sexta-feira, 26 de julho de 2013

Uma Oferta Irrecusável


Nome: “Uma Oferta Irrecusável”

Autora: Jill Mansell

Nº de Páginas: 320

Editora: Saída de Emergência


Sinopse: “Lola não pretendia aceitar o suborno da mãe do seu namorado para pôr um fim à relação com ele. Ainda por cima porque a mãe de Dougie é arrogante e insuportável. Mas depois Lola descobre que uma das pessoas que mais ama está desesperada e a única maneira de a ajudar é ficar com o suborno e partir o coração de Dougie. Dez anos depois, Lola reencontra-se com Dougie e descobre que os seus sentimentos por ele estão mais fortes do que nunca. Ela faria tudo para o ter de volta, mas nunca lhe poderá contar a verdade. Mesmo sendo bonita, persuasiva e infinitamente otimista, será que vai conseguir ultrapassar a frieza dele e reconquistar-lhe o coração?”

Opinião: Jill Mansell é uma escritora de comédias românticas, tendo os seus volumes vendido mais de sete milhões de cópias em todo o mundo. Lançou a sua primeira obra em 1991, “Fast Friends”, e no ano seguinte tornou-se escritora a tempo inteiro, após ter trabalhado durante vários anos no Burden Neurological Institute em Bristol, onde vive.

“Uma Oferta Irrecusável”, lançada inicialmente em 2008 e dois anos mais tarde em Portugal, apresenta-nos Lola, que devido a um problema familiar é obrigada a aceitar um suborno que a mãe do seu actual namorado lhe propõe, com o objectivo que Lola desapareça das suas vidas. Dez anos depois, Lola retorna e reencontra-se com Dougie, o seu anterior namorado, e descobre que ainda sente os mesmos sentimentos por ele. Tendo feito a promessa que nunca contaria porque tinha aceitado o suborno e Dougie tendo ficado destroçado com a forma como Lola o deixou, não será fácil para ela reconquistá-lo de novo e ainda gerir as várias crises familiares que se avizinham.

Esta autora já me suscitava interesse há algum tempo, pelos elogios que a ela eram destinados e por ter tantos fãs em Portugal. Embora tivesse uma certa curiosidade e vontade de experimentar esta escritora tão adorada, a verdade é que somente passado um ano de já ter este volume e de ter na estante mais dois livros da sua autoria, “Pura Malícia” e “Resistir ao Amor”, é que iniciei este volume.

Após terminado esta obra, tenho de confessar que termino com um misto de sentimentos. Tenho de admitir que me custou apreciar a obra e efectivamente demorei bastante tempo a ler este volume, mais de dois meses. Verdade seja dita que quando o comecei a ler, encontrava-me a atravessar uma fase mais atribulada, em que praticamente não tinha tempo para ler, mas mesmo com a minha falta de tempo, quando o lia não conseguia ficar rendida à obra, nem ansiar por futuros desenvolvimentos.

No que se refere a aspectos negativos, tenho de mencionar, sem dúvida, a tradução/revisão, por diversas razões. Existem várias gralhas nos nomes das personagens, que nos obrigam a suspender a leitura e a reler os acontecimentos, de modo a que percebamos o que se passou efectivamente. Outro erro bastante recorrente centra-se na reconversão monetária. Não via mal de maior se a tradutora mantivesse tudo em libras ou que traduzisse tudo em euros, se considerasse que seria de melhor compreensão para o leitor, contudo a intercalação de moeda que encontramos no livro constantemente não se justifica.

Outro aspecto que poderia mencionar seria o facto de esperar uma história muito mais alegre do que aquilo que sucedeu efectivamente. Quando li várias opiniões esperava encontrar uma obra que me fizesse rir constantemente e a verdade é que isso não sucedeu neste volume. Considerei também que existiram vários acontecimentos que nos pareceram algo forçados e pouco fluídos, o que também não me fez apreciar assim tanto a obra.

Por último, tenho de confessar que senti-me muito mais facilmente ligada às personagens masculinas, sendo mais fácil para mim gostar das mesmas, do que sucedeu com as personagens femininas, que considerei um pouco superficiais. Apreciei Dougie pela sua frontalidade, pela forma como defendia os seus ideais afincadamente, o que demonstra o seu carácter. Quanto ao Gabe, também me foi fácil gostar dele, pela sua forma de ser, pelas suas vivências e por ser um porto de abrigo. É daquele género de pessoas que toda a gente gostaria de ter na sua vida, por ser sincero, carinhoso e amigo.

Quanto às personagens femininas, considerei a Lola imatura, pelo facto de praticamente perseguir Dougie; por não gostar do namorado da mãe, simplesmente porque o seu aspecto físico não condizia com o seu ideal. É verdade que o aspecto físico tem a sua importância, ninguém o pode negar, pois a primeira impressão é dada pelo mesmo, contudo não é isso que define a pessoa, e Lola não via a pessoa fantástica que se encontrava por detrás de uma forma de vestir que ela não gostava. Outro aspecto que também me levou a crer que ela era algo imatura, foi a sua tentativa de juntar os pais, mesmo sabendo que a mãe tinha um namorado do qual gostava. Quanto à Sally, também não consegui gostar muito dela, pela forma como agia, como no caso de estar a dividir casa com o Gabe e, sabendo que ele era uma pessoa organizada, não fazer no início um mínimo esforço para ser mais arrumada e para que a convivência fosse mais simples. Também não gostei muito da forma como ela idealizava as suas relações, pois após ter conhecido o pai biológico de Lola há pouco tempo, já idealizava os filhos que poderiam ter juntos e outras tantas fantasias.

Apesar de todos os aspectos negativos que mencionei, não posso afirmar que não gostei da obra, mas também não posso dizer que apreciei e que recomendo. A verdade é que gostei das personagens masculinas, mas não gostei muito das femininas; considerei alguns acontecimentos algo forçados e pouco fluídos, mas também houve outros que me agradaram. Enfim, foi uma obra que não me agradou sobremaneira e que decididamente não relerei, mas irei voltar a experimentar outra obra da escritora, pois acredito que possa vir a gostar.


Avaliação: 2/5 (Está Ok!)

Selo "Viajando na Leitura"




Regras:
- Indicar o nome do blog que indicou esse selo

- Utilizar o banner original 
- Indicar mais de cinco blogues e avisá-los
- Responder à pergunta “Qual foi a melhor viagem que você já fez através da leitura e qual foi o livro?” 


A simpática Patrícia do blogue Chaise Longue e a Maria do blogue O Imaginário dos Livros ofereceram-me este selo. O meu enorme obrigada por se terem lembrado de mim. :)

“Qual foi a melhor viagem que você já fez através da leitura e qual foi o livro?”
Demorei algum tempo a responder a este selo porque sinceramente não sabia o que responder a esta questão. É impossível escolher somente uma viagem, pois existem mundos tremendamente fantásticos, que tive o prazer de visitar graças à literatura, tanto mundos "ficcionais", como Torre de Cervo, Terra D'Ange, Westeros, Hogwarts, como países que tive o prazer de conhecer melhor graças a esta paixão, como França, Reino Unido, Japão. Permitindo-me igualmente visitar diferentes momentos da História. 

Tendo este aspecto em mente, é mesmo impossível escolher a melhor viagem, pois todas elas me proporcionaram um prazer enorme, fizeram-me conhecer novos locais e transmitiram-me sempre algo de especial.

5 blogues:

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Corações sem Dono


Nome: “Corações sem Dono”

Autora: Lucy Dillon

Nº de Páginas: 448

Editora: Porto Editora

Sinopse: “Histórias de solidão, amor e recomeços ou como cachorros abandonados podem salvar corações solitários.
A londrina Rachel de trinta e nove anos descobre que tudo na vida pode dar uma volta enorme quando e como menos se espera.
Tudo começa num momento conturbado: na mesma semana Rachel perde o namorado, o emprego, descobre o primeiro cabelo branco e é acusada pela irmã de ser egoísta por se ter esquecido do aniversário do sobrinho.
Como se não bastasse de repente tem de se mudar de Londres para uma pequena cidade de província, no fim do mundo, onde uma tia lhe deixou em herança um canil a abarrotar de cães, uma casa enorme e uma montanha de dívidas.
Mas nem tudo é o que parece e nem só de problemas se fará este novo percurso de Rachel; graças aos amigos de quatro patas, muitos corações solitários vão descobrir valiosas lições sobre lealdade, companheirismo e amor incondicional.”

Opinião: Lucy Dillon é uma escritora escocesa, que em pequena desejava ser bailarina. Com o seu sonho de menina em mente, não é de estranhar que a sua primeira obra se intitulasse “The Ballroom Class”, lançado em 2008. A sua segunda obra, “Corações sem Dono”, editado em 2009 e dois anos depois em Portugal, alcança o reconhecimento de Romantic Novel of The Year.

Nesta obra somos apresentados a Rachel, uma mulher de trinta e nove anos que perde tudo o que considerava importante para si, o emprego, o namorado e a sua casa. Com a morte da tia, recebe em testamento uma casa com um canil adjacente, que compreende encontrar-se com diversas dívidas. Se se encontrava emergida em problemas, quando descobre o estado do canil fica na dúvida se a solução melhor será vender ou se tentar arranjar uma solução. Quando com o passar do tempo se começa a apaixonar por aqueles animais e pelas pessoas que a rodeiam, a resposta torna-se simples, mas os problemas monetários continuarão a ser uma realidade. Será Rachel capaz de salvar o canil e ajudar todos aqueles amigos de quatro patas?

Como amante que sou de animais domésticos, especialmente de cães, foi com alguma expectativa que embrenhei nesta obra. Numa narrativa bastante fluída, Dillon aborda diversos temas, desde a infertilidade, ao divórcio e maternidade, apresentando-nos personagens bastante reais, portadoras de sonhos, desejos e receios característicos, sendo fácil para o leitor sentir-se ligado às mesmas e ansiar por futuros desenvolvimentos.  

Um dos aspectos que mais agradou nesta leitura centrou-se na relação e convivência que as personagens mantinham com estes animais. As páginas destinadas aos momentos vivenciados entre estes foram abordadas de forma bastante ternurenta, sendo visível o amor que a autora sente por estes animais no modo como o tema e as relações foram abordadas.

Juntamente com estes amigos de quatro patas, as personagens encontrarão uma verdadeira amizade, amor incondicional e lealdade que estes animais demonstram para com os seus donos. Sendo, em certa medida, para todas as personagens mais simples a superação de certos problemas por não se encontrarem sozinhos.

Quanto a aspectos negativos, existem vários elementos que poderiam ser mencionados. Primeiramente, Rachel descobre, graças à sua mãe, que existe um segredo que a tia Dot nunca lhe contou e que a mesma poderá possivelmente encontrar a sua solução naquela casa. Com a expectativa de um segredo por detrás da vida de Dot são várias as conjunturas que nos apanhamos a fazer, tentando descobrir por nós mesmos o mistério. Pessoalmente pensei que o segredo teria ligação directa com Rachel, acabando efectivamente por pensar que Dot, ao ser tão parecida com Rachel, tanto psicologicamente como fisicamente, poderia ser sua mãe biológica. Contudo, o segredo acaba por se relevar completamente insatisfatório, pois a autora leva-nos a crer que o segredo poderá ser algo verdadeiramente importante e a solução do mesmo acaba por saber a pouco.

Outro aspecto que não me agradou na obra, centra-se na revisão dada, pois por diversas vezes encontramos nomes das personagens trocados, o que leva a que exista uma quebra na leitura e que se releia novamente a passagem de modo a percebermos o que se passou na realidade.

Por último, considerei que o final foi deixado demasiado em aberto, terminando de forma algo abrupta. Livros com finais em aberto têm a sua magia, permitindo ao leitor idealizar o desfecho que lhe aprouver, contudo considero que foram deixados demasiados aspectos sem resolução aparente e fiquei curiosa por saber mais sobre o que se passaria na vida das personagens.

Apesar de ter havido vários aspectos que não me tenham convencido inteiramente nesta obra, fico curiosa com a obra da autora, que foi lançada em português no presente ano, “Segredos para um Final Feliz”.


Avaliação: 3/5 (Gostei!)

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Anna e o Beijo Francês


Nome: “Anna e o Beijo Francês”

Autora: Stephanie Perkins

Nº de Páginas: 288

Editora: Quinta Essência

Sinopse: “Anna Oliphant tem grandes planos para o seu último ano em Atlanta: sair com a melhor amiga, Bridgette, e namoriscar com um colega no cinema onde trabalha. Por conseguinte, não fica muito contente quando o pai a envia para um colégio interno em Paris. As coisas começam a melhorar quando ela conhece Étienne St. Clair, um rapaz deslumbrante - que tem namorada. Ele e Anna tornam-se grandes amigos e as coisas ficam infinitamente mais complicadas. Irá Anna conseguir um beijo francês? Ou algumas coisas não estão destinadas a acontecer?”

Opinião: Stephanie Perkins nasceu na Carolina do Sul e cresceu no Arizona. Após ter ingressado nas universidades em San Francisco e Atlanta, trabalhou sempre na área da literatura, primeiro como livreira, depois como bibliotecária e, neste momento, como escritora de obras para jovens e, como a autora ressalva, também para adultos que não têm receio de admitir o seu gosto por esse género de obras.

Perkins considera-se uma romântica e apaixonada, sendo possível encontrá-la aos fins-de-semana no cinema esperando os momentos mais românticos dos filmes. “Anna e o Beijo Francês” foi a sua obra de estreia, tendo sido publicada inicialmente em 2010 e no presente ano em Portugal.

Quando Anna Oliphant é enviada pelos pais para um colégio interno em Paris, fica tristíssima. A um ano de terminar a escola e ingressar na faculdade, com uma melhor amiga que adora e um rapaz de quem gosta no seu local de trabalho, Anna sente que nunca poderá ser feliz naquele local estranho, onde nem a língua é do seu conhecimento. Contudo, tudo muda quando conhece a colega que mora no quarto ao lado do seu e ela lhe apresenta os seus amigos. Além de um grupo que se interessa por ela, que a ajuda a inserir-se, neste grupo encontra-se Étienne St. Clair, um rapaz interessante e bonito, mas comprometido. Irá Anna encontrar na cidade luz um local que lhe alimentará o seu gosto pelo cinema, sendo a cidade com maior concentração de cinemas per capita do mundo, ou irá também encontrar o amor?

Existem livros que desde que temos conhecimento dos mesmos, nos cativam ora pela sua capa ou sinopse interessantes. “Anna e o Beijo Francês” foi um desses casos, que desde o momento que foi lançado que sabia que o teria de ler, tendo-o efectivamente adquirido pouco tempo depois. Esta foi uma obra que me cativou desde o primeiro instante, pela sua doçura e ternura que nos cativam instantaneamente. Fiquei rendida à história, às personagens, às descrições, enfim a toda esta obra que é tão doce.

O primeiro aspecto que me cativou, centrou-se na partida para o desconhecido por parte de Anna. Quem já passou pela experiência de estudar longe de casa, da família e amigos, sabe que a experiência é muito boa, que nos faz amadurecer e ganhar outro sentido de responsabilidade, contudo os primeiros momentos são sempre muito difíceis, especialmente quando não conhecemos ninguém, nem o local para onde iremos passar a viver. Como pessoa que teve uma experiência semelhante, revi-me um pouco na experiência de Anna, nos primeiros momentos em que nos sentimos perdidos, com algum receio e com uma certa dificuldade de nos soltarmos.

Gostei igualmente das relações entre as personagens, que se mostraram todas bastante humanas. Foi um prazer poder acompanhar a forma como Anna se tornou amiga do grupo constituído por St. Clair, o modo como foram criando laços e rotinas, tal como foi muito bom poder ver estes dois jovens conheceram-se e tornarem-se melhores amigos, apoiando-se em todos os momentos. Revi-me em alguns aspectos nas vivências de Anna e St. Clair, o que me fez apreciar especialmente este casal, que se mostrou ser tão doce, verdadeiro e real, tendo gostado igualmente dos outros elementos do grupo, que tornaram a obra mais especial e tocante.

Outro aspecto que me cativou centrou-se no facto de a história ser mais do que a simples história de amizade e amor. Quem conhece os meus gostos, sabe que sou fã de romances, contudo não aprecio obras que tenham somente como foco o amor, mas também outros temas, que nos toquem e que nos transmitam alguma mensagem. Nesta obra tal sucede, sendo-nos apresentados a realidade do que é ter um familiar próximo portador de cancro. A obra descreve muito bem primeiramente a dor e entorpecimento que sentimos quando descobrimos que alguém próximo de nós tem cancro, posteriormente a impotência que sentimos por não poder fazer nada para ajudar a pessoa a contornar a doença e, por último, o alívio quando finalmente a pessoa contorna a doença.

Numa escrita bastante pessoal, intima e doce, Stephanie Perkins apresenta-nos uma história de amizade, amor, de recomeços, que defende que nunca nos devemos acomodar, que devemos procurar a felicidade plena, mesmo que isso signifique deixar algo que damos como garantido.

Com descrições fantásticas de Paris, que nos transportam para os monumentos, ruas e cinemas da cidade luz, esta obra perdura-nos na memória muito depois de ter terminado e deixa-nos uma marca de ternura e de saudade.

Avaliação: 4/5 (Gostei Bastante!)

domingo, 14 de julho de 2013

A Morte Chama-te


Nome: “A Morte Chama-te”

Autora: Karen Rose

Nº de Páginas: 462

Editora: Círculo de Leitores

Sinopse: "Tess é dedicada aos seus pacientes. Os anos de terapia ensinaram-na a ouvir, compreender e a guardar segredo. O que se partilha num consultório de psiquiatria é confidencial. Quando os seus pacientes se começam a suicidar a polícia logo estabelece um elo entre todas essas mortes: todos eram pacientes de Tess. Será ela a assassina? Ou a vítima? Quem quer destruir a sua carreira, a sua vida pessoal? Um intenso e apaixonante thriller romântico"

Opinião: Karen Rose, natural de Baltimore, EUA, é apaixonada pela literatura desde que aprendeu a ler e a escrita rapidamente se tornou igualmente numa paixão. Foi Engenheira Química e Professora de Química e Física do Ensino Secundário, até ao momento em que decidiu dedicar-se exclusivamente à escrita. Praticante de artes marciais, Karen tem mais de dez obras publicadas, tendo inclusive vencido um RITA Award com a obra “I’m Watching You” em 2005.

“A Morte Chama-te”, a sua quinta obra, foi lançada inicialmente em 2006 e três anos mais tarde em Portugal. Nesta obra somos apresentados a Tess, uma psiquiatra conceituada, que se torna a principal suspeita de um conjunto de suicídios, que têm algo em comum entre si, todos são seus pacientes e tudo leva a crer que alguém os levou a cometer o suicídio. Será Tess a assassina ou a principal vítima deste conjunto de crimes?

Comecei esta obra sem muitas expectativas, pelo facto de ser a minha obra de estreia com a escritora e por não ter acompanhado muitas opiniões referentes às suas obras. Embora saiba que a autora é, por vezes, comparada com Sandra Brown, autora que me agradou quando li recentemente uma obra sua, não esperava gostar tanto deste livro como aconteceu.

Encontramo-nos perante um romance policial, em que o mistério e o suspense são uma realidade. As cenas dos suicídios são bastante reais e quase nos transportam para aquele momento, tal como a idealização dos crimes e a pressão psicológica dos mesmos. Nesta obra somos apresentados a crimes em que todos os elementos parecem ter sido pensados e que quando os polícias pensam ter encontrado uma pista, deparam-se com mais reviravoltas. Ao longo da narrativa, idealizamos quem poderá ser efectivamente o assassino, se será realmente Tess, se será alguém que ela prejudicou e que a odeia ao ponto de a querer incriminar, ou pior ainda se será alguém próximo dela. Estamos praticamente até ao final da obra a pensar quem será efectivamente o assassino e, no meu caso, confesso que somente nas últimas páginas é que pensei que poderia ser a pessoa que se viu a mostrar o assassino, o que demonstra muito bem a forma fantástica como a autora idealizou todos os pormenores e como o crime poderia ter sido perfeito.

Outro aspecto que me agradou bastante na obra, centrou-se no facto de a obra ser mais do que o simples policial, que só por si foi, para esta leiga do género, fantástico, pois o ingrediente adicional do romance tornou a obra ainda mais especial e cativante. Embora tenha considerado o romance algo precoce, confesso que me agradou a alternância entre momentos de mais acção, suspense e momentos mais ternurentos.

No que se refere às personagens, apreciei Tess, pela sua força em ter conseguido gerir tudo aquilo porque passou e por, mesmo estando a sua vida em perigo e a sua carreira, nunca colocar como opção dar a conhecer o nome dos seus doentes, o que demonstra o seu profissionalismo e carácter. No que se refere ao polícia Aidan, que acaba por se apaixonar por Tess, também foi um personagem interessante. Foi cativante conhecer a sua família e a sua maneira de ser, o seu ar rezingão e autoritário, que escondia um passado que o afastava do sexo oposto.

Numa escrita simples e fluída, Karen Rose apresenta-nos uma obra repleta de acção, mistério e adrenalina, polvilhada com algum romance, abordando diferentes temas, desde a psiquiatria, violência doméstica, pornografia e diferentes sentimentos, desde a amizade, amor, à inveja.

Em suma, “A Morte Chama-te” foi uma obra que me agradou bastante, pelo suspense e mistério subjacente na trama e pela história de amor ternurenta. Fico curiosa por ler outras da escritora.


Avaliação: 4/5 (Gostei Bastante!)

sábado, 13 de julho de 2013

Odisseia Celestial - Os Orbes do Conhecimento [Divulgação]

Inês Maia é uma estudante universitária e amante de literatura, que viu a sua primeira obra ser editada em 2011, pela Editorial Presença, projecto que levava a cabo desde 2009.

No ano da publicação da obra, Inês começou a continuação da sua história e nesse ano enviou o seu manuscrito para apreciação, contundo a situação económica e a possibilidade de outras obras serem mais rentáveis, acabou por impossibilitar que a obra fosse realmente editada.

Apesar deste contratempo, a jovem escritora decidiu não se acomodar e dar a conhecer aos leitores do seu primeiro livro e não só, pois este volume poderá ser lido como standalone, decidiu publicar a obra em formato e-book. A obra encontra-se disponível em várias livrarias online, como a LeyaOnline, Amazon, Apple Store, Barnes & Noble, Fnac.pt, Gato Sabido, Google, IBA, Kono, Submarino, Livraria Cultura e Wook.






Nome: "Odisseia Celestial - Os Orbes do Conhecimento"


Autora: Inês Maia




Sinopse: "Cinco anos passaram desde a sua última missão e Anaís ainda é perseguida pela memória do seu protegido, Pedro, que teve de abandonar na Terra. A arcanjo dava tudo para voltar… E a oportunidade surge pela revelação de uma perturbadora notícia: quando Gabriel, o seu antigo companheiro de missão, abdicou da sua condição como anjo, o seu conhecimento divino foi libertado no planeta Terra, pairando à mercê de quem o transforme em inventos potencialmente perigosos. O relógio não pára. 

Líder de uma equipa de resgate, Anaís terá de percorrer o mundo em busca dos orbes do conhecimento com o auxílio dos seus colegas celestiais. Contudo, as forças do mal conspiram para os impedir… Serão capazes de agir quando vidas humanas são ameaçadas e a lealdade dos seus é posta em risco? Será Anaís a arcanjo certa para a tarefa? Ou os fantasmas de um passado escuro poderão pôr em causa o seu desempenho?


Um romance que alia o universo fantástico do bem e do mal com o quotidiano, Odisseia Celestial – Os orbes do conhecimento é o volume sucessor de Desafio Celestial (2011, Editorial Presença), afirmando-se como uma aventura épica recheada de acção, mistério e magia que prenderá o leitor até à última página."

Sobre a autora: "Inês Maia nasceu em Matosinhos, a 19 de Janeiro de 1993. Passou a maior parte da infância com os seus pais e avós, os quais cultivaram na autora um grande apreço pela literatura e as artes em geral. Ingressou no Colégio de Nossa Senhora do Rosário aos dez anos de idade, o qual frequentou até ao 12.º ano quando entrou para a faculdade de medicina da Universidade do Porto. No ano de 2004, duas contribuições suas são apresentadas na colectânea "No traço dos sonhos…", publicada pelo seu colégio. As suas áreas de interesse incluem a música, o cinema, a pintura e, claro, a literatura. Foi vocalista de uma banda, a qual já participou em várias competições musicais e espectáculos. Apaixonada pela escrita, redige pequenos textos diariamente. "Desafio Celestial" foi o seu primeiro livro, seguido do recente "Odisseia Celestial - Os orbes do conhecimento".

Mais informações: Na página do Goodreads da escritora e na sua Página Oficial no Facebook.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

A Iniciação


Nome: “A Iniciação”

Autora: Jennifer Armintrout

Nº de Páginas: 336

Editora: Edições Gailivro

Sinopse: “Eu não sou cobarde. Quero deixar isso bem claro. Mas, depois de a minha vida se trans­formar num filme de terror, passei a levar o medo muito mais a sério. Tinha-​me tor­nado na Dra. Carrie Ames apenas há oito meses, quando fui atacada na morgue do hospital por um vampiro.
Haja sorte. Por isso agora sou uma vampira e descobri que tenho um laço de sangue com o monstro que me criou. Este funciona como uma trela invisível, pelo que estou ligada a ele, inde­pendentemente daquilo que faça. E, claro, ele tinha de ser um dos vampiros mais malévolos à face da Terra. Com o meu Amo decidido a transformar-​me numa assassina sem escrúpulos e o seu maior inimigo empenhado em exterminar-​me, as coisas não podiam ser piores – só que me sinto atraída pelos dois. Beber sangue, viver como um demónio imor­tal e ser um peão entre duas facções de vampiros não é exactamente o que tinha imaginado para o meu futuro. Mas, como o meu pai costu­mava dizer, a única forma de ven cer o medo é enfrentá-​lo. E é isso que irei fazer. Com as garras de fora.”

Opinião: Jennifer Armintrout nasceu em 1980 e desde os quatro anos que é uma apaixonada pelo mundo vampírico. O primeiro volume da saga “Laços de Sangue”, “A Iniciação”, foi editado inicialmente em 2006 e quatro anos mais tarde em Portugal.

Carrie Ames tornara-se recentemente médica no Serviço de Urgência de um Hospital em Michigan quando é atacada na morgue por um vampiro. A sua vida muda completamente quando percebe que os vampiros existem efectivamente, que terá de se alimentar de humanos, mas pior que isso que se encontra ligada ao seu criador, que é um vampiro sem escrúpulos e doentio. Para melhorar a situação em que se encontra inserida, existe também uma organização que tem como objectivo exterminar os vampiros. Existindo um elo forte entre ela e o seu progenitor e uma promessa, Carrie vê-se nas garras do seu malévolo Amo. Será ela capaz de sobreviver entre estes dois mundos?

Comecei a minha demanda pela literatura em geral e pelo Fantástico através do mundo vampírico, pelo que inicio sempre obras deste género com alguma curiosidade, expectativa, mas também algum receio. Desde o surgimento da Saga Luz e Escuridão que o mercado se tornou mais receptivo a obras deste género e não sendo uma particular fã desta saga, tenho sempre algum receio do que irei encontrar e da possibilidade de poder não apreciar muito as obras em questão. No caso do início desta saga, tenho de admitir que o receio se mostrou completamente infundado, pois apreciei realmente a obra.

Considerei o mundo vampírico criado pela autora bastante original, contendo vampiros com particularidades anatómicas interessantes e singulares, sendo que nunca tinha lido nenhum livro que abordasse a sua anatomia desta forma. Achei igualmente interessante as ligações que estes vampiros mantinham entre si, em que existe uma organização vampírica realizada para exterminar vampiros, especialmente aqueles que cometam infracções, como assassinar humanos ou alimentarem-se dos mesmos sem o seu consentimento; tal como gostei da forma como foi descrita a ligação entre os Vampiros Progenitores e a sua “prole”, que mantêm entre si sempre uma conexão, que conseguem ter flashbacks e captar as emoções uns dos outros.

No que se refere às personagens gostei bastante da caracterização de todas, pois mostraram ser bastante cativantes e humanas, com um passado que as definiu e as moldou enquanto pessoas, com mazelas, receios e sonhos característicos. Apreciei a personagem Carrie, por um lado por ser a nossa narradora, que nos mostra a sua história numa narrativa na primeira pessoa, e por outro lado por ser bastante palpável o seu debate interno inicial, quando tem receio daquilo em que se está a transformar e da sua aversão de pensar que terá de se alimentar de humanos; a forma como foi capaz de se colocar em segundo plano por alguém que pouco conhecia, por saber que devia bastante a essa pessoa e por sentir um carinho especial por ela; tal como pela sua personalidade, pela sua força, perseverança e paixão.

Quanto às restantes personagens, Nathan é um dos membros da organização vampírica e será essencial para Carrie nos seus primeiros momentos enquanto vampira. Ao longo da narrativa, compreendemos tratar-se de uma pessoa sofrida, por ter perdido alguém que amava, mas contendo uma lealdade, força e companheirismo incríveis. Confesso que apreciei bastante as cenas entre Nathan e Carrie, pelas suas picardias, pelo seu humor e mesmo momentos mais ternurentos. Quanto a Cyrus, criador de Carrie, é um vampiro malévolo, bastante forte, que perdeu a sua humanidade ao longo dos seus anos de vida, sendo capaz de praticar atrocidades para com os humanos. Ao longo da história percebemos que estes comportamentos e formas de encarar a vida acontecem devido ao seu passado e a mazelas sofridas, contudo não conseguimos deixar de sentir uma certa aversão pela personagem. No que diz respeito às restantes personagens secundárias todas tiveram uma importância significativa na obra, ora a Bruxa Dhalia ou o protegido de Nathan, que conferiram mais vida à trama, polvilhando-a com mais acção, humor, adrenalina e permitindo-nos conhecer melhor as personagens principais da trama.

Numa escrita fluída, estimulante e cativante, Jennifer Armintrout apresenta-nos um mundo vampírico interessante e, em certa medida, original, com personagens fortes e bem caracterizadas, com uma história polvilhada de adrenalina, suspense, acção e uma pitada de amor, que agradará certamente os amantes deste género de livros.


Frases a Reter: “Há um momento na vida de toda a gente em que é necessário pensar cuidadosamente nas metas que cada um se propôs a atingir, admitir as nossas limitações e encarar as aptidões de forma mais realista.”


Avaliação: 4/5 (Gostei Bastante!)

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Amor Ingénuo [Divulgação]

A escritora Catarina Ferreira terminou a sua primeira obra em 2012 e embora tenha contactado duas editoras que se mostraram receptivas a publicar a sua obra, os custos associados a essa publicação levaram a que optasse pela auto-publicação em formato digital.

Sendo difícil vingar no mundo literário, especialmente no que se refere aos escritores portugueses, é com prazer que ajudo na divulgação da sua obra, que desejo que se torne um sucesso. Esta obra poderá ser adquirida através da LeyaOnline, Wook, Fnac, IBA, Gato Sabido e Amazon, pelo preço de €5,99.


Nome: "Amor Ingénuo"


Autora: Catarina Ferreira


Sinopse: "Samanta tem apenas 19 anos, mas já sentiu o sabor da traição. Após a descoberta das mentiras do namorado e amigos, optou por fechar-se em casa e desistir de todos os seus sonhos. Até que um dia, a sua melhor amiga Lídia, que nunca a abandonou, precisou da sua ajuda. Samanta enfrentou os seus medos e mudou-se para o apartamento da amiga. Enquanto a sua amiga vive o sonho de estudante de universidade, Samanta vive uma vida rotineira. Lídia, decidida a ajudar a amiga, convida-a para uma festa em casa do vizinho do seu namorado Guilherme, e não aceita "não" como resposta. Gabriel é um rapaz atlético e misterioso, mas está apaixonado pela rapariga errada. Apesar dos receios de cada um, embarcam em encontros duplos. Dúvidas e ciúmes são constantes, pondo à prova os sentimentos de Samanta pelo Gabriel e as suas novas amizades. O que Samanta não sabe é que as intenções de Gabriel não são o que parecem. E Samanta esconde algo que não quer revelar. Nesta relação há mais segredos do que os olhos podem ver. Será que existem descobertas que podem ser perdoadas?"

Sobre a escritora: "Nasci e vivo em Vila Nova de Gaia com os meus pais. Tenho um irmão e uma irmã, mais velhos, já casados e com filhos.

Foi através da saga Crepúsculo de Stephenie Meyer que a minha paixão pelos livros refloresceu e, desde aí, fui inspirada por autoras como Madeline Hunter, Sherrilyn Kenyon, Lauren Conrad, Kami Garcia e Margareth Sthol, L.J. Smith e Alyson Nöel.

Sou autora de Amor Ingénuo. 

Onde me podem contactar:

Blog: http://cat-ferreira.blogspot.com
Facebook:https://www.facebook.com/#!/...
E-mail:catarinasf07@gmail.com"

terça-feira, 9 de julho de 2013

O Teu Rosto Será o Último


Nome: “O Teu Rosto Será o Último”

Autor: João Ricardo Pedro

Nº de Páginas: 208

Editora: Leya

Sinopse: “Tudo começa com um homem saindo de casa, armado, numa madrugada fria. Mas do que o move só saberemos quase no fim, por uma carta escrita de outro continente. Ou talvez nem aí. Parece, afinal, mais importante a história do doutor Augusto Mendes, o médico que o tratou quarenta anos antes, quando lho levaram ao consultório muito ferido. Ou do seu filho António, que fez duas comissões em África e conheceu a madrinha de guerra numa livraria. Ou mesmo do neto, Duarte, que um dia andou de bicicleta todo nu.
Através de episódios aparentemente autónomos - e tendo como ponto de partida a Revolução de 1974 -, este romance constrói a história de uma família marcada pelos longos anos de ditadura, pela repressão política, pela guerra colonial.
Duarte, cuja infância se desenrola já sob os auspícios de Abril, cresce envolto nessas memórias alheias - muitas vezes traumáticas, muitas vezes obscuras - que formam uma espécie de trama onde um qualquer segredo se esconde. Dotado de enorme talento, pianista precoce e prodigioso, afigura-se como o elemento capaz de suscitar todas as esperanças. Mas terá a sua arte essa capacidade redentora, ou revelar-se-á, ela própria, lugar propício a novos e inesperados conflitos?”

Opinião: João Ricardo Pedro nasceu em 1973, na Amadora, e licenciou-se em Engenharia Electrónica pelo Instituto Superior Técnico. Trabalhou durante mais de dez anos em telecomunicações e foi na Primavera de 2009 que começou a escrever. “O Teu Rosto Será o Último” é o seu romance de estreia, que venceu o Prémio LeYa 2011.

Nesta obra somos apresentados a três gerações distintas, desde a Revolução de 25 de Abril de 74 até à actualidade, onde acompanhamos diversos saltos temporais, que, embora não se encontrando sinalizados, não confundem o leitor. Conhecemos o doutor Augusto Mendes, um médico conceituado, o seu filho António que teve por duas vezes na Guerra em África e o seu neto Duarte que temos a possibilidade de o conhecer desde pequeno, sendo portador de um enorme talento.

Desde que tomei conhecimento desta obra que senti curiosidade em folheá-la, não só por ter vencido um Prémio LeYa, mas também pelo título e sinopse cativantes. Contudo, confesso que terminei esta leitura com um misto de sentimentos. Por um lado, houve aspectos que me cativaram bastante, a forma fantástica como eram descritas as relações entre as pessoas, os elementos históricos, a escrita singular e cativante do escritor, capaz de nos embrenhar na trama e de nos fazer ansiar por mais revelações desta família. Contudo, também houve vários aspectos negativos, tais como a utilização excessiva de impropérios, que na minha opinião não eram necessários. Concordo que poderá tornar a obra mais real e espontânea, todavia penso que foi utilizado exageradamente este tipo de linguagem. Outro aspecto que não me agradou particularmente foram as descrições pormenorizadas de actos quotidianos, como por exemplo uma descrição exaustiva de uma ida às compras, que era desnecessária. Também houve vários actos desunamos e de violência que nada de novo trouxeram à trama e que o leitor não consegue compreender a sua pertinência e, por último, houve várias pontas soltas na obra, em que vários elementos não são devidamente explicados ao leitor e que, no fim, sentimos que foram mais as coisas que ficámos por saber do que aquelas que efectivamente descobrimos.

No que se refere às personagens, foi fácil compreender e sentirmo-nos ligados a esta família. Penso que um dos aspectos mais fortes do escritor centra-se na forma como consegue criar personagens bastante humanas, que sentimos que poderiam ter existido, tal como criar as suas histórias de vida de forma bastante fidedigna. É evidente que o escritor pesquisou bastante sobre esta altura da história e tal facto associado às personagens bastante humanas levaram a que acabasse por apreciar a obra, apesar dos aspectos negativos que mencionei anteriormente.

Numa escrita singular, com uma linguagem muito própria, João Ricardo Pedro apresenta-nos, deste modo, uma família em três gerações, mostrando-nos a sua vida, os seus receios e sonhos, polvilhada com alguns elementos históricos, que nos transportam para a altura descrita.

Em suma, “O Teu Rosto Será o Último” foi uma obra que me agradou, embora tivesse vários aspectos que não me prenderam. Penso que embrenhei nesta leitura com algumas expectativas, o que me levou a esperar algo diferente, contudo penso que não deixa de ser uma boa obra, que consegue, em certa medida, descrever o povo português e as suas vivências.

Avaliação: 3/5 (Gostei!)

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Infecção


Nome: “Infecção”

Autor: Scott Sigler

Nº de Páginas: 456

Editora: Edições Gailivro

Sinopse: “Por toda a América, uma misteriosa doença está a transformar pessoas normais em assassinos delirantes e paranóicos, que cometem atrocidades brutais em estranhos, em si próprios e até mesmo nos seus familiares.
A trabalhar sob sigilo governamental, o operacional da CIA, Dew Phillips, cruza o país de lés a lés, numa tentativa vã de apanhar uma vítima viva. Dispondo apenas de corpos em decomposição como pistas, a epidemiologista do CDC, Margaret Montoya, corre contra o tempo para analisar as evidências científicas, descobrindo que os assassinos têm algo em comum: foram contaminados por um parasita criado por bioengenharia, cuja complexidade vai muito além dos limites da Ciência.
Perry Dawsey - um corpulento e antigo ás de futebol americano - confinado a um cubículo e resignado à vida de assistente de informática, acorda uma manhã e descobre que tem várias tumefacções a crescerem-lhe no corpo. Em breve, ele dará consigo a agir e a pensar de forma estranha, a ouvir vozes… está infectado.”

Opinião: Scott Sigler nasceu e cresceu no Michigan, tendo herdado do pai a paixão por filmes clássicos de terror e da mãe o fascínio pela leitura. Formado em Jornalismo e Publicidade, escreveu a sua primeira obra aos oito anos. Teve inúmeras profissões, como repórter desportivo, Gerente de Marketing de uma empresa de Software, vendedor de guitarras, até decidir criar o seu próprio site e auto - publicar os seus livros em formato áudio.

“Infecção”, primeiro volume da trilogia “Infected”, lançado inicialmente em 2008 e um ano mais tarde em Portugal, apresenta-nos uma misteriosa doença, que transforma os seus hospedeiros em assassinos e paranóicos capazes de cometer brutalidades tanto a si mesmos, como aos que os rodeiam.

Neste clima de insegurança e terror conhecemos Dew Phillips, operacional da CIA, e Margaret Montoya, epidemiologista, que se encontram a investigar, juntamente com as suas equipas, este estranho fenómeno, tentando descobrir uma forma de contornar esta doença. Contudo, aquilo que parecia ser somente uma misteriosa doença, acaba por conter contornos muito mais elaborados, podendo ter inclusive origem alienígena.

Noutra vertente, é-nos apresentado, Perry Dawsey, antigo jogador de futebol americano, que é uma das pessoas infectadas por esta particular doença. Quando um dia acorda repleto de prurido por todo o corpo, o que mais tarde resulta em tumefacções triangulares em várias partes do seu corpo, percebe que terá de tentar solucionar aquele problema, nem que para esse efeito tenha de ser ele próprio a tirar aquelas estranhas formas do seu corpo. Perry, que luta por ser a melhor pessoa possível, vê-se numa encruzilhada quando constata que aquelas estranhas formas o levam a pensar, agir e mesmo a ouvir vozes que o querem levar a cometer acções que sempre tentou evitar. Será Perry suficientemente forte para conseguir vencer esta estranha doença?

Após ter acompanhado diversas opiniões favoráveis desta obra e pela originalidade prometida pela sinopse foi com alguma curiosidade e expectativa que iniciei esta leitura. Numa narrativa alternada entre Dew Phillips e Margaret Montoya e noutra vertente Perry Dawsey, somos apresentados a uma obra bastante original e tremendamente descritiva, com momentos bastante sangrentos, especialmente nas cenas personificadas por Dawsey. Estas descrições, algo cinematográficas, encontram-se bastante bem conseguidas, de tal modo que nos transportam para o apartamento do ex-jogador, na sua tentativa por sobreviver e fazer frente a esta realidade, tal como nos leva aos laboratórios e cenas de crime. Confesso que embora seja evidente que eram descrições bem conseguidas e necessárias nesta narrativa, algumas das cenas eram de tal modo sangrentas e vívidas, que me fizeram suspender a leitura, o que acaba por demonstrar a qualidade das descrições do autor, mas que ao mesmo tempo me fizeram alguma confusão.

No que se refere às personagens, confesso que gostei bastante do Dawsey, por ser um personagem bastante humano, com um passado que o definiu enquanto pessoa, com receios e desejos característicos. Gostei da sua luta por ser melhor pessoa, de tentar contornar o seu passado e da sua luta por contornar a doença que o assola. Aspecto que nos levam a sentir-nos ligados a ele. Comparativamente com esta personagem, as suas vivências e experiências, as outras personagens acabam, na minha opinião, por ser colocadas em segundo plano e por não nos marcarem tanto como Dawsey.

Numa escrita bastante fluida, com capítulos curtos, Sigler apresenta-nos uma história original e cativante, polvilhada de suspense, adrenalina e mistério.

Em suma, “Infecção” foi uma obra que me agradou, pela sua originalidade, pelas personagens humanas e cativantes e aguardo com alguma expectativa a continuação desta trilogia.

Avaliação: 3.5/5 (Gostei!)

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Aquisições de Junho

 

No mês passado, aquando da Feira do Livro de Lisboa, adquiri "Corações sem Dono" de Lucy Dillon e "Pensa num Núm3ro" de John Verdon, ambos Livros do Dia, tendo, deste modo, ficado ambos a metade do preço.

  

Também referente à Feira do Livro, mas desta feita através da Fnac, que continha na sua campanha diversas obras a metade do preço, adquiri "O Pacto" de Jodi Picoult e "O Ocaso", segundo livro da Trilogia "A Estirpe", de Guilhermo del Toro e Chuck Hogan.

 

Por último, aproveitei também através da Fnac uma campanha em que na compra do livro "Anna e o Beijo Francês" de Stephanie Perkins ofereciam "Tudo se Perdoa por Amor" de Patricia Scanlan. Já tive a oportunidade de ler o primeiro e foi uma surpresa bastante agradável.