Nome: "Os Leões de Al-Rassan"
Autor: Guy Gavriel Kay
Nº de Páginas: 548
Editora: Saída de Emergência
Sinopse: "Imagine uma Península Ibérica de fantasia, durante o período sangrento e apaixonante da Reconquista, onde realidade e fantasia se entrelaçam numa história poderosa e comovente.
Inspirado na História da Península Ibérica, Os Leões de Al-Rassan é uma épica e comovente história sobre amor, lealdades divididas e aquilo que acontece aos homens e mulheres quando crenças apaixonadas conspiram para refazer – ou destruir – o mundo. Lar de três culturas muito diferentes, Al-Rassan é uma terra de beleza sedutora e história violenta. A paz entre Jaddites, Asharites e Kindath é precária e frágil, mas é precisamente a sombra que separa os povos que acaba por unir três personagens extraordinárias: o orgulhoso Ammar ibn Khairan – poeta, diplomata e soldado, o corajoso Rodrigo Belmonte – famoso líder militar, e a bela e sensual Jehane bet Ishak – física brilhante. Três figuras cuja vida se irá cruzar devido a uma série de eventos marcantes que levam Al-Rassan ao limiar da guerra."
Opinião: Guy Gavriel Kay, autor de nove
romances, recebeu por duas vezes o prémio Aurora Award e o International
Goliardos Award, pela sua contribuição ao mundo do fantástico, tendo sido
nomeado por três vezes para o World Fantasy Award.
Sendo um autor de renome e com
críticas fantásticas a ele enaltecidas, era muita a expectativa de embrenhar no
mundo d’ “Os Leões de Al-Rassan”. Inspirado na Península Ibérica medieval
retracta a divisão existente em termos de religiões, os Jaditas, Kindates e Asharitas,
representativos dos cristãos, judeus e muçulmanos, respectivamente. Os
Asharitas dominam o sul até ao momento em que a paz é colocada em causa, devido
à sede de conquista dos poderosos de Al-Rassan. É neste contexto que nos são
apresentadas as nossas três personagens principais, o capitão jadita Rodrigo
Belmonte, a médica kindate Jehane bet Ishak e o poeta asharita Ammar ibn
Khairan.
Confesso que me custou um pouco
entrar na história e demorei bastante a ler as primeiras 150, 200 páginas,
devido à história ser intrincada e, em certa medida, até algo confusa. Contudo,
quando comecei a compreender melhor o ambiente, a apreciar a escrita e
personagens criadas pelo autor, tornou-se um prazer poder embrenhar-me na obra.
Gostei muito da contextualização
do mundo, as descrições das cidades visitadas pelas nossas personagens principais
e das pessoas e costumes existentes nas mesmas, que quase nos transportavam
para as suas ruas e casas. Gostei também da mensagem que não existem povos
melhores ou piores, simplesmente diferentes e que é essa diferença que os torna
especiais, sendo importante haver uma maior permissividade e compreensão entre
os mesmos.
Relativamente às personagens
apreciei bastante as personagens principais e, por estranho que pareça,
apreciei as três de igual modo, pois cada uma é especial à sua maneira. Penso
que os três se encontram muito bem estruturados e imensamente humanos, sentindo
especialmente tal facto, pela forma como interagem e se expressam com os que
ama, a contraposição entre a razão e a emoção, a luta pelo que se acredita,
entre tantos outros momentos. Também as personagens secundárias são interessantes,
tornando a narrativa ainda mais especial.
A escrita é bastante singela, mas ao mesmo tempo muito bela e própria. Embora reconheça que, na minha opinião, o autor se repetia um pouco em certos momentos, todo o mistério subjacente na obra; os trocadilhos levados a cabo pelo autor, que nos fazem pensar que irá acontecer algo e depois sucede exactamente o contrário; as personagens interessantes; a escrita própria fizeram com que apreciasse muito a obra.
A escrita é bastante singela, mas ao mesmo tempo muito bela e própria. Embora reconheça que, na minha opinião, o autor se repetia um pouco em certos momentos, todo o mistério subjacente na obra; os trocadilhos levados a cabo pelo autor, que nos fazem pensar que irá acontecer algo e depois sucede exactamente o contrário; as personagens interessantes; a escrita própria fizeram com que apreciasse muito a obra.
Em suma, “Os Leões de Al-Rassan”
foi uma obra que me agradou bastante pela sua ambiguidade entre o Romance
Histórico e o Fantástico e que acredito que poderá agradar os apreciadores de
ambos os géneros.
Frases a reter: "A coragem residia em lutar para tentar ultrapassar esse medo, em erguer-se para fazer o que tinha de ser feito."
Avaliação: 4/5 (Gostei Bastante!)
Avaliação: 4/5 (Gostei Bastante!)
Tenho mesmo de o ler:)
ResponderEliminarO Fiacha já me recomendou. Acho que vou aproveitar a feira.
Olá Jojo.
EliminarPenso que irás gostar da obra. Ele foi, sem dúvida, o grande impulsionador por ter lido a obra, não só por mo ter emprestado, mas pela forma como falava dele. :)
A feira está com alguns livros muito tentadores. Fazes bem em aproveitar. :)
Beijinhos e boas leituras.
Olá Rita,
ResponderEliminarFico contente que tenhas gostado, de facto o universo no inicio é algo complexo mas ao apanharmos bem o enredo, acaba por ler-se muito bem.
Penso ser dos melhores livros da coleção bang e que funciona muito bem como stand-alone.
Já dei um pequeno contibuto para que cumpras os teus objetivos para 2012 no que ao romance histórico diz respeito, agora se quiseres segue-se a serie Asteca.
BJS
Olá Paulo.
EliminarFoi exactamente isso que senti. O mundo e a escrita são algo que se aprende a gostar, no meu ponto de vista. Como se costuma dizer, primeiro estranha-se e depois entranha-se. :P
Eu pessoalmente penso que terminou muito bem e que se lê muito bem sozinho.
Tens toda a razão. Já tinha este livro há muito tempo na minha wishilist e como um dos meus objectivos era mesmo ler mais romance históricos foi bom. Irei aceitar o empréstimo, obrigada. :)
Beijinhos
Ois Rita,
ResponderEliminarOs teus desejos são ordens, já tens os livros da serie Asteca à espera ;)
BJ
Olá Paulo. :)
EliminarObrigada pelo empréstimo. Fica combinado. :)
Beijinhos.