por ele, não tem fundamento, acabando por conhecer
uma Daphne completamente distinta daquilo que idealizara, uma pessoa
interessante, teimosa e, afinal de contas, uma mulher linda, que se esconde
atrás de uns óculos e de roupas que não a favorecem.
Embora me considere uma pessoa
versátil no que se refere à literatura, o romance de época era até há poucos
meses um género que conhecia muito pouco, mas que ao experimentar algumas obras
do género e sobretudo através da leitura das obras da Julia Quinn aprendi a
apreciar bastante, tendo-me tornado, sem dúvida, uma fã do género. Este volume
em específico não foi, de forma alguma, uma desilusão, tendo-me preenchido
completamente as medidas e proporcionado umas horas de leitura fantásticas.
Considerei as personagens
principais tremendamente bem caracterizadas e humanas, com um passado
interessante, que as definiu enquanto pessoas, sendo portadoras de
personalidades fortes e cativantes.
Anthony é um homem honrado,
integro, forte e com um sentido de lealdade tremendamente vincado, que foi
obrigado a crescer bastante depressa, tendo ocupado a posição de duque de Tremore
aos doze anos com o falecimento do seu pai. É um homem que embora seja muito
bom a esconder os seus reais sentimentos e com um autocontrolo enorme, tem um
coração de ouro e que coloca muitas das vezes os seus interessantes em segundo
plano, preocupando-se bastante com a honra e em fazer o que é mais acertado.
Apreciei bastante que Daphne
tenha sido idealizada como uma personagem forte e com um carácter bem definido,
não se deixando subjugar por um homem, especialmente por este ser de uma classe
bastante superior à sua. É uma rapariga tímida e reservada inicialmente, que
mais tarde mostra ser inteligente, interessante, persistente, com uma
auto-estima algo em baixo, mas que acabará por perceber, graças a Anthony, que
errar é humano e que, por vezes, devemos rir desses mesmos erros e tentar
posteriormente ultrapassá-los. Também com Anthony aprende a apreciar-se, a
ganhar mais autoconfiança e a deixar de ter tanto receio de errar. Confesso que
me revi um pouco nesta personagem, pelo que foi fácil sentir-me ligada a ela,
compreender os seus receios e sonhos, o que em consequência me fez ansiar para
que tudo lhe corresse de feição e para que pudesse ser feliz com Anthony, que
mostrou ser um homem fantástico.
Adorei a relação entre os nossos
personagens principais. As suas picardias conferiram momentos bastante alegres
à narrativa, arrancando-nos algumas gargalhadas e fazendo-nos ansiar por
futuros desenvolvimentos, tal como os momentos mais íntimos, nos arrancavam
suspiros com a ternura subjacente nos mesmos.
Outro aspecto que também me
agradou especialmente foi a importância conferida às flores na trama, que nos
assaltavam os sentidos. Embora não seja muito conhecedora, simplesmente sei o
significado dos diferentes tipos de rosa e das orquídeas, estas últimas por
serem as minhas preferidas, como acontece com a maioria das mulheres adoro
flores e foi com bastante prazer que fui transportada para os jardins repletos
delas e para os momentos em que nos eram apresentadas as mesmas e os seus
diferentes significados.
Numa escrita tremendamente fluída
e cativante, da qual mal damos pela passagem das páginas, Laura apresenta-nos
uma obra repleta de sensualidade, ternura e de amor, que defende que por vezes
não vemos atentamente o que temos mesmo à nossa frente e que uma embalagem,
aparentemente sem graça, poderá conter um tesouro sem precedentes.
Após esta leitura tão agradável,
que me fez soltar suspiros com a ternura dos momentos e gargalhadas graças às
nossas fantásticas personagens, aguardo com expectativa os seguintes volumes
desta quadrologia.
Avaliação: 4/5 (Gostei Bastante!)
sexta-feira, 23 de agosto de 2013
Voltei!
O Magia volta após duas semanas
de pausa, em que na primeira semana estive em casa dos meus avós, sem qualquer
acesso à internet e nesta semana estive a dar explicações a uma amiga minha, o
que me impossibilitou de voltar mais cedo a estas lides. Ambas as semanas
passaram incrivelmente rápido e de forma agradável. :)
Quando fui de férias mencionei
que levaria somente um livro na bagagem, “Nómada” de Stephenie Meyer, contudo
acabei por levar também uma obra que tinha começado pouco antes da partida, “Manhãs
Gloriosas” de Diana Peterfreund, e ainda bem, pois acabei por ler mais do que
previra e consegui terminar ambas as obras. Nesta semana comecei somente “Harry
Potter e o Cálice de Fogo” de J. K. Rowling e ainda li muito pouco da mesma.
A partir de amanhã tentarei
colocar todas as opiniões em dia, que neste preciso momento são bastantes, sete
mais concretamente, “Prazeres Proibidos” de Laura Lee Guhrke, “Uma Noite de
Amor” de Mary Balogh, “Odisseia Celestial – Os Orbes do Conhecimento” de Inês
Maia, “A Dama das Camélias” de Alexandre Dumas, “Pensa num número” de John
Verdon e as duas obras que li durante a minha ausência. Juntando às opiniões
destas obras, tenho igualmente as opiniões dos filmes “A Mulher do Viajante do
Tempo” e “Memórias de uma Gueixa” por realizar.
Obrigada a todos os que
continuaram a visitar este cantinho, apesar da minha ausência, e que deixaram o
seu comentário. Prometo que a partir de manhã responderei a todos os comentários deixados.
Beijinhos e até amanhã. :)
quinta-feira, 8 de agosto de 2013
O Magia vai de Férias!
Amanhã irei passar algum tempo a casa dos meus avós e não terei qualquer acesso à internet, pelo que as minhas postagens no blogue não poderão ser realizadas. Tenho muitas opiniões em atraso no blogue, cinco para ser mais concreta, derivadas da minha ausência do blogue durante os últimos meses de faculdade e por ter participado na passada semana numa maratona literária, que me levou a ler bastante e em consequência a ter várias opiniões pendentes. Contudo, conto colocá-las todas em ordem quando voltar.
Na bagagem levo somente o livro "Nómada" de Stephenie Meyer e levo o Kobo com alguns ebooks. Penso que só deverei ter a possibilidade de ler o volume acima citado, por um lado por ser pouco tempo, na próxima semana ou para a outra já deverei estar de volta, e por outro acredito que não terei muito tempo para ler.
Bom resto de férias para aqueles que as estão a desfrutar, recheadas de preferência por óptimas leituras. :)
Beijinhos e até já*
quarta-feira, 7 de agosto de 2013
O Retrato de Dorian Gray
Nome: “O Retrato de Dorian Gray”
Autor: Oscar Wilde
Nº de Páginas: 276
Editora: Relódio d’Água
Sinopse: “Em o Retrato de Dorian Gray revela-se-nos o esteticismo
de Oscar Wilde: a procura de sensações, a superação do verdadeiro artista sobre
as regras da sociedade ou da moral. Nesta obra, a personalidade dividida de
Dorian Gray é representada por uma inversão misteriosa da ordem natural,
através da qual a sua verdadeira face conserva a juventude inviolada enquanto o
retrato é macerado pelo passar dos anos, até ao dia em que a faca cravada na
tela reconduz à arte a sua serenidade impassível e ao ser vivo a sua transição
para a morte.”
Opinião: Oscar Wilde é um escritor irlandês, nascido em 1854, e é considerado
um dos mais importantes, quiçá o mais marcante, dramaturgos da época vitoriana. O
escritor foi o fundador do movimento dândi, que defendia a beleza e a sua
glorificação, como forma de superar os aspectos negativos recorrentes da
industrialização. Wilde publicou a sua primeira obra de Poemas, em 1881, e
seguidamente criou duas peças de teatro. Seis anos mais tarde, o escritor
produziu diversos contos, peças de teatro e também um romance. Em 1895 é
acusado de ser homossexual, o que leva a que a imprensa o ataque constantemente,
vendo-se mais tarde envolvido num processo que culmina em dois anos de prisão,
com trabalhos forçados, por “cometer actos imorais com diversos rapazes”. Dois
anos mais tarde é liberto e passa a morar em Paris, utilizando o pseudónimo
Sebastian Melmoth, onde passa a ter hábitos de vida mais simples e humildes. É
em Paris, que em 1900, falece, devido a um ataque violento de meningite,
agravado pelo álcool e pela sífilis.
“O Retrato de Dorian Gray” é o seu único
romance, considerado por muitos como uma obra-prima da literatura inglesa,
abordando temas como a vaidade, a arte e a forma como o Homem pode ser
manipulador. Foi publicado inicialmente em 1890, contudo um ano mais tarde foi
revisto e ampliado pelo autor. Neste volume somos apresentados a Dorian Gray,
Basil Hallward e Lorde Henry Wotton. Quando
o jovem pintor, Basil Hallward, conhece Dorian Gray fica encantado com a sua
beleza e pede-lhe para ser seu modelo num retracto, onde exprime toda a sua
admiração pelo jovem rapaz, que considera possuir uma grande beleza interior e
exterior. Contudo, Dorian acaba por mudar quando conhece Lorde Henry, que tem
uma visão da vida completamente distinta, e se tornam grandes amigos.
Quando momentos mais tarde Dorian
vê o quadro terminado, concebe um estranho desejo, que seja o quadro a
envelhecer e que ele possa preservar a sua beleza angelical para sempre. Qual
não é o seu espanto quando com o desenrolar do tempo ele permanece jovem e
belo, enquanto o quadro vai sofrendo as marcas incutidas pelo estilo de vida de
Dorian.
Quando um antigo professor meu de
faculdade mencionou numa das aulas esta obra, como sendo uma obra de interessante
leitura no contexto da cadeira, e após ter lido a cativante sinopse, fiquei
bastante curiosa com este volume, que prometia ser uma história original e tremendamente cativante. Contudo, apesar de ter ficado interessada e de
uma amiga minha me ter emprestado a obra, demorei imenso tempo a iniciar a sua leitura.
Quando finalmente ganhei coragem para começar a obra, demorei vários
meses a conclui-la, devido à linguagem erudita, mas essencialmente
devido aos ideais defendidos na obra, em que a mulher é encarada como fraca,
fútil e quase como sendo um objecto para o homem, em que é defendido que é
somente a beleza delas que as destacam, pois não sabem dar valor à vida, à
inteligência e à arte. Existem poucas coisas que me chateiem mais do que a mulher
ser encarada desta forma, pois dou muito valor aos nossos direitos e defendo-os
afincadamente. Tenho noção que a obra foi escrita no século XIX e que a mulher
era encarada deste modo, contudo são ideais discrepantes dos meus e tal facto
fez com que a leitura se visse adiada por diversas vezes. O mês passado decidi
então voltar a esta leitura e terminá-la, acabando por não dar muita relevância
a estes ideais.
Após o impacto inicial desfavorável,
a verdade é que a obra me surpreendeu pela positiva, pela sua originalidade e
pela forma como nos cativa com a sua história. Achei bastante original o cerne
da obra, especialmente se tivermos em conta a altura em que foi escrita, pelo
facto de ser o retracto a envelhecer em detrimento do seu modelo e o modo como
esta realidade acaba por moldar Dorian, que com esta ideia em mente e devido a
Lorde Henry, acaba por cometer diversos actos de vaidade e maldade.
No que se refere às personagens,
confesso que não gostei de Lorde Henry, pelos ideais que defendia, no que se
refere ao sexo feminino, e pela forma como acaba por levar a que Dorian cometa
inúmeros actos de malvadez e de egoísmo. Houve vários momentos em que me
agradou poder ler os seus ideais algo filosóficos sobre a vida e o que o
rodeava, contudo os aspectos que mencionei anteriormente não me permitiram
apreciar a personagem. Quanto a Dorian é um personagem que muda bastante ao
longo da narrativa, primeiramente temos um rapaz fantástico e inocente, para posteriormente,
após a confraternização com o Lorde Henry, se transformar num ser egoísta,
maldoso, acabando por cometer os actos mais despropositados. Com Dorian
acabamos por sentir inúmeros sentimentos, inicialmente alguma tristeza por
aquilo em que se está a tornar devido ao Lorde Henry, para posteriormente
sentirmos raiva por este se estar a moldar de modo ainda mais negativo, do que
aquilo que o Lorde Henry lhe incutiu, e por todos os actos que comete. Quanto a
Basil, embora tenha uma grande importância para a estruturação da obra, tenho
de confessar que não foi uma personagem que me tivesse marcado.
Numa escrita erudita, dando azos
a grandes descrições, com diálogos algo filosóficos, Oscar Wilde apresenta-nos
uma história original, com um final perfeito para esta obra, abordando temas
como a arte, a manipulação, a maldade, a vaidade e a forma como certos estilos
de vida podem moldar o indivíduo e transformá-lo em algo atroz.
Avaliação: 4/5 (Gostei Bastante!)
terça-feira, 6 de agosto de 2013
Um Homem com Sorte
Nome: “Um Homem com Sorte”
Autor: Nicholas Sparks
Nº de Páginas: 288
Editora: Editorial Presença
Sinopse: “Durante a maior parte da sua vida, Logan Thibault foi um homem que em tudo se podia considerar comum. Porém, nada de comum havia naquilo que estava prestes a acontecer-lhe. Quando encontra uma fotografia de uma mulher durante a guerra do Iraque, Logan Thibault passa, inexplicavelmente, a ser um homem com a sorte do seu lado, que sobrevive, sem ferimentos graves, a situações de indescritível perigo. De regresso aos EUA, Thibault não consegue deixar de pensar na mulher que lhe salvou a vida. Mas o segredo que transporta consigo poderá custar-lhe tudo aquilo que lhe é querido... Um Homem com Sorte é um romance sobre a força avassaladora do destino, agora também disponível em versão cinematográfica interpretada por Zac Efron e Taylor Schilling.”
Opinião: Nicholas Sparks, natural do Nebraska, viveu a sua juventude em Fair Oak. Após terminar o liceu recebeu uma bolsa de estudos na Universidade de Notre Dame, devido aos bons resultados obtidos, tendo-se licenciado em 1988 em Economia. Curiosamente o seu sonho era ser atleta de alta competição, contudo um acidente grave obrigou-o a desistir do mesmo, tendo sido durante vários anos delegado de informação médica. Foi neste cargo que começou a escrever até a sua agente literária se propor a representá-lo, vendendo então os direitos do seu primeiro romance, que se tornou um sucesso enorme.
“Um Homem com Sorte”, que foi lançado inicialmente em 2008 e que teve a adaptação cinematográfica no ano passado, apresenta-nos Logan Thibault, um militar, que durante a guerra do Iraque vê a sua vida ser mudada, quando encontra a fotografia de uma mulher. Após a sua descoberta, um amigo diz-lhe que a fotografia lhe trará sorte e que nunca a deverá perder. Apesar de inicialmente Thibault não acreditar, a verdade é que enquanto muitas mortes ocorrem no seu grupo, o mesmo sobrevive sempre a diversas situações de perigo. Quando retorna aos EUA e após um incidente, que o faz compreender que porventura o seu amigo tinha razão ao afirmar que a fotografia dava sorte, empreende uma viagem que o levará junto da mulher da fotografia. Ao encontrá-la acaba por se apaixonar por ela e pela sua família, contudo existe algo que os poderá afastar para sempre.
Na anterior obra que li do escritor, “Um Refúgio para a Vida”, admiti que começava sempre a leitura das suas obras com alguma relutância, devido às opiniões sobre ele serem tão díspares. Contudo, após esta leitura posso afirmar sem reservas que Nicholas Sparks me conquistou, com a sua escrita cativante e tremendamente envolvente, com as suas personagens bem estruturadas e com uma história fascinante.
Ao longo da narrativa são vários os temas abordados. Inicialmente fala-se da guerra no Iraque, em que temos a possibilidade de perceber como se processam os grupos militares; a forma como a guerra molda os indivíduos que dela fazem parte, o receio constante, os pesadelos, até mesmo ao modo como se encara a vida após essa experiência. Seguidamente menciona-se o destino, em que é defendido que existem coisas que estão predispostas a acontecer, pessoas que estamos predispostos a conhecer. Pessoalmente, tenho de confessar que não acredito no destino, penso que cada um de nós delineia o seu trilho, em que lutamos por aquilo em que sonhamos e por aquilo em que acreditamos. Acredito piamente que se conseguimos alcançar algo na vida, isso deve-se ao nosso esforço, à nossa dedicação e às escolhas que fizemos ao longo da vida e não devido ao destino. Relativamente à sorte, penso que a mesma é criada pelas escolhas que tomamos, mas, por vezes, também é bom pensarmos que a sorte está do nosso lado e que algo nos protege. Também na obra se menciona mensagens que são enviadas pelas pessoas que já faleceram, com o intuito de sermos protegidos ou de refazermos as nossas vidas, aspecto em que também não acredito, contudo foi um aspecto ao qual não dei muita importância na narrativa, até porque é abordado de forma muito superficial.
Confesso que apreciei a forma como Thibault e Elizabeth se começaram a relacionar, estabelecendo uma relação de forma gradual, primeiramente conhecendo-se e tornando-se amigos e posteriormente compreendendo que a atracção e paixão existiam entre ambos. Foi um prazer poder ver o florescimento desta relação e a forma como Thibault foi criando uma relação com o filho de Elizabeth e com a sua avó, Nana.
Relativamente às personagens, apreciei Thibault pela sua força, perseverança e integridade, que em certa medida foram apreendidas pela sua experiência no Iraque. Quando ruma para a Carolina do Norte torna-se fundamental para a família de Elizabeth, tratando o filho da mesma como uma espontaneidade, respeito e dedicação enormes, defendendo igualmente Elizabeth em todas as situações. Elizabeth mostrou ser uma mulher dedicada, espontânea, com algum receio de se entregar a alguém, devido a más experiências anteriores, sendo uma personagem de quem facilmente se gosta. Quanto a Clayton, ex-marido de Elizabeth, mostrou ser uma pessoa possessiva, sem escrúpulos, com uma mentalidade machista e tacanha, por quem sentimos rapidamente ódio, descrença e tristeza pela forma como lida com a sua ex-mulher e com o seu filho. É vergonhosa a forma como este pai trata o seu próprio filho e a forma como não o aceita como ele é, simplesmente por não ser o ideal que tinha para ele, apesar de ser um menino fantástico, educado, organizado e tremendamente inteligente.
Como aspecto negativo, tenho a apontar a revisão dada a esta obra, pois existem diversas gralhas ao longo da mesma, o que é disparatado se tivermos em conta que se trata de uma 17ª Edição.
Numa escrita fluída e envolvente, onde o romantismo e o destino imperam, Nicholas Sparks destaca-se pelas suas personagens tremendamente bem idealizadas e consolidadas, que sentimos que poderiam efectivamente existir e pela história de amor e amizade patente na obra.
Sem dúvida, que as obras deste escritor são óptimas para passar algumas horas de descontracção na sua companhia, sem exigir muito do leitor e fico curiosa com as suas seguintes obras.
“Um Homem com Sorte”, que foi lançado inicialmente em 2008 e que teve a adaptação cinematográfica no ano passado, apresenta-nos Logan Thibault, um militar, que durante a guerra do Iraque vê a sua vida ser mudada, quando encontra a fotografia de uma mulher. Após a sua descoberta, um amigo diz-lhe que a fotografia lhe trará sorte e que nunca a deverá perder. Apesar de inicialmente Thibault não acreditar, a verdade é que enquanto muitas mortes ocorrem no seu grupo, o mesmo sobrevive sempre a diversas situações de perigo. Quando retorna aos EUA e após um incidente, que o faz compreender que porventura o seu amigo tinha razão ao afirmar que a fotografia dava sorte, empreende uma viagem que o levará junto da mulher da fotografia. Ao encontrá-la acaba por se apaixonar por ela e pela sua família, contudo existe algo que os poderá afastar para sempre.
Na anterior obra que li do escritor, “Um Refúgio para a Vida”, admiti que começava sempre a leitura das suas obras com alguma relutância, devido às opiniões sobre ele serem tão díspares. Contudo, após esta leitura posso afirmar sem reservas que Nicholas Sparks me conquistou, com a sua escrita cativante e tremendamente envolvente, com as suas personagens bem estruturadas e com uma história fascinante.
Ao longo da narrativa são vários os temas abordados. Inicialmente fala-se da guerra no Iraque, em que temos a possibilidade de perceber como se processam os grupos militares; a forma como a guerra molda os indivíduos que dela fazem parte, o receio constante, os pesadelos, até mesmo ao modo como se encara a vida após essa experiência. Seguidamente menciona-se o destino, em que é defendido que existem coisas que estão predispostas a acontecer, pessoas que estamos predispostos a conhecer. Pessoalmente, tenho de confessar que não acredito no destino, penso que cada um de nós delineia o seu trilho, em que lutamos por aquilo em que sonhamos e por aquilo em que acreditamos. Acredito piamente que se conseguimos alcançar algo na vida, isso deve-se ao nosso esforço, à nossa dedicação e às escolhas que fizemos ao longo da vida e não devido ao destino. Relativamente à sorte, penso que a mesma é criada pelas escolhas que tomamos, mas, por vezes, também é bom pensarmos que a sorte está do nosso lado e que algo nos protege. Também na obra se menciona mensagens que são enviadas pelas pessoas que já faleceram, com o intuito de sermos protegidos ou de refazermos as nossas vidas, aspecto em que também não acredito, contudo foi um aspecto ao qual não dei muita importância na narrativa, até porque é abordado de forma muito superficial.
Confesso que apreciei a forma como Thibault e Elizabeth se começaram a relacionar, estabelecendo uma relação de forma gradual, primeiramente conhecendo-se e tornando-se amigos e posteriormente compreendendo que a atracção e paixão existiam entre ambos. Foi um prazer poder ver o florescimento desta relação e a forma como Thibault foi criando uma relação com o filho de Elizabeth e com a sua avó, Nana.
Relativamente às personagens, apreciei Thibault pela sua força, perseverança e integridade, que em certa medida foram apreendidas pela sua experiência no Iraque. Quando ruma para a Carolina do Norte torna-se fundamental para a família de Elizabeth, tratando o filho da mesma como uma espontaneidade, respeito e dedicação enormes, defendendo igualmente Elizabeth em todas as situações. Elizabeth mostrou ser uma mulher dedicada, espontânea, com algum receio de se entregar a alguém, devido a más experiências anteriores, sendo uma personagem de quem facilmente se gosta. Quanto a Clayton, ex-marido de Elizabeth, mostrou ser uma pessoa possessiva, sem escrúpulos, com uma mentalidade machista e tacanha, por quem sentimos rapidamente ódio, descrença e tristeza pela forma como lida com a sua ex-mulher e com o seu filho. É vergonhosa a forma como este pai trata o seu próprio filho e a forma como não o aceita como ele é, simplesmente por não ser o ideal que tinha para ele, apesar de ser um menino fantástico, educado, organizado e tremendamente inteligente.
Como aspecto negativo, tenho a apontar a revisão dada a esta obra, pois existem diversas gralhas ao longo da mesma, o que é disparatado se tivermos em conta que se trata de uma 17ª Edição.
Numa escrita fluída e envolvente, onde o romantismo e o destino imperam, Nicholas Sparks destaca-se pelas suas personagens tremendamente bem idealizadas e consolidadas, que sentimos que poderiam efectivamente existir e pela história de amor e amizade patente na obra.
Sem dúvida, que as obras deste escritor são óptimas para passar algumas horas de descontracção na sua companhia, sem exigir muito do leitor e fico curiosa com as suas seguintes obras.
domingo, 4 de agosto de 2013
Novidades de Agosto [Divulgação - Saída de Emergência]
Nome: "Espada e Cimitarra"
Autor: Simon Scarrow
Nº de Páginas: 416
Sinopse: "Uma batalha entre dois continentes
No ano de 1565, a Europa ameaça desmoronar-se. Dividida, não consegue fazer frente a um implacável Império Otomano em expansão. Quando uma gigantesca frota turca se aproxima, toda a esperança de um continente caído em desgraça está numa minúscula ilha no meio do Mediterrâneo: Malta. E para a defender apenas restam os Cavaleiros da Ordem de Malta.
Um homem dividido
Entre os convocados para resistir e morrer está o veterano caído em desgraça, Sir Thomas Barrett. O instinto de honra força-o a colocar a Ordem acima de tudo, mas o seu desejo secreto é o de voltar a ver a mulher que sempre amou. Para piorar tudo, é incumbido de uma missão secreta pela rainha Isabel, que vê nos Cavaleiros uma ameaça ao seu reino.
Um dia para mudar a História
Enquanto sir Thomas confronta o passado que lhe custou a honra, um grandioso exército inimigo lança o cerco à ilha. No meio de gritos e morte tudo se decidirá: o destino da fé cristã, o fim ou a glória dos Cavaleiros de Malta, e o futuro de uma Europa que nunca esteve tão próxima da aniquilação total."
Nome: "A Sagração da Primavera"
Autor: Alejo Carpentier
Nº de Páginas: 500
"Alejo Carpentier é um dos escritores mais importantes de todos os tempos. O não-Nobel mais polémico de sempre! "
Sinopse: "O conhecido ballet de Stravinski A Sagração da Primavera, com os seus motivos de morte e renascimento como ritos de passagem da natureza, dá título a uma das mais ambiciosas obras literárias de Alejo Carpentier (1904 – 1980), cuja trama gira em torno de dois personagens: Vera, bailarina russa que fugiu do seu país após os acontecimentos de 1917, que atua na companhia de Diaghilev, e Enrique, membro de uma família cubana endinheirada, que, por sua militância contra a ditadura de Gerardo Machado, se vê obrigado a exilar-se no Paris boémio dos anos 30. Uma obra na qual o autor aprofunda alguns dos mais destacados acontecimentos sociais e políticos do século XX, desde a guerra civil espanhola até à revolução cubana, refletindo-se nela o processo de iniciação artística de Carpentier e onde se exalta o vigor colossal das forças da arte e da revolução para renovar e rejuvenescer os processos históricos."
Nome: "Carícias da Noite"
Autora: Laurell K. Hamilton
Nº de Páginas: 352
"Intenso como nenhum outro, repleto de desejo, este livro vai mexer com qualquer pessoa que o leia.
Entre num mundo emocionante, voluptuoso, e tão ameaçador quanto belo, repleto de paixões ardentes e seres imortais."
Sinopse: "Meredith Gentry faz-se passar por uma mulher normal, em Los Angeles, onde trabalha como detective privada. Mas ela esconde segredos sobre o seu passado. Agora, alguém foi enviado para a levar de volta para casa – quer ela queira quer não. Subitamente, Meredith vê-se como um mero peão, encurralada nos planos de alguém da sua família. Vão despertar jogos de sedução, paixões ardentes, e a luxúria… Meredith terá de lutar com as maiores tentações às quais nenhuma mulher conseguiria resistir. Vai desfrutar da companhia constante dos homens mais irresistíveis que alguma vez imaginou. Vai correr perigos para além da sua compreensão. Há algo de diferente em Meredith. Algo que a torna apetecível e indispensável. Um arrebatador desejo domina este livro da primeira à última página."
Nome: "Dragões de um Alvorecer de Primavera"
Saga: As Crónicas de Dragonlance nº3
"Prepare-se para conhecer Dragonlance, o clássico da fantasia que influenciou gerações de leitores com um novo mundo cheio de paixão e aventura."
Sinopse: "Krynn prepara-se para a batalha decisiva contra os servos de Takhisis, a rainha das Trevas. Os nossos companheiros têm em seu poder as misteriosas e mágicas orbes e lança de dragão, mas será isso o suficiente para resistirem às forças da escuridão?
Uma batalha ainda maior encontra-se por travar no coração de cada um dos heróis. Tanis está dividido entre a perigosa Kitiara e o amor incondicional de Laurana. Raistlin prossegue a sua demanda por mais conhecimento e poder entre os magos de Krynn, mas o preço a pagar é elevado e poderá não sobreviver. Saberá Caramon, o seu irmão, até onde vai a ambição de Raistlin? Tasslehoff aprende, pela primeira vez, a sentir medo pelos seus amigos.
Com o alvorecer, novos segredos e traições, mas também grande coragem e sacrifício, serão revelados. Os deuses são testemunhas de que nada voltará a ser o mesmo em Krynn."
Nome: "Sangue Final"
Autora: Charlaine Harris
Saga: Sangue Fresco nº13
Sinopse: "Há segredos na cidade de Bon Temps, segredos que ameaçam aqueles que estão mais próximos de Sookie — e que poderão despedaçar-lhe o coração... Sookie Stackhouse não pensa duas vezes antes de recusar o pedido da sua antiga colega Arlene quando esta pede que lhe devolva o seu lugar no Merlotte's. Afinal, Arlene tentou matá-la. O seu relacionamento com Eric Northman, porém, não é tão claro. Juntamente com os seus vampiros, ele mantém a distância... e um silêncio gélido. E, quando Sookie descobre porquê, sente-se devastada. É então que um homicídio chocante abala Bon Temps e Sookie é presa por esse crime. Mas as provas são débeis e sai sob fiança. Quando começa a investigar o homicídio, descobre que o que passa por verdade em Bon Temps é apenas uma mentira conveniente. O que passa por justiça é mais sangue derramado. E o que passa por amor nunca será suficiente..."
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