Nome: “As Serviçais”
Autora: Kathryn Stockett
Nº de Páginas: 464
Editora: Saída de Emergência
Sinopse: “Skeeter tem vinte e dois anos e acabou de regressar da
universidade a Jackson, Mississippi. Mas estamos em 1962, e a sua mãe só irá
descansar quando a filha tiver uma aliança no dedo.
Aibileen é uma criada negra, uma mulher sábia que viu crescer dezassete crianças. Quando o seu próprio filho morre num acidente, algo se quebra dentro dela. Minny, a melhor amiga de Aibileen, é provavelmente a mulher com a língua mais afiada do Mississippi. Cozinha divinamente, mas tem sérias dificuldades em manter o emprego… até ao momento em que encontra uma senhora nova na cidade.
Estas três personagens extraordinárias irão cruzar-se e iniciar um projecto que mudará a sua cidade e as vidas de todas as mulheres, criadas e senhoras, que habitam Jackson. São as suas vozes que nos contam esta história inesquecível cheia de humor, esperança e tristeza.
Uma história que conquistou a América e está a conquistar o mundo.”
Aibileen é uma criada negra, uma mulher sábia que viu crescer dezassete crianças. Quando o seu próprio filho morre num acidente, algo se quebra dentro dela. Minny, a melhor amiga de Aibileen, é provavelmente a mulher com a língua mais afiada do Mississippi. Cozinha divinamente, mas tem sérias dificuldades em manter o emprego… até ao momento em que encontra uma senhora nova na cidade.
Estas três personagens extraordinárias irão cruzar-se e iniciar um projecto que mudará a sua cidade e as vidas de todas as mulheres, criadas e senhoras, que habitam Jackson. São as suas vozes que nos contam esta história inesquecível cheia de humor, esperança e tristeza.
Uma história que conquistou a América e está a conquistar o mundo.”
Opinião: “As
Serviçais” é a obra de estreia da escritora Kathryn Stockett, que se desenrola
em 1962, no Mississípi, no Sul dos EUA, tendo como temas centrais o racismo e a
xenofobia que se faziam sentir naquela década. A autora elegeu esta altura e
este tema em particular para a sua obra de estreia, devido a ter presenciado esta
altura, quando ainda era criança, e por ter tido uma criada, que tomou conta
dela e a quem se sentia deveras apegada.
As opiniões que tinha acompanhado desde que esta obra foi lançada em Portugal, através da editora Saída de Emergência, eram bastante positivas, portanto era grande a expectativa e a vontade de embrenhar nesta história.
Esta
narrativa tem como personagens principais Minny, Skeeter e Aibileen. Aibileen
é criada e ama da família Leefolt, sendo a senhora Leefolt amiga de Skeeter.
Após a morte do seu único filho, Aibileen
sente que a sua paciência se começa a esgotar e que terá de haver um ponto de
viragem na sua vida, que precisa de lutar pelo que acredita e lutar contra os
que os oprimem. É ama da pequena Mae Mobley, a quem tenta incutir os melhores
valores possíveis, que não deve julgar ninguém pela sua cor de pele e que ela é
boa menina, independentemente do que lhe digam ou de como a façam sentir. Sendo
palpável o carinho que Aibileen sente por esta criança.
Minny
é a melhor amiga de Aibileen e uma óptima cozinheira, a melhor da cidade de
Jackson, contudo tem um grande defeito, desde pequenina, diz tudo o que lhe vem
à cabeça, o que lhe faz perder inúmeros empregos. Quando se encontra
desempregada é Aibileen que lhe arranja um emprego, na casa de uma senhora que
é nova na cidade. Esta nova patroa parece esconder algum segredo e Minny
considera-a bastante estranha, mas tenta ao máximo refrear-se e conter-se com
receio de perder também este emprego.
Eugenia
Phelan, Skeeter, como é conhecida por todos, devido ao seu aspecto invulgar,
magra, alta, não sendo considerada muito bonita, é uma jovem que acaba de
regressar a casa depois de ter terminado o seu curso. Uma jovem repleta de
sonhos, que deseja a todo o custo marcar a diferença pela positiva e ter um
papel realmente importante na sociedade. Skeeter foi criada por uma senhora
negra que desapareceu misteriosamente. Com a dúvida do local para onde foi a
sua ama e amiga, questiona a mãe sobre o seu paradeiro e mais tarde utilizando
outras fontes, mas a verdade demora a ser descoberta.
Com
esta necessidade de marcar pela diferença Skeeter decide fazer algo que poderá
mudar as mentalidades da altura, mas que também poderá ser deveras perigoso.
Esta contacta Aibileen que após alguma relutância acaba por concordar e
convencer outras criadas a participar. Este conjunto de mulheres tem o
objectivo de, ao juntar-se, fazer frente ao ideal que prevalecia na altura, que
as pessoas de cor eram inferiores, que não podiam participar e fazer parte dos
mesmos locais que eram frequentados por pessoas de tez branca, tendo as pessoas
de cor empregos e condições precárias.
Nesta
obra podemos encontrar uma vertente mais histórica, mencionando toda a
descriminação prevalecente na altura, o racismo e xenofobia, mas também uma
vertente mais humana, mais sensível. Esta obra é sobre pessoas, sobre as suas
inseguranças, receios, ambições, sonhos, tristezas e alegrias. É uma história
que nos consegue tocar por isto mesmo, porque não é só a transmissão histórica
da altura, possuindo também toda uma vertente humana, onde a amizade, o amor
acontecem independentemente da cor, da classe social.
Numa
escrita emocionante, despojada de floreados, Kathryn apresenta-nos de uma modo
bastante genuíno, uma história repleta de momentos ternurentos e capazes de nos
fazer emocionar. Uma história que nos mostra que é possível mudar e que os mais
pequenos gestos fazem a diferença. Demonstra-nos que por muita maldade que haja
no mundo, podemos marcar e fazer a diferença, basta que sejamos fortes o
suficiente para tomar tal passo. Mencionando ainda que não é a cor que define
as pessoas, que todos somos diferentes, mas no fundo iguais.
Relativamente
ao final da obra, gostaria de ter sabido como terminaria a história para as
empregadas, quais as consequências que teve tudo o que fizeram. Um final em
aberto não é necessariamente mau, pois permite-nos idealizar o final que mais
nos aprouver, contudo fica a curiosidade de saber qual teria sido o futuro que
a autora daria às suas personagens.
Em suma, “As serviçais” foi uma obra que me deu bastante prazer ler e que me deixa a curiosidade de um dia voltar a desfolhar algo escrito pelas mãos desta escritora.
Avaliação: 4/5 (Gostei Bastante!)
gostei muito deste livro, a autora conseguiu fazer um relato histórico e não aborrecido ;)
ResponderEliminarvisitem
http://queridadapesqueira.blogspot.pt/2012/06/as-servicais-2011.html
Olá Claudia, sê bem-vinda. :)
EliminarEstá realmente bem conseguido. Gostei muito que tivesse aliado à parte histórica, estes momentos mais sensíveis, que nos levam a gostar ainda mais da obra.
Irei visitar o teu cantinho. Beijinhos e boas leituras.
Eu gostei tanto, tanto do filme! Vamos ver quando é que consigo ler o livro :)
ResponderEliminarOlá Addle. :)
EliminarTenho muita vontade de ver o filme. Fico bastante curiosa por saber de que forma a história foi aproveitada. Ao ver que gostaste tanto, ainda com mais vontade fico de ver. :D Fazes bem, tenho a certeza que irás gostar. :)
Beijinhos e boas leituras.