Nome: “As Ruínas”
Autor: Scott Smith
Nº de Páginas: 336
Editora: Editorial Presença
Sinopse: “O que acontece quando um grupo de pessoas vulgares se vê
isolado numa situação extrema? Eram apenas umas férias descontraídas para Jeff,
Amy, Eric, Stacy, Mathias e Pablo nas praias do México. Mas quando Mathias lhes
confessa que está a pensar ir à procura do irmão, que desapareceu numas
escavações arqueológicas na selva mexicana, em breve todos estarão a atravessar
o ponto a partir do qual não poderão mais regressar, começando uma desesperada
e inimaginável luta pela sobrevivência. Scott Smith explora com uma precisão
impiedosa as tensões psicológicas e os medos insondáveis da natureza e das
relações humanas à medida que o suspense ascende a um nível quase claustrofóbico.
Um livro perturbador que conquistou os lugares cimeiros de diversas tabelas de
vendas, foi traduzido em cerca de 30 línguas e vê a sua adaptação
cinematográfica concretizada em 2009.”
Opinião: Scott Smith estudou na Dartmouth
College e formou-se na Columbia
University. Publicou o seu primeiro livro, “A Simple Plan”, em 1993, tornando-se bestseller internacional. Em 1998 é adaptado para o cinema, o que
valeu ao autor uma indicação a um Óscar para melhor roteiro adaptado.
A sua segunda obra, “As ruínas”,
lançada em 2006 e com uma adaptação cinematográfica passado dois anos, retracta
um grupo de quatro amigos, Jeff, Amy, Stacy e Eric, que se encontram a passar
férias no México.
Após a sua chegada acabam por
conhecer Mathias, um alemão, e três gregos, que embora não falem inglês, nem o grupo
grego, se tornam desde logo inseparáveis A certa altura o misterioso Mathias
confessa ao grupo que gostaria de procurar o seu irmão, que foi para uma
escavação arqueológica à procura de uma rapariga que havia conhecido durante as
férias.
Contendo somente um mapa que o
irmão de Mathias deixou com a sua localização, os quatro amigos rumam
juntamente com Mathias e um dos gregos, Pablo, para a aventura. Ao chegarem ao
local compreendem que dificilmente conseguirão sair daquela colina, pois um
grupo de Maias, que vive numa povoação vizinha, não os deixam sair da mesma.
Inicialmente a sua maior angústia reside na falta de alimentação, água e como
conseguirão sobreviver naquele local, contudo à medida que as horas passam,
percebem que a colina contém mais perigos do que inicialmente pensavam.
Como já referi algumas vezes, o
género Terror é dos que pior conheço e que possivelmente menos me atrai. Por
vezes, gosto de ler uma obra ou outra do género, devido às emoções que nos
transmite, contudo não é um género literário que acompanhe muito. Devido a uma
campanha da Editorial Presença, a decorrer no Facebook, no verão passado, consegui ganhar esta obra, que me
chamava à atenção há algum tempo.
Tenho de confessar que me custou um pouco
entrar na história e a habituar-me ao estilo de Scott Smith, o que me levou a
demorar bastante tempo a ler a primeiras 60 páginas. Esta obra é bastante
descritiva, o que inicialmente se mostrou um pouco fastidioso, contudo à medida
que fui avançando na narrativa, a obra tornou-se cada vez mais interessante e
compulsiva.
Nesta obra somos confrontados com
um grupo de seis pessoas, que são colocadas numa situação limite, em que ficar
na colina poderá significar a sua morte, mas tentar sair da mesma resultará no
mesmo final. O que nos permite compreender, ao longo desta narrativa, como uma
situação deste género é capaz de moldar o indivíduo e levá-lo a tomar decisões
atrozes.
Tal como os personagens têm receio
dos desenvolvimentos e se questionavam se tomaram ou não as melhores decisões,
o mesmo acontece connosco. É, sem dúvida, uma obra com uma grande carga
psicológica, que nos leva a querer saber sempre um pouco mais sobre os
desenvolvimentos, a recear pelas personagens e a ficar estupefactos com alguns
dos seus actos e desenvolvimentos na colina.
Numa escrita bastante descritiva,
algo cinematográfica, Scott Smith apresenta-nos uma história em que o medo, a loucura, a fragilidade humana e uma réstia de esperança de sobreviver se encontram patentes. Tal como o tema interessante que é a adaptabilidade das espécies, o modo como alguns seres vivos são obrigados a adaptarem-se ao meio em que se encontram inseridos, de modo a ser possível a sua sobrevivência.
“As Ruínas” é, deste modo, uma
obra que me agradou, por todos os sentimentos que me transmitiu e pela necessidade
de saber como iria este grupo de forasteiros conseguir sobreviver e lidar com
os perigos inacreditáveis presentes naquela colina.
Avaliação: 3/5 (Gostei!)
Olá,
ResponderEliminarParece interessante, mas algo descritivo e ainda por cima não deve ser um género que te sintas muito à vontade.
Penso que me sugiras que leia primeiro o Exorcista que por acaso até já tenho aqui na estante e comprado bem baratinho certo ?
BJS
Olá Fiacha. :)
EliminarExactamente, não é um género com que me sinta muito à vontade. Mesmo no que ao cinema diz respeito, não costumo acompanhar muito, mas ainda assim às vezes sabe bem ler algo diferente do que estamos habituados. É bastante descritivo, o que me afastou um pouco dele e me levou a demorar um mês a lê-lo, mas ainda assim valeu a pena. :)
Aconselho que o faças. Pessoalmente gostei muito mais do "Exorcista" do que deste. Foi dos melhores livros de Terror que li, está mesmo fantástico. :)
Beijinhos e boas leituras.
Olá,
EliminarRegistado, fica então o exorcista para futura leitura :D
Bjs
Olá,
EliminarFico contente que vás experimentar e espero que gostes tanto quanto eu. Depois irei ver a tua opinião. :)
Beijinhos*