sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Mudança de email do blogue



Olá a todos. :) 

Devido a um pequeno problema com o anterior contacto do blogue, o Magia viu-se obrigado a mudar para o gmail, passando o email de contacto a ser magia.livros@gmail.com.

Obrigada pela compreensão e qualquer questão, sugestão ou opinião sabem que podem sempre contactar-me.

Beijinhos

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Prémio Bang! [Divulgação - Saída de Emergência]



A Saída de Emergência encontra-se a divulgar o prémio bang! 2014, que será o primeiro prémio internacional de língua portuguesa da literatura fantástica. Se gostas de escrever e sonhas um dia ver uma obra tua ser editada, tenta a tua sorte nesta iniciativa que te poderá levar a ganhar 3 mil euros e ainda a teres a tua obra publicada em Portugal e no Brasil.

Para informações adicionais sobre este prémio poderão ler o Regulamento do concurso, ver a secção de Perguntas Frequentes ou simplesmente contactar a editora através do seu endereço electrónico, bang@saidadeemergencia.com.

Se te sentiste tentado a participar, poderás inscrever-te através do seguinte formulário de inscrição.

Boa sorte e muita inspiração para todos!

domingo, 19 de janeiro de 2014

As Brumas de Avalon - A Senhora da Magia


Nome: “As Brumas de Avalon – A Senhora da Magia”

Autora: Marion Zimmer Bradley

Nº de Páginas: 304

Editora: Saída de Emergência

Sinopse: “O clássico As Brumas de Avalon regressa ao mercado português para dar a conhecer a uma nova geração esta história mágica e intemporal centrada nas mulheres que, por detrás do trono de Camelot, foram as verdadeiras detentoras do poder.
Morgaine é ainda uma criança quando testemunha a ascensão de Uther Pendragon ao trono de Camelot. Uther deseja Igraine, a mãe de Morgaine, presa a um casamento infeliz com Gorlois. Mas há forças maiores que estão em curso e que se preparam para mudar as suas vidas para sempre. Através da sua sacerdotisa Viviane, Avalon conspira para unir Uther a Igraine e dessa aliança nascerá Arthur, a criança que salvará as Ilhas. Morgaine, dotada com a Visão, é levada por Viviane para Avalon onde irá receber treino como sacerdotisa da Deusa Mãe. É então que assiste ao despertar das tensões entre o velho mundo pagão e a nova religião cristã. O que Morgaine desconhece é que o destino irá armar-lhe uma cilada e pô-la, de novo, no caminho do meio-irmão Arthur da forma que menos espera…”

Opinião: Marion Zimmer Bradley nasceu a 3 de Junho de 1930, em Albany, no estado de Nova Iorque. Começou a escrever na adolescência, tendo criado aos dezassete anos uma revista para escritores amadores de Ficção Científica. Em 1949 apresenta uma história a um concurso da revista de ficção científica, “Fantastic/Amazing Stories”, e consegue realizar a sua primeira venda. Dois anos mais tarde escreve para várias revistas, mas é a partir de 1958 que ganha notoriedade, ao publicar o primeiro romance da série “Darkover”, “The Planet Sarvers”. No género fantástico vem a publicar “The Forest House” e “Lady of Avalon” e em 1983 publica a sua obra mais conhecida “The Mists of Avalon”, traduzido em português como “As Brumas de Avalon – A Senhora da Magia”. Em 87 publica outra obra, “The Firebrand”, e, nos anos seguintes, edita várias revistas, inclusive a sua própria, “Marion Zimmer Bradley’s Fantasy Magazine”, projecto que inicia em 1988. Zimmer falece a 25 de Setembro de 1999, após sofrer um ataque cardíaco.

“A Senhora da Magia”, primeiro volume da quadrologia “As Brumas de Avalon”, começa por nos ser narrada por Morgaine, que posteriormente nos transporta para o passado, permitindo-nos conhecer os seus antecedentes. Igraine, que se encontra casada com Gorlois e com uma filha pequena nos braços, Morgaine, recebe uma visita da irmã, a Sacerdotisa Viviane, e de Merlim, que lhe tentam mostrar que o seu destino se encontra ligado a outro homem, Uther, e que da união nascerá Arthur, um jovem que salvará as Ilhas. Apesar da sua reticência inicial, tudo acaba por se desenrolar como destinado, e da união nasce efectivamente um jovem rapaz. Entretanto Morgaine, ao ser detentora da Visão, é levada por Viviane para Avalon, para se tornar uma Sacerdotisa da Deusa Mãe e o seu futuro nunca mais voltará a ser o mesmo, pois a Deusa tem planos para o seu futuro e os mesmos poderão envolver o seu meio-irmão, Arthur, de uma forma que ela nunca poderia prever.

Quase todos os fãs de fantasia conhecem o trabalho de Marion Zimmer Bradley, um ícone de renome deste género literário. Depois de acompanhar inúmeras opiniões favoráveis, de me ter sido aconselhada e elogiada por diversas vezes, finalmente tive a possibilidade e o prazer de ler esta fantástica obra, pelas mãos da Saída de Emergência. Posso confessar desde já que este livro foi uma surpresa bastante agradável, tendo sido das leituras mais prazerosas que tive dentro deste género nos últimos tempos.

Neste volume temos a possibilidade de encontrar fantasia épica da melhor qualidade, numa narrativa cativante, envolvente, portadora de personagens reais e onde não existem tabus. Apesar de a história conter alguns saltos temporais, como foi ressalvado anteriormente, tal facto encontra-se muito bem conseguido, de forma a cativar o leitor e lhe suscitar curiosidade, o que torna a narrativa mais estimulante e enriquecedora.

Esta história tem, em grande parte da narrativa, como pano de fundo Avalon, uma ilha mágica, onde as mulheres são portadoras da Visão, conseguindo observar o passado ou presente, entre outros poderes, sendo as mesmas detentoras da autoridade e o centro da comunidade de Avalon. Numa sociedade como a romana, onde o homem é que tinha decisão sobre todos os aspectos, esta ilha destaca-se por ser uma comunidade onde a mulher é forte, defensora dos seus direitos e desejos, batalhando para obter os seus objectivos e não se deixando subjugar a qualquer pessoa, muito menos um homem.

Também neste volume encontra-se bastante clara a antítese entre as Sacerdotisas e os padres, onde existe um certo ódio por parte destes últimos relativamente às Sacerdotisas, mesmo que as mesmas defendam que os Deuses, das diferentes religiões, são todos o mesmo e que a Deusa é no Catolicismo personificada de diferentes formas.

Nesta opinião teria igualmente de destacar a forma como a lenda do Rei Arthur serviu de alicerce para esta história e o modo como a narrativa flui, de modo que nos transmite a sensação que esta história poderia ser efectivamente real, demonstrando que Zimmer foi, sem dúvida, uma escritora notável, que merece todos os elogios tecidos.

Relativamente às personagens, Morgaine, após a morte do pai, é enviada para Avalon juntamente com a tia, e neste local mágico, irá aprender os ensinamentos, passará por várias provações e terá a sua vida à mercê da Deusa, como lhe é incutido desde o primeiro instante que chega à ilha. Não é difícil para o leitor sentir-se ligado a esta personagem e sentir apreço pela mesma, mais não seja por acompanharmos o seu crescimento e amadurecimento. Relativamente à sua tia, Viviane, acaba por ser uma segunda mãe para Morgaine, desde o momento que a mesma vai viver para Avalon, contudo, apesar de adorar a criança como se fosse sua filha, nem sempre o consegue fazer transparecer. Pessoalmente, senti que era uma personagem muito humana, com receios e desejos característicos, com uma necessidade enorme de se sentir amada e acarinhada e com receio de fazer sofrer as pessoas que mais ama. Relativamente às restantes personagens, todas conseguiram deixar-me uma marca, tendo tornado a obra mais real e cativante, devido à humanidade e envolvência que adicionaram à história.

Quanto a aspectos negativos, tenho de referir que alguns diálogos me soaram um pouco artificiais e que no que se refere ao surgimento de amor e paixão entre as personagens é tudo muito precoce, onde não vemos o amor realmente surgir entre as mesmas. Contudo, estes são aspectos, que na globalidade, não têm muita importância, pois a qualidade da história, das personagens e da escrita compensam qualquer eventual erro.

Numa escruta fluída e envolvente, Marion Zimmer Bradley cativa-nos pelas suas descrições soberbas, que têm a particularidade de nos transportar para os locais descritos, num clássico que todos os amantes de fantasia deveriam ler.

Em suma, “A Senhora da Magia” é um romance muito rico, onde muitos são os acontecimentos e é somente o início de uma quadrologia, que promete ser uma das melhores que já tive o prazer de desfolhar e que tem tudo para se tornar uma das sagas preferidas. Mal vejo a hora de poder ler o seguinte volume, “A Rainha Suprema”.


Avaliação: 4/5 (Gostei Bastante!)

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Plano de Compras 2014


Encontrei esta ideia no blogue da Cata, Páginas Encadernadas, mas foi originalmente criada pelo Nuno do blogue Página a Página

Como mencionei na minha resolução de fim de ano, tenho como objectivo em 2014 diminuir as aquisições de livros, de modo a ler os inúmeros livros que tenho na estante e, sem dúvida, que esta é uma forma interessante de ter em conta as compras e de, em consequência, as conter. Conto actualizar este post no final de cada mês, quando der a conhecer as aquisições do mês em questão.

Compras: 0

Valor Gasto: 0


Livros Recebidos: 0

Valor Poupado: 0


Livros Emprestados: 6

Valor Poupado: €127.55


Poupei em 2014:
109.71

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Nas Asas do Amor


Nome: “Nas Asas do Amor”

Autora: Sarah Sundin

Nº de Páginas: 459

Editora: Quinta Essência

Sinopse: “Allie nunca foi suficientemente bonita para agradar à sua deslumbrante mãe, por isso fará qualquer coisa para ter a sua aprovação: até casar com um homem que não ama. Enquanto Allie quase se resigna ao seu destino, o tenente Walter Novak - destemido na cabina de pilotagem, mas sem jeito para as mulheres - vai a casa na sua última licença antes de ser enviado para a Europa, combater pela Royal Air Force durante a Segunda Guerra Mundial.
Walt e Allie conhecem-se e o seu amor pela música junta-os, fazendo-os começar uma correspondência que mudará as suas vidas. Enquanto as cartas vão e vêm entre a base de bombardeiros de Walt, em Inglaterra, e a mansão de Allie, a amizade que cresce entre os dois une-os. Mas serão eles capazes de resolver os segredos, compromissos e expetativas que os separaram?”

Opinião: Sarah Sundin vive no norte da Califórnia juntamente com o seu marido e três filhos, onde é farmacêutica hospitalar. Com um bacharel em Química pela UCLA e um doutoramento em Farmácia pela Universidade de São Francisco, a autora publicou o seu romance de estreia, “Nas Asas do Amor”, que dá início à trilogia Asas de Glória, em 2010, tendo sido traduzido dois anos depois em português.

No primeiro volume desta trilogia encontramo-nos a atravessar a 2ª Guerra Mundial e somos apresentados a Allie e Walt. Allie é uma jovem com uma baixa auto-estima, que tenta a todo o custo agradar a sua mãe, mesmo que para isso tenha de casar com alguém que não ama verdadeiramente. Walter Novak, por sua vez, é um tenente, que vai a casa durante a sua licença, antes de ser enviado para a Europa. Durante esta estadia conhece Allie e rapidamente o amor nasce entre ambos, contudo não confessam o que sentem um pelo outro e alguns segredos nascem entre ambos, o que poderá comprometer a sua relação. Será o amor entre estes dois jovens suficiente para vencer qualquer barreira?

Antes de iniciar a leitura deste volume havia acompanhado algumas opiniões que o definiam como contendo diversos momentos religiosos e efectivamente a obra é considerada romance católico. Esta componente encontra-se realmente bastante visível na obra e pessoalmente penso que a autora utilizou excessivamente esta componente, onde parecia que queria a todo o custo mostrar ao leitor a importância de Deus para alcançar a felicidade e a salvação, todavia tentei não dar muita relevância a esses momentos, devido a ser agnóstica.

Relativamente à história de amor, confesso que me senti sensibilizada com a mesma, desde o modo como o amor nasce entre ambos, à correspondência trocada entre ambos. Tanto Novak como Allie têm uma auto-estima baixa, a segunda por viver na sombra da mãe, por ter ouvido desde sempre que não era muito bonita e o primeiro porque nunca teve muito sucesso entre as mulheres, por ser bastante tímido. Contudo, tal muda quando se conhecem, Novak consegue expressar-se pela primeira vez na vida com uma mulher e Allie começa a sentir o que é sentir-se apreciada. Rapidamente percebem que têm bastante em comum e é visível ao leitor que fazem muito bem um ao outro, complementando-se de certo modo, contudo existem diversos contratempos ao longo da narrativa, que poderão colocar em causa a felicidade de ambos.

No que se refere às restantes personagens, confesso que não apreciei nem os pais de Allie, que não davam valor à sua filha, dando maior importância aos seus objectivos e ideais, do que à felicidade alheia e também não apreciei Baxter, o noivo de Allie, praticamente pelas mesmas razões, por se importar mais com questões materiais e com os seus objectivos, do que com as pessoas que o rodeavam.

Numa escrita fluída e cativante, onde existe uma componente religiosa tremendamente presente, Sarah Sundin apresenta-nos uma história de amor que temos a possibilidade de ver florescer e algumas descrições da guerra, onde se encontram visíveis as perdas, a dor e a insegurança vivida, sendo uma história que sentimos que poderia ter realmente acontecido.

Avaliação: 3.5/5 (Gostei!)

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Estilhaça-me


Nome: “Estilhaça-me”

Autora: Tahereh Mafi

Nº de Páginas: 304

Editora: Novo Conceito

Sinopse: “Juliette nunca se sentiu como uma pessoa normal. Nunca foi como as outras meninas de sua idade. O motivo: ela não podia tocar ninguém. Seu toque era capaz de ferir e até matar.
Durante anos, Juliette feriu e, segundo seus pais, arruinou o que estava à sua volta com um simples toque, o que a levou a ser presa numa cela.
Todo dia era escuro e igual para Juliette até a chegada de um companheiro de cela, Adam. Dentro do cubículo escuro, Juliette não tinha notícias do mundo lá fora. Adam ia atualizando-a de tudo.
Juliette não entendeu bem o que estava acontecendo quando foi retirada daquela cela e supostamente libertada, ao lado de Adam, e se vê em uma encruzilhada, com a possibilidade de retomar sua vida, mas por caminhos tortuosos e totalmente desconhecidos.
"Estilhaça-me" é um romance fantástico, que intriga, angustia e prende o leitor até a última página com uma história surreal que mistura amor, medo, aventura e mistério e traz um desfecho surpreendente.”

***Este volume ainda não se encontra traduzido em Portugal, tendo sido lido em Português do Brasil***

Opinião: Tahereh Mafi é uma jovem de 23 anos, que nasceu em Connecticut. Formada numa pequena faculdade de Artes Liberais, com conhecimentos em oito idiomas, Mafi passou um semestre em Barcelona, onde teve a possibilidade de aperfeiçoar os conhecimentos da língua, mas também da literatura espanhola. Apaixonada por viagens, pela leitura e pela escrita, tendo escrito durante algum tempo poesia, Tahereh escreveu o seu primeiro volume “Shatter Me” em 2011.

Juliette nunca se sentiu uma adolescente normal, uma vez que não pode tocar em ninguém, pois o seu toque pode ser letal. Abandonada pelos seus pais e após um grave acidente, Juliette vê-se enclausurada numa cela sozinha, sem o mínimo contacto humano, até ao dia em que colocam outra pessoa na sua cela, Adam. Após o choque inicial, ambos começam a falar e Juliette percebe o que perdeu durante os anos que este presa. Durante esse tempo de enclausuramento, o mundo como o conhecia está a ser destruído, tudo o que tenha a ver com a história do mundo encontra-se a ser eliminado. Quando Juliette e Adam são supostamente libertados, percebe que as pessoas que estão por detrás desta chacina têm um plano onde ela é o foco principal. Será Juliette capaz de escapar a estas pessoas? Será ela capaz de ir contra as suas convicções para salvar a sua vida?

Quando tive conhecimento desta obra, as opiniões a que tive acesso eram muito díspares. Várias pessoas diziam que a escrita era horrível, que a escritora exagerava nas repetições e ao que parece existiam inúmeras frases que se encontravam riscadas, algo que é efectivamente muito estranho. Felizmente, tive acesso a uma tradução muito boa, onde não existiam estas frases riscadas, que certamente me iriam deixar descontente, e acabei por me inserir na categoria daqueles que gostaram da obra, embora a escrita precise claramente de algum amadurecimento.

Efectivamente existem alguns aspectos que a escritora terá de mudar, mais concretamente as repetições. Existem diversas frases e palavras repetidas desnecessariamente, que tornaram a leitura um pouco exasperante. Se o objectivo da escritora se centrava em dar a ideia de continuidade, de confusão, de pânico, existem outras formas de o fazer. Relativamente às frases riscadas, embora a minha tradução não as tivesse, suponho que sejam os momentos em que Juliette reflecte e novamente é uma falha da escritora, pois poderia ter mudado o tipo de letra ou simplesmente referido que os momentos em questão se referiam a reflexões. Tirando estes pormenores de escrita, que espero sinceramente que a escritora, que ainda é jovem e tem margem para melhorar, solucione em livros futuros,  considero  que a narrativa se encontra muito cativante e foi uma obra que me deu prazer de desfolhar.

Relativamente às personagens, gostei de todas à sua maneira. Apreciei Juliette pela sua estranha particularidade, pela sua história de vida, desde a forma como teve de aprender a gerir o seu dom; o facto de não poder tocar em ninguém, por recear que tal signifique a morte dessa pessoa e que tal afaste invariavelmente toda a gente dela, o que acarreta bastante dor a esta jovem. À forma como, apesar de tudo o que passa, conseguir manter a sua integridade e os seus valores morais, não cedendo facilmente ao que lhe oferecem, quando seria tão simples ir pelo caminho mais fácil, ao ter sofrido e perdido tanto. Quanto a Adam também o apreciei, é bastante forte, integro, capaz de tudo para proteger as pessoas que mais ama e tal facto torna-o deveras humano e facilmente nos sentimos ligados ao mesmo. Os restantes personagens, embora não frise nenhum em específico, trouxeram mais consistência à história, tornando a obra mais rica.

Numa escrita que requer amadurecimento, Tahereh Mafi apresenta-nos deste modo uma sociedade distópica, onde a sede de poder levará ao extermínio de inúmeras pessoas, artefactos, livros, que serve de palco a um trio romântico, onde nem tudo o que parece à primeira vista o é efectivamente. Espero com alguma curiosidade o seguinte volume, que espero que apresente melhorias significativas.


Avaliação: 3/5 (Gostei!)

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Tu És o Meu Coração


Nome: “Tu És o Meu Coração”

Autor: Alan Lazar

Nº de Páginas: 324

Editor: Casa das Letras

Sinopse: “O maior receio do dono de um cão, de certa forma ainda pior do que o da morte de um animal de estimação querido, é que ele se perca, que desapareça durante dias, depois semanas, talvez para sempre. Tu És o Meu Coração é a história de Nelson, um cão que se deixa levar pela sua curiosidade e se perde, separando-se assim da sua dona.
Esta comovente história segue Nelson na sua caminhada de oito anos longe de casa até ao dia em que, milagrosamente, se reúne com a sua família. Durante esta jornada, Nelson conserva o espírito otimista e o desejo de reencontrar o seu Grande Amor, a sua primeira dona, uma pianista de nome Katey. Nelson nunca deixa de suspirar por ela e, por sua vez, Katey nunca deixa de o procurar.
O talentoso retrato que Alan Lazar faz das capacidades e da vida emocional de Nelson enaltece os extraordinários poderes mágicos dos cães, mostrando o quanto este pequeno rafeiro desengonçado, com um coração corajoso, nos pode ensinar, a nós, humanos. Esta história enternecedora sobre a família, a condição humana e a saudade, vai tocar bem fundo no coração de cada leitor e recordar o poder cicatrizante da sobrevivência e do amor persistente.”

Opinião: Alan Lazar nasceu na África do Sul e além de escritor foi teclista, produtor dos Mango Groove, a banda que actuou na tomada de posse de Nelson Mandela. Compôs a canção “African Dream”, que foi eleita Canção da Década, e a banda sonoroa de mais de trinta filmes e espectáculos televisivos, podendo ser mencionados “O Sexo e a Cidade” e “Um Crime Americano”. Presentemente Lazar é director da Lalela Music e escreveu o seu romance de estreia “Tu És o Meu Coração” em 2007, tendo sido traduzido em português quatro anos depois.

Nelson é um pequeno cãozinho que nasceu de uma junção de duas raças, o que dificultou que o mesmo encontrasse uma família que o acolhesse, até que um casal recém-casado aparece na loja de animais e o decide adquirir. Um dia, Nelson devido à sua curiosidade inesgotável aproveita que o portão da sua casa se encontrava mal fechado e acaba por se perder. Irá Nelson conseguir reencontrar os seus donos? Como irá conseguir sobreviver na rua?

Nesta obra acompanhamos a história de Nelson, que é um cãozinho amigável, traquina, portador de uma força sem precedentes. Ao longo desta obra observamos a sua angústia inicial antes de encontrar uma família que o acolha, à tristeza que sente devido a problemas que surgirão na sua nova família e o relato de todas as provações que passará depois de se perder.

Alan Lazar nesta obra demonstra um conhecimento profundo dos animais, sendo capaz de criar uma obra que, apesar de ser narrada por o pequeno Nelson, se centra em acontecimentos que poderiam ter efectivamente acontecido. Como apaixonada que sou por animais, especialmente por cães, embarco neste tipo de obras sempre à espera de ficar com o coração cheio de ternura por estes animais e este livro não é excepção, demonstra que o cão é realmente o melhor amigo do homem e quão fortes e perspicazes conseguem ser, mas é também um livro capaz de nos apertar o coração, por todas as provações que Nelson atravessa e que são a realidade de tantos cães abandonados ou perdidos. 

Também na obra é tremendamente visível a dor da perda de Nelson. Este pequeno cãozinho perde a sua grande amiga, contudo também a sua dona perde uma parte de si. Como é defendido na sinopse, para quem tem amigos de quatro patas o maior receio, além da sua morte, centra-se na sua perda, que os mesmos por qualquer razão desapareçam. A tristeza de não se saber onde se encontram, se estarão bem, se estão a conseguir aquecer-se, alimentar-se e a impotência de não os conseguirmos encontrar, é relatada pelo autor de uma forma bastante bem conseguida.

Outro aspecto que apreciei na obra centrou-se em focar outros temas, além da relação que se cria com os animais e a sua perda, pois é também uma história polvilhada de amor, traição, perda de alguém que se ama, que foca bastante a necessidade de reconstrução da vida, da procura do melhor caminho que nos leve a um local que possamos chamar de casa, que tornaram a obra ainda mais enriquecedora e tocante.

Numa escrita que nos toca directamente no coração, Alan Lazar demonstra em “Tu és o Meu Coração” a relação que se estabelece com um animal de estimação, a lealdade e o amor incondicionais, abordando igualmente a dor da perda do mesmo e a tentativa de encontrar o caminho certo nas nossas vidas.


Avaliação: 3.5/5 (Gostei!)

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Aquisições de Dezembro

  


No passado mês de Dezembro adquiri "Lua-de-Mel em Paris" de Elizabeth Adler, com 40% de desconto no Continente e recebi da parceira com a editora Saída de Emergência as obras "Tigana" de Guy Gavriel Kay e "As Brumas de Avalon - A Senhora da Magia" de Marion Zimmer Bradley. Estou curiosa com todos os volumes, o primeiro porque já li obras da escritora e ela praticamente nos transporta para os locais descritos e as restantes obras por todas as opiniões fantásticas que tenho acompanhado.