Nome:
“Ligeiramente Casados”
Autora:
Mary Balogh
Nº
de Páginas: 336
Editora:
Edições ASA
Sinopse:
“Como
todos os Bedwyn, Aidan tem a reputação de ser arrogante. Mas este nobre
orgulhoso tem também um coração leal e apaixonado - e é a sua lealdade que o
leva a Ringwood Manor, onde pretende honrar o último pedido de um colega de
armas. Aidan prometeu confortar e proteger a irmã do soldado falecido, mas
nunca pensou deparar com uma mulher como Eve Morris. Ela é teimosa e ferozmente
independente e não quer a sua proteção. O que, inesperadamente, desperta nele
sentimentos há muito reprimidos. A sua oportunidade de os pôr em prática surge
quando um parente cruel ameaça expulsar Eve de sua própria casa. Aidan faz-lhe
então uma proposta irrecusável: o casamento, que é a única hipótese de salvar o
lar da família. A jovem concorda com o plano. E agora, enquanto toda a alta
sociedade londrina observa a nova Lady Aidan Bedwyn, o inesperado acontece: com
um toque mais ousado, um abraço mais escaldante, uma troca de olhares mais
intensa, o "casamento de conveniência" de Aidan e Eve está prestes a
transformar-se em algo ligeiramente diferente...”
Opinião:
Mary
Balogh cresceu em Gales, local que estimulou a sua imaginação graças às suas
paisagens, música e lendas. Quando se mudou para o Canadá começou a escrever os
seus romances, que já venderam mais de 4 milhões de exemplares em todo o mundo.
Em “Ligeiramente Casados”,
primeiro volume da saga Bedwyn Saga,
encontramo-nos em 1814 e conhecemos Aidan Bedwyn que, após fazer uma promessa a
um soldado no seu leito de morto, se dirige Ringwood Manor para proteger a irmã
do mesmo, Eve Morris. Contudo, a missão de Aidan mostra ser mais difícil do que
pensou inicialmente, uma vez que esta é deveras independente e teimosa, o que a
leva a rejeitar qualquer ajuda e protecção que Aidan possa querer oferecer. Até
que uma reviravolta na vida de Eve a leva a perceber que poderá perder tudo o
que dá importância, todas as pessoas que vivem consigo, os empregados, que
considera amigos, e dois órfãos que são como filhos para ela, o que levará a
aceitar a única forma de salvar a casa, casar-se com Aidan Bedwyn.
Desta autora já havia lido
um livro “Uma noite de amor”, prequela da saga Bedwyn, que me havia agradado,
pelo que foi com curiosidade que comecei este volume. Confesso que tal como
aconteceu no anterior volume que li da escritora, continuo a considerar que a obra
peca um pouco pela forma repentina como o amor surge entre o casal da trama,
pois não sentimos verdadeiramente o amor florescer, o que pessoalmente é dos
aspectos que menos aprecio neste género de obras. Todavia, tirando este
aspecto, penso que a autora nos presenteia com uma fluidez narrativa excelente,
que nos prende do princípio ao fim à história, em que ficamos desejosos por
saber se Aidan e Eve vão realmente ficar juntos, se Eve conseguirá ou não
manter a sua casa e todos aqueles que considera como sua família.
Outro aspecto que me
cativou na obra foi a importância dada às pessoas, às relações humanas e o
facto de a autora não criar pessoas perfeitas tanto psicológica como
fisicamente, mas reais. Eve cativou-me pela sua personalidade forte, pela forma
como defendia afincadamente os seus ideais e opções, mas essencialmente pela
forma pura como encarava as pessoas, não de forma ingénua, mas vendo, por outro
lado, para além das aparências, observando a verdadeira essência das mesmas. Relativamente
ao Aidan mostrou ser um homem integro, com um sentido de justiça e lealdade
bastante vincado, o que torna simples para o leitor sentir-se apegado ao mesmo.
Numa escrita fluída e
cativante, Mary Balogh presenteia-nos, deste modo, com um romance de época
repleto de lealdade e amor, polvilhado com alguma traição e intriga, que
certamente agradará aos amantes deste género de obras.
Frases
a reter: “Nem sempre podemos esconder-nos da vida. (…) É melhor
nem sequer tentar e encarar simplesmente o que precisa de ser encarado.”
(P.304)
Avaliação:
3/5 (Gostei!)
Outras
obras da escritora, com opinião no blogue:
Sem comentários:
Enviar um comentário