sábado, 31 de dezembro de 2011

Balanço 2011!

2011 foi um ano bastante positivo em termos de leituras, tendo-me proporcionado conhecer novos autores e, na sua maioria, óptimas surpresas, tendo também aumentado o número de livros lidos, comparativamente com o ano passado.

2011 foi também o ano em que criei este pequeno espaço, que só me tem trazido alegrias e permitido conhecer pessoas fantásticas, a quem devo grande parte do crescimento deste meu cantinho. Tem sido um prazer enorme poder partilhar o que tenho sentido com cada livro e poder “ouvir” o que outros leitores consideram do mesmo. Sendo das coisas que mais prazer me dá, essa troca de ideias. :) Este canto também me permitiu ler mais e com maior dedicação. Tendo sido, sem dúvida, uma grande aposta e que só tenho de agradecer a quem insistiu comigo para que o fizesse.

Quanto a números: Tinha lido o ano passado 39 livros e colocado como fasquia os 50 para este, o que infelizmente não consegui alcançar, ficando-me pelos 45 e uma BD. Destes 46, seis foram emprestados, o que significa que estou a conseguir ler mais da biblioteca pessoal, o que é muito bom, pois nos últimos dois anos tem crescido bastante e não consigo ler o suficiente para compensar as compras.

Os 10 melhores livros este ano foram:
 A Rapariga que Roubava Livros” de Markus Zusak (Editorial Presença);
A Sombra do Vento” de Carlos Ruiz Zafón (1001 Mundos);
 “Os Homens que Odeiam as Mulheres” de Stieg Larsson (Oceanos);
A Corte dos Traidores” de Robin Hobb (Saída de Emergência);
Antes de Adormecer” de S. J. Watson (Civilização Editora);
Duna” de Frank Herbert (Saída de Emergência);
 O Nome do Vento” de Patrick Rothfuss (1001 Mundos);
 O Punhal de Soberano” de Robin Hobb (Saída de Emergência);
A Marca de Kushiel” de Jacqueline Carey (Saída de Emergência);
A Eleita de Kushiel” de Jacqueline Carey (Saída de Emergência).

Quanto a piores livros, poderia mencionar “O Fim da Inocência” de Francisco Salgueiro e o “Sangue Felino” de Charlaine Harris, não por ele ser mau, mas porque não superou as expectativas que possuía.

Os Autores Revelação foram vários: Markus Zusak, que é um escritor soberbo, que tem tudo para vingar e que mal vejo a hora de serem editados mais livros dele na nossa língua. Carlos Ruiz Zafón com a sua escrita sublime e descrições que nos deixam estarrecidos. Stieg Larsson, por ter sido um escritor que nos sabe cativar e embrenhar nas suas estórias. S. J. Watson que é um autor muito promissor e que me prendeu bastante com a sua obra. Patrick Rothfuss e Robin Hobb que sabem criar personagens deveras interessantes e tremendamente humanas. Frank Herbert, que me lançou de forma mais plena no mundo da FC e que me deixou estarrecida com as suas descrições e originalidade. Jacqueline Carey e Patricia Briggs também poderiam ser mencionadas pela sua escrita envolvente e mundos interessantes. Sendo que os que mais me marcaram foram Markus Zusak, Carlos Ruiz Zafón e Robin Hobb. :)

Neste ano li uma maior percentagem de livros do género Fantástico (20), o que era expectável, pois é um dos meus géneros literários preferidos; tendo lido dois Clássicos, dois Terror e quatro FC, a minha estreia nos géneros e que se mostraram bastante interessantes.

Faço, desta forma, um balanço positivo deste ano. Consegui ler mais sete livros do que sucedeu o ano passado, o que é uma pequena vitória, ainda para mais com a faculdade; conheci autores fantásticos e ainda consegui conhecer géneros que desconhecia ou que conhecia pouco, como é o exemplo do Policial e Romance Histórico.


Para 2012 tenho como objectivo aumentar o número de livros lidos; conseguir diversificar mais as minhas leituras, tentando ler mais livros fora da “minha área de conforto” e conhecer mais autores.

Desejo a todos um óptimo ano, repleto de coisas boas. Espero que o melhor de 2011, seja o pior de 2012 e que tudo corra como pretendam. Desejo ainda que consigam alcançar os vossos objectivos e que seja um ano cheio de boas leituras. Beijinhos. :)

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Aquisições de Dezembro



As aquisições deste mês foram realizadas através de uma promoção da Fnac, leve 4 pague 3, na qual adquiri: 

"O Medo do Homem Sábio - Parte 2" de Patrick Rothfuss, livro que na sua totalidade (Parte 1 e 2)  me suscita bastante interesse por descobrir a continuação de vida de Kvothe. "Lições de Desejo" de Madeline Hunter, sendo a sua capa e sinopses bastante apelativas e tendo terminado ontem o "Casamento de Conveniência" do qual gostei, mas não achei nada de extraordinário, espero que este me permita ficar fã da autora. :) "Estarás sempre comigo" de Anna McPartlin e, por fim, trouxe como oferta "A Árvore dos Segredos" de Sarah Addison Allen, dos quais só tenho ouvido elogios, especialmente da última autora, que não me deixaram indiferente. :)

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Marina



Nome: "Marina"

Autor: Carlos Ruiz Zafón

Número de Páginas: 260

Editora: Planeta

Sinopse: "Marina, tal como a obra que consagrou Zafón, é um romance mágico de memórias, escrito numa prosa ora poética ora irónica, assente numa mistura de géneros literários (entre o romance de aventuras e os contos góticos) e onde o passado e o presente se fundem de forma inigualável. Classificado pela crítica como «macabro e fantástico e simultaneamente arrebatador», Marina propõe ao leitor uma reflexão continuada sobre os mistérios da condição humana através do relato alternado de três histórias de amor e morte. Ambientada na cidade de Barcelona, a história decorre entre Setembro de 1979 e Maio de 1980 e depois em 1995 quando Óscar, o protagonista, recorda a força arrebatadora do primeiro amor e as aventuras com Marina, recupera as anotações do seu diário pessoal e revisita os locais da sua juventude. 


«Marina disse-me uma vez que apenas recordamos o que nunca aconteceu. Passaria uma eternidade antes que compreendesse aquelas palavras. Mas mais vale começar pelo princípio, que neste caso é o fim.»"


Opinião: Depois de ter lido o fantástico “A sombra do Vento”, Zafón tornou-se para mim um autor de top, colocando-me com enormes expectativas relativamente às seguintes obras.

“Marina” inicia-se em Barcelona no ano de 1980, pela perspectiva de Óscar Drai, um adolescente que vive num internato, sentindo que a sua vida é monótona e imersa numa grande solidão. Para se abstrair e sair daquele mundo, Óscar tem como passatempo, no fim das aulas terminadas, explorar a bela cidade de Barcelona e os seus segredos. Numa dessas demandas dá de caras com uma casa, que aparentemente se encontra desabitada e decide explorá-la. É nesta que conhece Marina e que a sua vida ganha mais cor e se torna também mais turbulenta.
Num dos passeios que estes dois personagens realizam juntos, reparam numa mulher toda vestida de preto e rosto coberto, a visitar uma campa sem qualquer inscrição, somente com uma borboleta preta e a partir daí as suas vidas mudam para sempre.

Confesso que já tinha saudades da escrita e das descrições de Carlos Ruiz Zafón. Quem já leu algo deste incrível escritor, certamente que concorda que possui uma escrita sem precedentes, que nos envolve do principio ao fim. Uma escrita bastante intensa, que nos toca e que quase nos transporta para as ruas de Barcelona e para as emoções sentidas pelas personagens.

Gostei dos elementos patentes no livro, desde o romance característico do autor, polvilhado com algum drama, juntamente com alguma fantasia, terror e mistério. Confesso que me arrepiei em alguns momentos, devido às descrições feitas pelo autor acerca de uma casa que o casal visita, imagens dignas de um filme terror, que simplesmente adorei. Estes elementos levaram-me a ler o livro a uma velocidade vertiginosa, sempre com vontade de saber um pouco mais.

As personagens Óscar e Marina, são deveras interessantes, com histórias de vida que acabam invariavelmente nos tocar e até emocionar, tal como as personagens secundárias desta trama, que adoraria ter conhecido um pouco mais e saber mais pormenores das suas vidas, , sendo esse o aspecto negativo que poderia ressalvar.

“Marina” é, desta feita, um livro que nos demonstra quão deliciosa pode ser uma obra em poucas páginas e que transmite ao leitor, quanto o autor se sente ligado a esta obra ou não fosse a que mais diz a Zafón.

Citações a reter: “Não sabia então que o oceano do tempo mais tarde ou mais cedo nos devolve as recordações que nele enterramos.”

“Todos temos um segredo fechado à chave nas águas-furtadas da alma.”

Avaliação: 4/5 (Gostei Bastante!)

domingo, 25 de dezembro de 2011

A Vingança do Assassino



Nome: "A Vingança de Assassino"

Autora: Robin Hobb

Nº de Páginas: 441

Editora: Saída de Emergência

Sinopse: "FitzCavalaria renasce dos mortos graças à magia desprezada da Manha, mas a sua fuga das garras da morte deixou-o mais selvagem do que humano. Os seus velhos amigos têm que ensiná-lo a ser um homem de novo, e depois deixá-lo escolher o seu próprio destino. Incapaz de esquecer a tortura a que foi submetido às mãos do príncipe usurpador, Fitz planeia vingança enquanto recupera a sua alma e sanidade. Até ao momento em que o seu verdadeiro rei o chama para o servir numa missão misteriosa com consequências inimagináveis. Numa terra arruinada pela ganância e crueldade onde Fitz se tornou uma lenda temida, ele fará tudo para restaurar a verdadeira regência nos Seis Ducados. Mas primeiro terá que escapar dos seus inimigos que lhe movem uma perseguição sem quartel…"


Opinião: Após o final surpreendente do terceiro volume da saga, “A Corte dos Traidores”, onde muitas foram as intrigas, revelações e mistérios, damos início ao terceiro volume na versão original “Assassin’s Quest”, quarto na portuguesa, “A vingança do assassino”.


Neste volume vemos o ressurgimento de Fitz do mundo dos mortos, depois da arriscada salvação dos amigos, com uma sede de vingança expectável. Depois de ser deixado por Breu e Castro, decide encetar a sua vingança para com Majestoso, com o intuito de vingar o que sofreu nas mãos do actual Rei, a sua terra, mas essencialmente os que mais ama.

Gostei bastante deste livro por um lado porque nos permite conhecer melhor o Fitz, pois é centrado quase somente nele, nos seus dilemas e buscas e por outro por nos possibilitar entender um pouco melhor a manha e o talento.

Achei que a tentativa de Fitz se vingar foi compreensível, mas ao mesmo tempo impensada, pois sabendo ele que Majestoso possui muitas forças do seu lado, deveria ter pensado desde logo em procurar Veracidade por ser ele a sua única salvação, coisa que acabou por fazer, porém só depois de as coisas terem corrido mal. Penso que a partir do momento em que o encontrar tudo se tornará mais simples, até porque haverá uma maior possibilidade de destituir Majestoso do poder.

Os aspectos positivos da obra são o facto de passarmos a conhecer melhor Fitz, pois é sempre um prazer saber um pouco mais sobre ele. Os desenvolvimentos da manha e talento, essencialmente da primeira, que tenho algumas teorias sobre ela, que espero que sejam esclarecidas no seguinte volume. Gostei também dos dilemas que o Fitz enfrentou entre a honra e o dever, por ser algo que muitas vezes nos assalta e que se encontra imensamente bem retratado. As novas personagens Esporana e Panela agradaram-me também. Confesso que a primeira me deixou um pouco de pé atrás no início, mas para o fim fiquei a confiar mais nela e que penso que poderá ser essencial na demanda de Fitz. Panela desde o princípio que me conquistou, pois é daquelas pessoas que no início é rígida, mas que quando gostam das pessoas são capazes de tudo.

Os aspectos negativos são que muitas são as pontas que ficaram por atar e sendo este o penúltimo livro, tenho receio que as coisas sejam contadas de modo algo rápido ou como se costuma dizer “em cima do joelho”. O outro aspecto negativo é que senti falta de Bobo, a mulher de Veracidade e mesmo os lampejos de talento que Fitz tinha relativos a Moli e Castro souberam-me a pouco. Espero que no seguinte volume tenhamos mais desenvolvimentos destas personagens, especialmente da primeira que é das minhas personagens preferidas.

Em suma, é um livro mais introspectivo do que os anteriores, muito calmo, que nos leva a pensar que no seguinte muitas serão as revelações e as emoções à flor da pele.


Citações a reter: "Não faz sentido pensar no que está longe e no que não tens. Isso só te põe infeliz. Contenta-te com o que podes ter agora."

Avaliação: 4/5 (Gostei Bastante!)

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Feliz Natal!



Desejo a todos um Natal feliz, rodeado das pessoas que mais amam e com muitos livrinhos no sapatinho. :D

Os Jogos da Fome



Nome: "Os jogos da Fome"

Autora: Suzanne Collins

Nº de Páginas: 260

Editora: Editorial Presença

Sinopse: Num futuro pós-apocalíptico, surge das cinzas do que foi a América do Norte Panem, uma nova nação governada por um regime totalitário que a partir da megalópole, Capitol, governa os doze Distritos com mão de ferro. Todos os Distritos estão obrigados a enviar anualmente dois adolescentes para participar nos Jogos da Fome - um espectáculo sangrento de combates mortais cujo lema é «matar ou morrer». No final, apenas um destes jovens escapará com vida… Katniss Everdeen é uma adolescente de dezasseis anos que se oferece para substituir a irmã mais nova nos Jogos, um acto de extrema coragem… Conseguirá Katniss conservar a sua vida e a sua humanidade? Um enredo surpreendente e personagens inesquecíveis elevam este romance de estreia da trilogia Os Jogos da Fome às mais altas esferas da ficção científica.


Opinião: Já há algum tempo que tinha este livro debaixo de olho, pelas criticas fantásticas a ele atribuídas, mas também pelo surgimento do filme que irá estrear daqui a 3 meses sensivelmente, a 23 de Março, nos EUA. Foi graças ao grupo do goodreads, Diz-me o que lês, dir-te-ei quem és, que tive oportunidade de o ler em leitura conjunta.


Panem, a anterior América do Norte, encontrava-se dividida em 13 distritos, tendo a sua sede no Capitólio. Quando o 13º distrito se rebela é dizimado pelo Capitólio, passando a existir somente 12 distritos, que têm como objectivo produzir o que a sua terra tem de melhor, podendo ser dado como exemplo o distrito 12, que tem como objectivo produzir carvão, sendo controlados constantemente. O Capitólio organiza também, todos os anos, “Jogos de Fome” onde são eleitos um rapaz e rapariga de cada distrito, de modo a que se confrontem uns aos outros e que sobreviva o mais apto, para entretenimento das pessoas que habitam este sede.
Katniss Everdeen desde a morte de seu pai tornou-se no pilar da família. Depois de a mãe entrar em depressão com este acontecimento, teve de fazer de tudo para sustentar a irmã mais nova e a mãe. Quando nas eleições a irmã é eleita, Katniss não pensa duas vezes e auto-intitula-se como representante do distrito.
Assim, se iniciam os jogos que irão ser gravados 24horas por dia e onde muitas serão as provações, nesta luta constante pela sobrevivência.

Gostei bastante do livro, desde o conceito em si, que para mim é novidade, pois nunca li nada com um tema semelhante, ao facto de ser deveras interessante o contraste entre o Capitólio e os restantes distritos, que me fez lembrar, em certa medida, os Países mais e menos desenvolvidos, pois no Capitólio existe grande abundância, onde tudo é um dado adquirido e nos restantes distritos a realidade é muito desanimadora, onde as pessoas passam fome e têm de lutar ao máximo para conseguir subsistir.

As personagens são interessantes e senti que não havia muita dificuldade em sentirmo-nos agarrados a elas. Katniss, confesso que me agarrou desde logo, pela sua história de vida, pela sua perseverança e determinação. É verdade que houve momentos, um tanto ou quanto, “irritantes” da parte dela, mas não nos podemos esquecer que se trata de uma adolescente, com o peso do mundo aos ombros. Peeta, por sua vez, era mais misterioso e embora tivesse conseguido perceber os seus intuitos desde o primeiro momento, para Katniss foi um pouco mais complicado percebê-lo. Aspecto que não ligo tanto ao facto de ela ser ingénua, mas mais por ser mais simples percebermos a verdade das coisas quando nos encontramos de fora. Gale foi alguém muito pouco desenvolvido neste livro e que espero ver mais nos seguintes volumes, porque o considero misterioso e ao mesmo tempo interessante, em parte pela adoração que Katniss possui por ele.

Outro factor que me agradou muito foi a escrita simples, bastante fluida e completamente inebriante da Suzanne Collins. O facto de Katniss ser a nossa narradora leva-nos a sentir os acontecimentos de forma muito intensa e a sentirmos uma grande vontade de saber sempre mais. A junção de todos estes elementos levaram-me a ler o livro de uma assentada, até porque é um livro difícil de largar.

O aspecto negativo a ressalvar da obra é, para mim, os momentos retratados de modo muito rápido e que gostaria, sem dúvida, de ter conseguido mais pormenores, mais concretamente nos “Jogos de Fome”. Contudo, compreendo que sendo um livro dirigido para um público mais jovem esse facto se justifica.

“Os Jogos da Fome” foi, desta forma, um livro que me agradou muito, pela sua linguagem fluida e cativante, pelo mundo absorvente e personagens interessantes, que termina completamente em aberto, o que me levará a ler os seguintes volumes num futuro próximo.


Avaliação: 4/5 (Gostei Bastante!)

sábado, 3 de dezembro de 2011

Aquisições de Novembro

 

O mês passado adquiri a trilogia da Suzanne Collins, com caixa arquivadora, devido às críticas fantásticas que lhe são dirigidas e por ter sido o livro da semana da Presença, com um desconto de 14.71€.

Também da Presença realizei uma compra conjunta com outros bibliófilos, de modo a aproveitar o desconto de 50% que a editora oferecia em compras de 100 ou mais euros, tendo adquirido, desta forma, a metade do preço, "Para sempre, talvez" de Cecelia Ahern e "A mulher do viajante no tempo" de Audrey Niffenegger.