quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Exílio



Nome: "Exílio"

Autor: R. A. Salvatore

Nº de Págtinas: 288

Editora: Saída de Emergência


Sinopse: "Após renegar a sua própria família e partir para longe de Menzoberranzan, a sua pátria, Drizzt tem que aprender a sobreviver e conquistar um novo lar no imenso labirinto dos túneis subterrâneos onde se ocultam criaturas das trevas. Mas o verdadeiro perigo parte da sua própria raça e Drizzt terá que estar atento a sinais de perseguição, pois os elfos negros não são um povo misericordioso… 
Venha descobrir Drizzt, o elfo negro, uma das personagens mais lendárias da fantasia. E acompanhe-o na épica e intrépida jornada para longe de um mundo onde não tem lugar… em busca de outro, na superfície, onde talvez nunca o aceitem."

Opinião: Após ter escapado de Menzoberrazan, Drizzt refugia-se nos túneis subterrâneos, onde vários serão os perigos, desde seres perigosos, à própria solidão em si e até, mais tarde, à perseguição que lhe é levada a cabo pelos seus familiares.

Havia gostado muito do primeiro volume desta trilogia, contudo não tinha muitas expectativas para este volume porque as opiniões não eram muito favoráveis. Sendo considerado por muitos que esta trilogia, que consagrou Drizzt Do’Urden o Elfo Negro mais famoso de sempre, perde qualidade ao longo dos volumes.

“Exílio” é uma obra repleta de acção, onde o nosso amigo Drizzt enfrenta inúmeros desafios, tendo um número inesgotável de batalhas e inimigos por enfrentar ao longo das páginas deste volume, devido ao mundo cruel que é o dos elfos, mundo esse onde não se vêem a meios para atingir fins, tendo como principais valores a ambição e o sucesso, mas também pelos perigos inerentes ao Subescuro.

Sendo também uma obra que demonstra a importância e o poder da amizade, desde a amizade que Drizzt partilha com a sua pantera, Guenhwyvar, quer com seres tão distintos dele, como é o caso Belwar que é um gnomo e Clacker, um horror de garras, que conhece ao longo da sua jornada pelo Subescuro. Também nos é demonstrada a importância de nos encontrarmos inseridos numa sociedade, como salvaguarda da nossa saúde física e psíquica, pois é muito difícil viver-se sozinho depois de se ter vivido em sociedade, sem haver uma deterioração do indivíduo. E, por fim, a necessidade de encontrarmos um local que possamos chamar de nosso e a dificuldade que tal tarefa acarreta.

Relativamente às personagens penso que é possível nos sentirmos ligados a Drizzt, pela sua solidão e receio de não ser aceite, pois todos nós já sentimos que não nos compreendiam ou aceitavam, estando tal sentimento muito bem descrito na obra. Contudo, o seu receio de que o seu lado mais escuro perdure e que tome conta de si, não é muito observável, sendo difícil para nós captarmos de modo conciso a sua luta.
No caso de Belwar gostei de o rever e de ver como as pessoas do seu mundo o aceitaram e ajudaram a contornar a sua deficiência, ajudando Drizzt numa altura em que ele tanto precisava, tal como este havia feito por ele no passado.

Clacker foi uma personagem que gostei muito de conhecer pela sua luta interna, entre ser aquilo que é e aquilo que o tornaram. Mostra-nos que nem sempre nos vêem por aquilo que somos, mas por aquilo que podemos parecer à primeira vista.

Gostaria de ter visto mais desenvolvido o mundo Drow, mais concretamente a Rainha Loth, sendo o aspecto mais negativo que encontro na obra, pois muitas vezes é mencionado que a Rainha desgosta de Drizzt e que o quer morto, mas não vemos muito a sua parte activa na trama.

Com uma linguagem acessível, num mundo repleto de acção e criaturas interessantes, R. A. Salvatore apresenta-nos, deste modo, “Exílio”, uma obra que nos permite conhecer melhor Drizzt e o mundo que o rodeia. Uma obra que agradará, certamente, os amantes do fantástico.

Avaliação: 3/5 (Gostei!)

2 comentários:

  1. Olá,

    Também eu gostava de saber mais sobre a Rainha Loth, mas não vais saber muito mais o que de facto é pena.

    Mas vais ter mais aventuras interessantes no próximo volume e um final em que vais querer saber mais sobre as aventuras do nosso amigo Elfo Negro.

    Pessoalmente fico-me por esta trilogia, mas não digo que não venha a ler a próxima, veremos ;)

    BJ

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  2. Olá Paulo. :)

    Tenho pena que assim seja, acreditava que pudesse ser mais desenvolvida no seguinte volume. É pena, realmente...

    Ainda bem que assim é. Confesso que tenho curiosidade de o ver na superfície, mas ao mesmo tempo estou apreensiva, pois muitos consideram o último volume como o pior da trilogia.

    Se eu gostar do final, farei certamente a seguinte e posso emprestar. :)

    Beijinhos e boas leituras.

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