domingo, 20 de janeiro de 2013

As Ruínas


Nome: “As Ruínas”

Autor: Scott Smith

Nº de Páginas: 336

Editora: Editorial Presença

Sinopse: “O que acontece quando um grupo de pessoas vulgares se vê isolado numa situação extrema? Eram apenas umas férias descontraídas para Jeff, Amy, Eric, Stacy, Mathias e Pablo nas praias do México. Mas quando Mathias lhes confessa que está a pensar ir à procura do irmão, que desapareceu numas escavações arqueológicas na selva mexicana, em breve todos estarão a atravessar o ponto a partir do qual não poderão mais regressar, começando uma desesperada e inimaginável luta pela sobrevivência. Scott Smith explora com uma precisão impiedosa as tensões psicológicas e os medos insondáveis da natureza e das relações humanas à medida que o suspense ascende a um nível quase claustrofóbico. Um livro perturbador que conquistou os lugares cimeiros de diversas tabelas de vendas, foi traduzido em cerca de 30 línguas e vê a sua adaptação cinematográfica concretizada em 2009.”

Opinião: Scott Smith estudou na Dartmouth College e formou-se na Columbia University. Publicou o seu primeiro livro, “A Simple Plan”, em 1993, tornando-se bestseller internacional. Em 1998 é adaptado para o cinema, o que valeu ao autor uma indicação a um Óscar para melhor roteiro adaptado.

A sua segunda obra, “As ruínas”, lançada em 2006 e com uma adaptação cinematográfica passado dois anos, retracta um grupo de quatro amigos, Jeff, Amy, Stacy e Eric, que se encontram a passar férias no México.

Após a sua chegada acabam por conhecer Mathias, um alemão, e três gregos, que embora não falem inglês, nem o grupo grego, se tornam desde logo inseparáveis  A certa altura o misterioso Mathias confessa ao grupo que gostaria de procurar o seu irmão, que foi para uma escavação arqueológica à procura de uma rapariga que havia conhecido durante as férias.

Contendo somente um mapa que o irmão de Mathias deixou com a sua localização, os quatro amigos rumam juntamente com Mathias e um dos gregos, Pablo, para a aventura. Ao chegarem ao local compreendem que dificilmente conseguirão sair daquela colina, pois um grupo de Maias, que vive numa povoação vizinha, não os deixam sair da mesma. Inicialmente a sua maior angústia reside na falta de alimentação, água e como conseguirão sobreviver naquele local, contudo à medida que as horas passam, percebem que a colina contém mais perigos do que inicialmente pensavam.

Como já referi algumas vezes, o género Terror é dos que pior conheço e que possivelmente menos me atrai. Por vezes, gosto de ler uma obra ou outra do género, devido às emoções que nos transmite, contudo não é um género literário que acompanhe muito. Devido a uma campanha da Editorial Presença, a decorrer no Facebook, no verão passado, consegui ganhar esta obra, que me chamava à atenção há algum tempo.

Tenho de confessar que me custou um pouco entrar na história e a habituar-me ao estilo de Scott Smith, o que me levou a demorar bastante tempo a ler a primeiras 60 páginas. Esta obra é bastante descritiva, o que inicialmente se mostrou um pouco fastidioso, contudo à medida que fui avançando na narrativa, a obra tornou-se cada vez mais interessante e compulsiva.

Nesta obra somos confrontados com um grupo de seis pessoas, que são colocadas numa situação limite, em que ficar na colina poderá significar a sua morte, mas tentar sair da mesma resultará no mesmo final. O que nos permite compreender, ao longo desta narrativa, como uma situação deste género é capaz de moldar o indivíduo e levá-lo a tomar decisões atrozes.

Tal como os personagens têm receio dos desenvolvimentos e se questionavam se tomaram ou não as melhores decisões, o mesmo acontece connosco. É, sem dúvida, uma obra com uma grande carga psicológica, que nos leva a querer saber sempre um pouco mais sobre os desenvolvimentos, a recear pelas personagens e a ficar estupefactos com alguns dos seus actos e desenvolvimentos na colina.

Numa escrita bastante descritiva, algo cinematográfica, Scott Smith apresenta-nos uma história em que o medo, a loucura, a fragilidade humana e uma réstia de esperança de sobreviver se encontram patentes. Tal como o tema interessante que é a adaptabilidade das espécies, o modo como alguns seres vivos são obrigados a adaptarem-se ao meio em que se encontram inseridos, de modo a ser possível a sua sobrevivência.

“As Ruínas” é, deste modo, uma obra que me agradou, por todos os sentimentos que me transmitiu e pela necessidade de saber como iria este grupo de forasteiros conseguir sobreviver e lidar com os perigos inacreditáveis presentes naquela colina.

Avaliação: 3/5 (Gostei!)

4 comentários:

  1. Olá,

    Parece interessante, mas algo descritivo e ainda por cima não deve ser um género que te sintas muito à vontade.

    Penso que me sugiras que leia primeiro o Exorcista que por acaso até já tenho aqui na estante e comprado bem baratinho certo ?

    BJS

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    1. Olá Fiacha. :)

      Exactamente, não é um género com que me sinta muito à vontade. Mesmo no que ao cinema diz respeito, não costumo acompanhar muito, mas ainda assim às vezes sabe bem ler algo diferente do que estamos habituados. É bastante descritivo, o que me afastou um pouco dele e me levou a demorar um mês a lê-lo, mas ainda assim valeu a pena. :)

      Aconselho que o faças. Pessoalmente gostei muito mais do "Exorcista" do que deste. Foi dos melhores livros de Terror que li, está mesmo fantástico. :)

      Beijinhos e boas leituras.

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    2. Olá,

      Registado, fica então o exorcista para futura leitura :D

      Bjs

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    3. Olá,

      Fico contente que vás experimentar e espero que gostes tanto quanto eu. Depois irei ver a tua opinião. :)

      Beijinhos*

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