Nome: “Anna e o Beijo Francês”
Autora: Stephanie Perkins
Nº de Páginas: 288
Editora: Quinta Essência
Sinopse: “Anna Oliphant tem grandes planos para o seu último ano em
Atlanta: sair com a melhor amiga, Bridgette, e namoriscar com um colega no
cinema onde trabalha. Por conseguinte, não fica muito contente quando o pai a
envia para um colégio interno em Paris. As coisas começam a melhorar quando ela
conhece Étienne St. Clair, um rapaz deslumbrante - que tem namorada. Ele e Anna
tornam-se grandes amigos e as coisas ficam infinitamente mais complicadas. Irá
Anna conseguir um beijo francês? Ou algumas coisas não estão destinadas a
acontecer?”
Opinião: Stephanie Perkins nasceu na Carolina do Sul e cresceu no
Arizona. Após ter ingressado nas universidades em San Francisco e Atlanta,
trabalhou sempre na área da literatura, primeiro como livreira, depois como
bibliotecária e, neste momento, como escritora de obras para jovens e, como a
autora ressalva, também para adultos que não têm receio de admitir o seu gosto
por esse género de obras.
Perkins considera-se uma
romântica e apaixonada, sendo possível encontrá-la aos fins-de-semana no cinema esperando os momentos mais românticos dos filmes. “Anna e o
Beijo Francês” foi a sua obra de estreia, tendo sido publicada inicialmente em
2010 e no presente ano em Portugal.
Quando Anna Oliphant é enviada
pelos pais para um colégio interno em Paris, fica tristíssima. A um ano de
terminar a escola e ingressar na faculdade, com uma melhor amiga que adora e um
rapaz de quem gosta no seu local de trabalho, Anna sente que nunca poderá ser
feliz naquele local estranho, onde nem a língua é do seu conhecimento. Contudo,
tudo muda quando conhece a colega que mora no quarto ao lado do seu e ela lhe
apresenta os seus amigos. Além de um grupo que se interessa por ela, que a
ajuda a inserir-se, neste grupo encontra-se Étienne St. Clair, um rapaz
interessante e bonito, mas comprometido. Irá Anna encontrar na cidade luz um
local que lhe alimentará o seu gosto pelo cinema, sendo a cidade com maior
concentração de cinemas per capita do
mundo, ou irá também encontrar o amor?
Existem livros que desde que
temos conhecimento dos mesmos, nos cativam ora pela sua capa ou sinopse
interessantes. “Anna e o Beijo Francês” foi um desses casos, que desde o momento que foi lançado que sabia que o teria de ler, tendo-o efectivamente adquirido pouco tempo depois. Esta foi uma obra que me cativou desde o primeiro instante,
pela sua doçura e ternura que nos cativam instantaneamente. Fiquei rendida à
história, às personagens, às descrições, enfim a toda esta obra que é tão doce.
O primeiro aspecto que me
cativou, centrou-se na partida para o desconhecido por parte de Anna. Quem já
passou pela experiência de estudar longe de casa, da família e amigos, sabe que
a experiência é muito boa, que nos faz amadurecer e ganhar outro sentido de
responsabilidade, contudo os primeiros momentos são sempre muito difíceis,
especialmente quando não conhecemos ninguém, nem o local para onde iremos
passar a viver. Como pessoa que teve uma experiência semelhante, revi-me um
pouco na experiência de Anna, nos primeiros momentos em que nos sentimos
perdidos, com algum receio e com uma certa dificuldade de nos soltarmos.
Gostei igualmente das relações
entre as personagens, que se mostraram todas bastante humanas. Foi um prazer
poder acompanhar a forma como Anna se tornou amiga do grupo constituído por St.
Clair, o modo como foram criando laços e rotinas, tal como foi muito bom poder
ver estes dois jovens conheceram-se e tornarem-se melhores amigos, apoiando-se
em todos os momentos. Revi-me em alguns aspectos nas vivências de Anna e St.
Clair, o que me fez apreciar especialmente este casal, que se mostrou ser tão
doce, verdadeiro e real, tendo gostado igualmente dos outros elementos do grupo,
que tornaram a obra mais especial e tocante.
Outro aspecto que me cativou
centrou-se no facto de a história ser mais do que a simples história de amizade
e amor. Quem conhece os meus gostos, sabe que sou fã de romances, contudo não
aprecio obras que tenham somente como foco o amor, mas também outros temas, que
nos toquem e que nos transmitam alguma mensagem. Nesta obra tal sucede,
sendo-nos apresentados a realidade do que é ter um familiar próximo portador de
cancro. A obra descreve muito bem primeiramente a dor e entorpecimento que
sentimos quando descobrimos que alguém próximo de nós tem cancro,
posteriormente a impotência que sentimos por não poder fazer nada para ajudar a
pessoa a contornar a doença e, por último, o alívio quando finalmente a pessoa
contorna a doença.
Numa escrita bastante pessoal,
intima e doce, Stephanie Perkins apresenta-nos uma história de amizade, amor,
de recomeços, que defende que nunca nos devemos acomodar, que devemos procurar
a felicidade plena, mesmo que isso signifique deixar algo que damos como
garantido.
Com descrições fantásticas de
Paris, que nos transportam para os monumentos, ruas e cinemas da cidade luz, esta
obra perdura-nos na memória muito depois de ter terminado e deixa-nos uma marca de ternura e de saudade.
Avaliação: 4/5 (Gostei Bastante!)
Olá,
ResponderEliminarUm romance que embora deva ter momentos crueis deve ser muito interessante de ler, gostei do teu comentário ;)
Bjs e boas leituras e férias já agora :D
Olá Paulo. :)
EliminarPessoalmente gostei muito. Tem tudo o que aprecio numa obra, personagens cativantes, que sentimos que poderiam efectivamente existir; uma história de amizade e amor, polvilhada com alguns momentos mais tocantes, nunca deixando de nos transmitir uma mensagem e de nos deixar uma marca de ternura. :)
Obrigada. :D Beijinhos e boas leituras*
Adorei! :)
ResponderEliminarDeu-me saudades de Paris :)
Olá Liliana. :)
EliminarTambém gostei muito e adorei as descrições, foi quase como ser teletransportada para Paris e fiquei mesmo cheia de vontade de conhecer a cidade luz. :D
Beijinhos e boas leituras*