Nome: “Infecção”
Autor: Scott Sigler
Nº de Páginas: 456
Editora: Edições Gailivro
Sinopse: “Por toda a América, uma misteriosa doença está a
transformar pessoas normais em assassinos delirantes e paranóicos, que cometem
atrocidades brutais em estranhos, em si próprios e até mesmo nos seus
familiares.
A trabalhar sob sigilo governamental, o operacional da CIA, Dew Phillips, cruza o país de lés a lés, numa tentativa vã de apanhar uma vítima viva. Dispondo apenas de corpos em decomposição como pistas, a epidemiologista do CDC, Margaret Montoya, corre contra o tempo para analisar as evidências científicas, descobrindo que os assassinos têm algo em comum: foram contaminados por um parasita criado por bioengenharia, cuja complexidade vai muito além dos limites da Ciência.
Perry Dawsey - um corpulento e antigo ás de futebol americano - confinado a um cubículo e resignado à vida de assistente de informática, acorda uma manhã e descobre que tem várias tumefacções a crescerem-lhe no corpo. Em breve, ele dará consigo a agir e a pensar de forma estranha, a ouvir vozes… está infectado.”
A trabalhar sob sigilo governamental, o operacional da CIA, Dew Phillips, cruza o país de lés a lés, numa tentativa vã de apanhar uma vítima viva. Dispondo apenas de corpos em decomposição como pistas, a epidemiologista do CDC, Margaret Montoya, corre contra o tempo para analisar as evidências científicas, descobrindo que os assassinos têm algo em comum: foram contaminados por um parasita criado por bioengenharia, cuja complexidade vai muito além dos limites da Ciência.
Perry Dawsey - um corpulento e antigo ás de futebol americano - confinado a um cubículo e resignado à vida de assistente de informática, acorda uma manhã e descobre que tem várias tumefacções a crescerem-lhe no corpo. Em breve, ele dará consigo a agir e a pensar de forma estranha, a ouvir vozes… está infectado.”
Opinião: Scott Sigler nasceu e cresceu no Michigan, tendo herdado
do pai a paixão por filmes clássicos de terror e da mãe o fascínio pela
leitura. Formado em Jornalismo e Publicidade, escreveu a sua primeira obra aos
oito anos. Teve inúmeras profissões, como repórter desportivo, Gerente de
Marketing de uma empresa de Software, vendedor de guitarras, até decidir criar
o seu próprio site e auto - publicar
os seus livros em formato áudio.
“Infecção”, primeiro volume da trilogia
“Infected”, lançado inicialmente em
2008 e um ano mais tarde em Portugal, apresenta-nos uma misteriosa doença, que transforma
os seus hospedeiros em assassinos e paranóicos capazes de cometer brutalidades
tanto a si mesmos, como aos que os rodeiam.
Neste clima de insegurança e
terror conhecemos Dew Phillips, operacional da CIA, e Margaret Montoya,
epidemiologista, que se encontram a investigar, juntamente com as suas equipas,
este estranho fenómeno, tentando descobrir uma forma de contornar esta doença.
Contudo, aquilo que parecia ser somente uma misteriosa doença, acaba por conter
contornos muito mais elaborados, podendo ter inclusive origem alienígena.
Noutra vertente, é-nos
apresentado, Perry Dawsey, antigo jogador de futebol americano, que é uma das
pessoas infectadas por esta particular doença. Quando um dia acorda repleto de prurido
por todo o corpo, o que mais tarde resulta em tumefacções triangulares em várias
partes do seu corpo, percebe que terá de tentar solucionar aquele problema, nem
que para esse efeito tenha de ser ele próprio a tirar aquelas estranhas formas
do seu corpo. Perry, que luta por ser a melhor pessoa possível, vê-se numa
encruzilhada quando constata que aquelas estranhas formas o levam a pensar,
agir e mesmo a ouvir vozes que o querem levar a cometer acções que sempre
tentou evitar. Será Perry suficientemente forte para conseguir vencer esta
estranha doença?
Após ter acompanhado diversas
opiniões favoráveis desta obra e pela originalidade prometida pela sinopse foi
com alguma curiosidade e expectativa que iniciei esta leitura. Numa narrativa
alternada entre Dew Phillips e Margaret Montoya e noutra vertente Perry Dawsey,
somos apresentados a uma obra bastante original e tremendamente descritiva, com
momentos bastante sangrentos, especialmente nas cenas personificadas por
Dawsey. Estas descrições, algo cinematográficas, encontram-se bastante bem
conseguidas, de tal modo que nos transportam para o apartamento do ex-jogador,
na sua tentativa por sobreviver e fazer frente a esta realidade, tal como nos
leva aos laboratórios e cenas de crime. Confesso que embora seja evidente que
eram descrições bem conseguidas e necessárias nesta narrativa, algumas das
cenas eram de tal modo sangrentas e vívidas, que me fizeram suspender a leitura,
o que acaba por demonstrar a qualidade das descrições do autor, mas que ao
mesmo tempo me fizeram alguma confusão.
No que se refere às personagens,
confesso que gostei bastante do Dawsey, por ser um personagem bastante humano,
com um passado que o definiu enquanto pessoa, com receios e desejos característicos.
Gostei da sua luta por ser melhor pessoa, de tentar contornar o seu passado e
da sua luta por contornar a doença que o assola. Aspecto que nos levam a sentir-nos
ligados a ele. Comparativamente com esta personagem, as suas vivências e
experiências, as outras personagens acabam, na minha opinião, por ser colocadas
em segundo plano e por não nos marcarem tanto como Dawsey.
Numa escrita bastante fluida, com
capítulos curtos, Sigler apresenta-nos uma história original e cativante,
polvilhada de suspense, adrenalina e mistério.
Em suma, “Infecção” foi uma obra
que me agradou, pela sua originalidade, pelas personagens humanas e cativantes
e aguardo com alguma expectativa a continuação desta trilogia.
Avaliação: 3.5/5 (Gostei!)
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