Nome: “Hex Hall”
Autor: Rachel
Hawkins
Nº de Páginas: 240
Editora: Edições Gailivro
Sinopse: “Virei-me para sair, mas a
porta fechou-se a poucos centímetros da minha cara. De repente, um vento
pareceu soprar através da sala e as fotografias nas paredes chocalharam. Quando
me virei de novo para as raparigas, estavam as três a sorrir, os cabelos a ondularem-lhes
a volta dos rostos como se estivessem debaixo de água. O único candeeiro da
sala tremeluziu, e apagou-se. Eu apenas conseguia distinguir faixas prateadas
de luz que passavam sob a pele das raparigas, como mercúrio. Até os seus olhos
brilhavam.Começaram a levitar, as pontas dos sapatos regulamentares de Hecate
mal tocando a carpete musgosa. Agora, já não eram rainhas do baile de
finalistas, nem supermodelos – eram bruxas, e até pareciam perigosas. Apesar de
me debater contra a vontade de cair de joelhos e colocar as mãos acima da
cabeça, pensei, “Eu também seria capaz de fazer aquilo?”
Opinião: Sophie Mercer é uma jovem a
quem os poderes de bruxa despertaram quando se tornou adolescente. Desde esse
momento que passou a ter grandes dificuldades em controlar os mesmos, em parte
porque a sua mãe não possui quaisquer poderes e nunca contactou com o seu pai,
de quem os herdou. Ao realizar feitiços, que acabam invariavelmente de modo
desastroso, começa a chamar atenções sobre si mesma e a colocar em risco os
restantes seres sobrenaturais, Prodigium como são denominados nesta obra. Como
sanção por estes feitiços que chamam atenções indesejadas e como modo de
ensiná-la a lidar com os seus poderes, é enviada para uma escola correctiva
destes seres sobrenaturais, Hecate Hall, Hex Hall como os alunos a designam.
Nesta escola além do sistema
rigoroso, tem também a particularidade de possuir inúmeros seres que Sophie
pensou que somente existissem na literatura, desde fadas, imutáveis,
lobisomens, fantasmas e até vampiros, os quais foram admitidos há pouco tempo
na escola. A companheira de Sophie é, nada mais, nada menos, que uma vampira,
que por sinal perdeu a sua anterior companheira por causas estranhas,
falando-se abertamente na escola que terá sido Jenna a assassiná-la. Quando
outras mortes começam a ocorrer, as culpas recaem sobre Jenna, mas Sophie que
aprendeu a gostar da sua companheira de quarto, que é efectivamente a sua única
amiga na escola, tentará ao máximo ajudá-la.
As opiniões que acompanhei sobre
esta obra não eram unânimes, o que me levou a considerar e a desconsiderar lê-la
por diversas vezes. Com a recente campanha da Fnac, com diversas obras da 1001
Mundos a 3.50 euros decidi arriscar, não indo com qualquer expectativa.
“Hex Hall” é uma obra bastante
leve, que não exige muito do leitor, muito pelo contrário, boa para passar
algumas horas na sua companhia. O tema não é original, por diversos momentos
apanhei-me a pensar em “Harry Potter”, por exemplo, contudo penso que contém
uma personagem principal cativante e uma escrita compulsiva.
Sophie é uma adolescente muito
sincera, tanto para consigo, como para com os que a rodeiam, não tendo qualquer
receio de represálias. É uma rapariga muito sarcástica e divertida, que tem
alguma dificuldade em fazer amigos, contudo tem a capacidade de compreender que
mais vale ter poucos, mas sinceros e pelas melhores razões, do que vários, que
nada de bom nos trazem. Penso que é uma personagem bastante forte e
carismática, que numa história mais original, tinha tudo para vingar.
Das restantes personagens, a
única que me chamou mais à atenção foi o par romântico da nossa personagem
principal, que parecia ser um rapaz interessante, com muito para conferir à
história. Porém, merecia e precisava de ser melhor desenvolvido, para que nos
cativasse realmente. De resto todas as personagens são um eterno cliché, que
não deixam qualquer marca.
A componente mágica da obra deixa
muito a desejar, pois não é aprofundada devidamente. Quando Sophie descobre
através de um ancestral quem é realmente, embora tenha sido interessante, esta
descoberta, e quem lha transmitiu, novamente não foi desenvolvida da melhor
forma.
A escrita é compulsiva, por ser
um livro muito leve, o que nos leva a ler a obra de uma assentada. O humor
embora esteja patente, a mim não me arrancou qualquer sorriso, mas penso que o
poderá fazer na faixa etária a que se destina. É, sem dúvida, uma obra para
jovens, quiçá para alguém que ainda está a aprender quão bom é ler por prazer e
o mundo do fantástico, mas que não traz nada de novo para um leitor mais
experiente.
Avaliação: 2.5/5 (Está Ok!)
Eu já estou um bocadinho cansada de livros com bruxas e magia e quando vi este na livraria não me pareceu nada de especial. Pelo que percebi, não é horrível mas também não é fantástico, é mais ou menos. Mesmo assim, fiquei intrigada com o facto de o interesse amoroso (o rapaz) ser uma personagem decente, o que é raro acontecer neste tipo de livros.
ResponderEliminarOlá Addle. :)
EliminarÉ um livro muito leve, que não custa nada a ler e tendo em conta o que dei por ele, não acho que foi dinheiro desperdiçado. Dá para para passar alguns bons momentos na sua companhia, sem exigir muito do leitor. Tem uma personagem principal bastante forte, o que condicionou a minha cotação, mas sinceramente não sei se vou seguir a saga. Possivelmente não...
O rapaz mostra ser interessante e diferente no meio de todas aquelas personagens cliché (a amiga lésbica; grupo de meninas populares, encabeçadas pela namorada do rapaz de quem Sophie gosta; entre outros exemplos). Enfim, acaba por se destacar, mas ficamos na mesma sem o conhecer devidamente, até porque o final que lhe é dado é muito sem sal. :P
Beijinhos e boas leituras.
Bem penso que este livro está também nas promoções da FNAC mas pela nota atribuída vou passar, em todo o caso sei quem me pode emprestar, mas não devo perder o meu tempo com este livro :D
ResponderEliminarBJS
Olá Paulo.
EliminarEstá também nessa promoção por isso é que aproveitei, pois não o contava ler. :P Sinceramente penso que fazes bem, para mim é só mais um dentro dos que existem neste género literário. Claro que isto é a minha opinião pessoal e tu até poderias gostar e se quiseres estou disposta a emprestar, mas penso que não te iria prender muito, conhecendo os teus gostos como conheço.
Beijinhos