Nome: “A Melodia do Amor”
Autora: Lesley Pearse
Nº de Páginas: 520
Editora: Edições ASA
Sinopse: “Liverpool, 1893. Os sonhos de Beth são desfeitos quando
ela, o irmão Sam e a irmã mais nova, Molly, ficam órfãos. As suas vidas, até
então tranquilas e seguras, sofrem uma dramática reviravolta. Para escapar a um
futuro de miséria e servidão, Sam e Beth decidem arriscar tudo, atravessar o
Atlântico e partir à conquista do sonho americano. Mas Molly é demasiado
pequena para os acompanhar e os irmãos vêem-se obrigados a tomar uma decisão
que os marcará para sempre: deixá-la em Inglaterra, a cargo de uma família
adoptiva.
A bordo do navio para Nova Iorque não faltam vigaristas e trapaceiros, mas o talento de Beth com o violino conquista-lhe a alcunha de Cigana, a amizade de Theo, um carismático jogador de cartas, e do perspicaz Jack. Juntos, os jovens vão começar de novo num país onde todos os sonhos são possíveis.
Para a romântica Beth, esta será a maior aventura da sua vida. Conseguirá a Cigana voltar a encontrar um verdadeiro lar?"
A bordo do navio para Nova Iorque não faltam vigaristas e trapaceiros, mas o talento de Beth com o violino conquista-lhe a alcunha de Cigana, a amizade de Theo, um carismático jogador de cartas, e do perspicaz Jack. Juntos, os jovens vão começar de novo num país onde todos os sonhos são possíveis.
Para a romântica Beth, esta será a maior aventura da sua vida. Conseguirá a Cigana voltar a encontrar um verdadeiro lar?"
Opinião: Lesley Pearse é uma escritora de renome, que transmite
para as suas obras muito daquilo que vivenciou ou não fosse ela uma lutadora. Em
“A Melodia do Amor” apresenta-nos uma menina cheia de garra, que devido aos
infortúnios que a vida lhe coloca, se vê obrigada a crescer bastante rápido e a
ter de tomar decisões que nenhuma criança ou jovem deveria ter de tomar.
Quando o pai de Beth e Sam
falece, a mãe de ambos entra em depressão, conferindo a ambos os jovens o papel
de tratar e gerir da casa. Quando descobrem que a mãe se encontra grávida, os
problemas económicos são uma realidade, contudo tentam ao máximo gerir tal
facto. Ao dar a luz a pequena Molly, a mãe acaba por falecer, deixando-os a ambos
órfãos. Com a realidade de uma criança, que Beth aprendeu a amar desde o
primeiro momento, vê-se obrigada a permanecer em casa de modo a tomar conta
dela. Porém, estes jovens ambicionam mais do que a miséria que Inglaterra lhes
proporciona, vendo-se obrigados a tomar uma decisão que os moldará para sempre,
especialmente a Beth, deixar Molly com uma família adoptiva e rumar para a
América.
No navio que os leva rumo a Nova
Iorque, conhecem Theo e Jack que farão, a partir desse momento, parte das suas
vidas. É também a bordo deste navio que Beth, que sempre amou tocar violino,
percebe que se encontra destinada a tocar em público e que poderá ser esse o
modo de ganhar a vida.
Desta autora
já tive o prazer de ler “Nunca me Esqueças” e “Procuro-te”, sendo o primeiro um
dos meus livros preferidos. Nas suas obras é comum serem-nos apresentadas
personagens principais fortes, carismáticas, com histórias de vida difíceis,
infâncias trágicas ou com séries dificuldades e esta obra não é excepção. Gostaria de ressalvar as pessoas que me ofereceram esta obra, a quem agradeço novamente pelo miminho.
Tenho de
confessar que me custou um pouco entrar na história, na habituação à escrita,
todavia foi só uma questão de tempo para ficar agarrada à narrativa. Lesley com
a sua escrita cativante e genuína, que tanto nos consegue arrancar sorrisos de
ternura, como lágrimas pelas vivências das personagens, transporta-nos para uma
era onde uma menina que tenta vingar através da música é vista com maus olhos. Esta
obra retracta temas variadíssimos desde a luta por um sonho e o que o mesmo
poderá acarretar, pois, por vezes, para alcançarmos o que desejamos temos de
dar muito de nós e podemos nem sempre ser bem vistos pelas decisões que
tomamos. Ao amor incondicional, tanto ao amor de uma mulher por um homem, como
o amor familiar e paternal, sendo este um dos temas mais palpáveis na obra,
pois Lesley Pearse transparece de modo muito genuíno e sentido estes
sentimentos. À coragem e à força necessárias para ultrapassar as barreiras que
a vida nos coloca no caminho.
Quanto às personagens,
Beth é uma personagem carismática, forte, que sofreu muito, mas que ainda
assim aprendeu a erguer-se e a fazer valer-se por si mesma. A vida infelizmente
não é muito fácil para ela, mas, tal facto, fá-la mais forte e independente. Ao
constarmos todas as missivas porque atravessou e o modo corajoso que se refez e
lidou com todas elas, transmitem-nos uma grande lição de vida.
Das restantes
personagens a que mais me disse foi Jack porque sempre foi atencioso, querido,
um coração de ouro, capaz de tudo pelo próximo. Era tremendamente real e
palpável a adoração que senti por Beth e desde o primeiro momento que o
conheci que torci para que pudesse ser feliz com ela.
Sam e Theo
encontravam-se muito bem caracterizados, de tal modo que não nos deixam
indiferentes. Theo tenho que confessar que nunca gostei muito dele, pela sua
personalidade e comportamentos para com Beth, demonstrando o seu amor de
formas estranhas e, em certa medida, pouco sentidas. Sam, por sua vez, foi a
personagem que mais se alterou aos meus olhos. Inicialmente, pensei que era um
pouco altivo, não estando disposto a enveredar por qualquer emprego, embora
soubesse que necessitava muito de trabalhar, porém foi-me conquistando aos
poucos, mostrando-me que era realmente bom rapaz. Que por detrás da cara bonita
e do sorriso encantador encontrava-se um homem que por tudo o que vivencia tem
medo de se entregar, acabando por não se agarrar a ninguém com medo de sofrer.
“A Melodia do
Amor” foi, desta feita, uma obra que me deu grande prazer de folhear,
apresentando-nos uma personagem principal forte, que sentimos que poderia
realmente existir. Demonstrando-nos que com força e perseverança poderá ser
colocado em prática qualquer sonho e que não nos devemos resignar, se estiver
ao nosso alcance algo melhor, que nos poderá fazer mais feliz, que devemos ao
máximo lutar para que se concretize.
Avaliação: 4/5 (Gostei Bastante!)
Olá,
ResponderEliminarVejo que te tornas cada vez mais admiradora desta escritora, tem que ter qualidade.
Ainda não tive oportunidade de ler o que me emprestaste, mas acredito que ficarei também admirador desta escritora, por vezes faz-nos bem ler um livro destes, pelo menos eu gosto ;)
BJS
Olá Paulo. :)
EliminarÉ uma autora da qual gosto muito porque nos apresenta personagens cheias de garra, que passaram por muito, mas que ainda assim aprenderam a dar a volta por cima. :) O meu obrigado novamente a ti e à Andreia que me permitiram ler esta obra. :D
Não tem problema, também ainda não comecei o "Asteca". Espero sinceramente que gostes e que te sintas tocado pela história. É uma das escritoras de romance histórico que mais admiro. :)
Beijinhos e boas leituras*
Ois,
ResponderEliminarNão há pressa lol, ai que já nem me lembrava que se tratava de romance histórico, ainda me desperta mais a curiosidade :D
Qual a explicação de os seus livros virem assim com uma rede em sua volta, faz algum sentido ?
BJS
Olá Paulo. :)
EliminarO mesmo para ti, não há qualquer pressa. :) Ainda bem que é esse o caso eheh, espero que gostes tanto quanto eu.
As "sacas" penso que é mesmo para chamar a atenção do público feminino. :p contudo, não sei até que ponto é que essas sacas e as próprias capas das obras não transparecem uma ideia errada das obras...
Beijinhos
Olá Rita, eu acho que os saquinhos que envolvem os livros desta autora fá-los parecer especiais. E olhamos logo para eles. Já li um livro desta autora, Nunca Me Esqueças, e agora gostava muito de ler mais. Pelo que li, ela é fantástica!
ResponderEliminarBeijinhos e boas leituras!
Olá Carolina. :)
EliminarEu também os acho engraçados e a verdade é que chamam à atenção. :) A primeira vez que li algo desta escritora, "Nunca me Esqueças", foi uma obra emprestada e a dona do livro confessou-me que só o tinha comprado porque o saquinho lhe tinha chamado à atenção. Contudo, já ouvi muitos leitores admitirem que as capas e os saquinhos os levam a pensar que se trata de um romance "normal" e não de um "romance histórico"...
Pessoalmente é uma autora da qual gosto muito, das minhas preferidas. :) Tenho quase a certeza que irás gostar das seguintes obras.
Beijinhos e boas leituras*
Eu também adoro os livros da Lesley Pearse.
ResponderEliminarTal a Rita, li o "Nunca me esqueças" e "Procuro-te" e agora estou a ler "A Melodia do Amor". Tenho já outros 2 em casa para ler... ADORO-OS... São fantásticos
É uma escritora que transparece bastante ternura nas suas obras, apresentando-nos sempre histórias de força e perseverança. O que aliado à sua escrita cativante, nos leva a ficar rendidos às suas obras. :)
EliminarEspero que goste tanto d' "A Melodia do Amor" quanto eu. :) Por ler, ainda só tenho o "Segue o Coração", mas irei também adquirir o seu mais recente, pois são realmente obras especiais. :D
Boas leituras.
Olá Rita,
ResponderEliminarAcabei agora de ler este livro e concordo com algumas coisas do que dizes, embora tenhas gostado mais desta obra do que eu. Achei que lhe faltava alguma coisa, especialmente no final.
Mas a personagem principal não se chama Grace, como dizes na tua opinião, mas sim Beth. =) Beijinho*
Olá Filipa. :)
EliminarAntes de mais obrigada pela chamada de atenção. Comecei por escrever bem o nome da personagem, mas depois não sei o que me deu para inventar outro nome. :P
Estive a ver a cotação que deste a esta obra e tenho de admitir que inicialmente pensei em conferir uma nota igual. Confesso que me custou habituar à narrativa da autora no início e que houve algumas coisas que me fizeram torcer o nariz, mas ainda assim, no fim acho que valeu a pena e por isso é que à última, acabei por optar por conferir um 4 a esta obra.
Beijinhos e boas leituras*
Pois foi! E eu nem notei, se não já no fim! Eu até gosto bastante da autora e por isso é que continuo a ler, mas sinto sempre que falta qualquer coisa. Entretanto quero ler dela o Procuro-te. Pode ser que goste mais desse! Beijinho*
EliminarAcredito. Eu revejo estes textos não sei quantas vezes e não me apercebi. :P Também gosto bastante, em parte porque foi uma das primeiras autoras que li. Compreendo o teu ponto de vista, nesta obra em especial também senti que lhe faltava algo...
EliminarO "Procuro-te" também gostei. Foi o segundo livro que li da autora e embora tenha gostado mais do primeiro, "Nunca me esqueças", deu-me prazer de desfolhar. Ao contrário dos outros que li, não é um romance de época, mas tem algum suspense, que o torna interessante. :)
Adoro esta escritora!:)
ResponderEliminarOlá Carol. :)
EliminarEmbora não seja das minhas preferidas, é uma autora que gosto muito e adorei o primeiro livro que li dela, o "Nunca me esqueças". :)
Beijinhos e boas leituras