Nome:
“O Deus das Moscas”
Autor:
William Golding
Nº
de Páginas: 258
Editora:
Dom Quixote
Sinopse:
“Publicado originalmente em 1954, O Deus das Moscas de
William Golding é um dos mais perturbadores e aclamados romances da actualidade.
Um avião despenha-se numa ilha deserta, e os únicos sobreviventes são um grupo de rapazes. Inicialmente, desfrutando da liberdade total e festejando a ausência de adultos, unem forças, cooperando na procura de alimentos, na construção de abrigos e na manutenção de sinais de fogo. A supervisioná-los está Ralph, um jovem ponderado, e o seu amigo gorducho e esperto, Piggy. Apesar de Ralph tentar impor a ordem e delegar responsabilidades, muitos dos rapazes preferem celebrar a ausência de adultos nadando, brincando ou caçando a grande população de porcos selvagens que habita a ilha. O mais feroz adversário de Ralph é Jack, o líder dos caçadores, que consegue arrastar consigo a maioria dos rapazes. No entanto, à medida que o tempo passa, o frágil sentido de ordem desmorona-se. Os seus medos alcançam um significado sinistro e primitivo, até Ralph descobrir que ele e Piggy se tornaram nos alvos de caça dos restantes rapazes, embriagados pela sensação aparente de poder.”
Um avião despenha-se numa ilha deserta, e os únicos sobreviventes são um grupo de rapazes. Inicialmente, desfrutando da liberdade total e festejando a ausência de adultos, unem forças, cooperando na procura de alimentos, na construção de abrigos e na manutenção de sinais de fogo. A supervisioná-los está Ralph, um jovem ponderado, e o seu amigo gorducho e esperto, Piggy. Apesar de Ralph tentar impor a ordem e delegar responsabilidades, muitos dos rapazes preferem celebrar a ausência de adultos nadando, brincando ou caçando a grande população de porcos selvagens que habita a ilha. O mais feroz adversário de Ralph é Jack, o líder dos caçadores, que consegue arrastar consigo a maioria dos rapazes. No entanto, à medida que o tempo passa, o frágil sentido de ordem desmorona-se. Os seus medos alcançam um significado sinistro e primitivo, até Ralph descobrir que ele e Piggy se tornaram nos alvos de caça dos restantes rapazes, embriagados pela sensação aparente de poder.”
Opinião: William
Golding, Prémio Nobel da Literatura em 1983, escreveu a sua primeira obra em
1954, “O Deus das Moscas”, que se tornou desde o primeiro momento um sucesso e
que ainda nos dias de correm é uma das suas obras mais aclamadas.
Tendo em consideração todas as
opiniões que tinha acompanhado sobre esta obra, que inclusive me levaram a
adquirir a mesma, foi com grande expectativa e curiosidade que iniciei esta
leitura.
Com a Inglaterra a enfrentar uma
guerra nuclear são enviadas várias pessoas de avião para outro local, de modo a
conseguir escapar ao flagelo, contudo o pior acontece e o avião onde viajam
despenha-se e os únicos sobreviventes são várias crianças, tendo as mais velhas
12 anos. Inicialmente tudo corre como esperado. Um grupo de crianças, sem a
protecção parental, que usufruem da sua liberdade, elegendo um chefe que, com a
ajuda de um rapaz diferente, mas muito inteligente, tenta chamar à razão o
grupo e tomar decisões para a sustentabilidade do mesmo. Contudo um dos
elementos do grupo deseja igualmente ter esse cargo de poder, o que leva a
desentendimentos e mais tarde a que se formem dois grupos distintos.
Confesso que inicialmente me custou um
pouco embrenhar na história, por ser retratada por pré-adolescentes e alguns
mesmo crianças, que se expressavam e agiam como crianças que eram. Contudo, à
medida que fui avançado na história fiquei rendida por todas as mensagens
patentes na obra.
É uma obra em certa medida arrepiante e
até assustadora, por utilizar como personagens crianças. A imagem que temos das
crianças e aquilo que desejamos sempre que elas tenham é alegria, conforto e
essencialmente segurança. Nesta ilha estes meninos vêem-se confrontados com uma
realidade extrema, de medo e desespero, que os leva a tomarem decisões que poderão
para sempre redefinir o que são e atormenta-los para sempre.
Demonstra essencialmente o que é viver
em sociedade, o que se tem de dar e ceder para que a relação seja positiva e
sustentável. É visível também que quando nos encontramos num ambiente
diferente, a linha entre a inocência e as trevas é muito ténue. Neste caso
específico, estas crianças, que ainda não tinham a sua personalidade definida,
vêem-se num local desconhecido e hostil, que as atemoriza e sem terem uma
figura parental que os guie, o que as leva a terem de sobreviver por si mesmas.
Esta obra fez-me reflectir até que
ponto um acto por muito horrível que seja aos olhos da sociedade, não é
justificável quando a pessoa que o comete se encontra inserida num ambiente
desconhecido, onde o medo e o desespero são uma realidade.
Uma grande obra literária, que todos
deveriam ler em alguma altura da sua vida. Fez-me reflectir bastante sobre os
mais variados temas, misturando duas áreas que me são especiais, a psicologia e
a sociologia. Sem dúvida, que aconselho e recomendo a sua leitura.
Avaliação:
4/5 (Gostei Bastante!)
Não sei se sabes, mas William Golding teve muitas dificuldades para publicar este manuscrito. Eu li-o à pouco tempo, e concordo com a maioria dos teus comentários; mas pareceu-me uma distopia que poderia classificar-se como literatura juvenil.
ResponderEliminarOlá Offuscatio. :)
EliminarDesconhecia que tinha sofrido tantas dificuldades, mas acredito tendo em conta a altura em que foi publicado. Concordo contigo, que pode ser classificada como literatura juvenil, até pela idade das personagens, que torna fácil a compreensão dos acontecimentos por parte deles, e que poderia realmente ser uma distopia.
Beijinhos e boas leituras.
capuchino é muito bom
ResponderEliminartbm gosto muito
ResponderEliminarQuem e o deus das moscas ?? Nao percebi
ResponderEliminarInteressante observação. Ainda não li a obra. Ajudou-me bastante a ter uma vaga ideia sobre o que o livro trata. Agradeço, tenha uma excelente vida.
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