quarta-feira, 4 de maio de 2011

O escaravelho da morte


Nome: "O escaravelho da morte"

Autor: Richard Lewis

Nº de páginas: 152

Editora: Europa - América

 
Sinopse: "Um pequeno avião, ao despenhar-se nos Alpes, provoca a morte de todos os passageiros - um grupo de cientistas que começavam uma viagem de trabalho. Mas o fatidico aparelho transportava também espécimes vivos. À medida que os insectos fogem das gaiolas, procuram o refugio mais quente que podem encontrar - os cadáveres dos passageiros.

Quando sao recurparados para o enterro, os cadáveres contêm a semente da mais horrível praga natural que alguma vez ameaçou a Inglaterra. Uma maré sedente de sangue assola o país e todos os seres humanos são confrontados com uma morte hedionda."

 
Opinião: “O escaravelho da morte” foi editado pela primeira vez em 1979, tendo sido editado pela Europa - América a primeira vez em 1984.

O avião que levava um grupo de cientistas para uma conferência despenha-se nas montanhas em pleno Inverno. Neste avião além dos cientistas viajavam também um conjunto de espécies de invertebrados, como Besouros Colorado, Escaravelhos, Besouros Hércules e Cabras - Louras, juntamente com alguns coelhos e pássaros.
Quando o avião se despenha, o instinto de sobrevivência destes invertebrados leva-os a fazerem algo que ninguém se encontrava à espera. Procuram os últimos focos de calor, neste caso os corpos dos cientistas e dos animais, alimentando-se deles e depositando os seus ovos no seu interior.
Desta forma começa a mais mortífera praga alguma vez vista. Escaravelhos assassinos! Assassinando não só animais, como mais tarde também pessoas.
O livro de Richard Lewis é um livro que se lê extremamente bem porque embora seja um pouco “repugnante”, e uso esta expressão porque o autor nos descreve vários ataques destes insectos a pessoas, sendo que os ataques feitos a crianças me fizeram alguma confusão, é também um livro que custa largar, pois queremos saber sempre mais. Além disto é um livro pequeno, o que em certas partes deu-me a ideia de a narrativa se desenrolar de forma demasiado rápida, em especial no inicio.
Gosto da temática abordada por este autor porque é algo que ainda nos dias que correm acontece.
Neste livro é defendido que o Homem usa a Natureza a seu belo prazer sem ter em mente as consequências. Neste caso especifico, o uso contínuo de insecticidas, fez com que as espécies de invertebrados se tornassem imunes a estes. Sendo um caso claro de adaptação a situações adversas, que os fez mais fortes e consequentemente com maiores aptidões para transmitir essa informação à sua descendência.
O livro defende também que o Homem preocupa-se demasiado com a prosperação, com o desenvolvimento das tecnologias, colocando de parte a Natureza que é a sustentabilidade da sua espécie.
Se tivesse de mencionar aspectos negativos teria de falar na revisão, pois o livro tem alguns erros mas sendo um livro tão antigo é compreensível. O facto de a narrativa se desenrolar de uma forma apressada fez-me alguma confusão mas por outro lado, não sentimos que houvesse o chamado “enchimento de chouriços”. Por fim, outra coisa que não gostei muito foi o final dado à personagem principal.
Numa generalidade gostei bastante do livro, pois possui óptimas descrições, que tal como mencionei anteriormente, se encontram de tal forma bem-feitas que em certas circunstâncias me arrepiavam e noutras me faziam realizar caretas. (Quem me visse a ler o livro nos transportes, não sei o que pensaria. :P).
A estória em si é interessante, ainda mais se tivermos em conta que é um livro com 32 anos, actual e com personagens cativantes.
Avaliação: 4/5 (Gostei bastante!)

6 comentários:

  1. Parece interessante e pelo tamanho deve ler-se num tiro.

    Fica debaixo de olho.

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  2. Nunca tinha lido nada de Terror/FC e este livro foi uma surpresa agradável. Confesso que o comprei na altura porque além da sinopse me parecer interessante, o micro-preço também me agradou (€2.49) mas não me arrependo...

    Se um dia o quiseres ler, eu oferece-me para o emprestar. :)

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  3. Sim eu sei, obrigado Rita.

    Não leste o Duna ? Bem esse é imperdivel.

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  4. Não tens de quê. :)

    Não mas já o tenho em casa à espera de vez.

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  5. Invejo-te, no bom sentido claro, tens Duna do Herbert para ler, vários do George Martin pela frente, Os Leoes de Al Rassan ainda por ler, enfim tens muitos mas mesmo muitos bons livros pela frente Rita. Eu tambem claro mas apenas estou a referir alguns que já li e sei que quers ler, como por exemplo a Juliet Marrilier LOL.

    Quanto ao Duna, só te digo que passaras a olhar para a literatura FC de uma outra maneira é um livro muito bom mesmo, vai por mim.

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  6. Tens razão, ainda tenho muitos livros pela frente... Iniciei-me em tantas sagas que acabo por ter vários volumes em atraso. :s Duna, ainda só não o li porque é um pouco grande para o ler nos transportes mas mal possa, fá-lo-ei. :)

    Acredito que seja, já ouvi falar maravilhas a respeito dele. :)

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