Nome: “Esmeralda Cor-de-Rosa”
Autor: Carlos Reys
Nº de Páginas: 194
Editora: Papiro Editora
Sinopse: “Quem tem ideais na vida terá, certamente, um ou mais
mentores que como faróis, lhe indicarão rumos certos de rota e escolhos a
evitar. Raramente o mentor será um modelo de conduta tão abrangente que se
ajuste a todas as facetas da vida. Assim podemos ter mentores no campo da vida
familiar, da vocação profissional, da vida artística, da vida amorosa e até na
vida religiosa. O autor, Carlos Reys, adaptou um mentor ficcional, Guilherme
Esteves, que o terá inspirado para a vida e que ele escolheu como personagem
condutor de uma saga de pessoas que preenchem o tempo que vai do após a
Primeira Guerra Mundial até aos nossos dias e cujas existências vão colorir uma
cidade portuguesa, banhada por um rio que é fonte de sustento e de evasão de um
Portugal oprimido até à libertação do 25 de Abril de 1974.Não sendo um livro
histórico o retrato das personagens que o habitam é pelas suas características
uma referência da sociedade média de Portugal do século XX.”
Opinião: Carlos Reys, conhecido artista plástico, licenciado em
Design Industrial, trabalha na Indústria de Moldes para Plásticas. Leitor compulsivo,
lança em 2011 a sua obra de estreia, “Esmeralda Cor-de-Rosa”, através da Papiro
Editora.
Esta obra não é simples de
resumir, nem tão pouco de definir. Trata-se de uma obra repleta de histórias de
Portugal, desde a primeira guerra mundial, ao 25 de Abril e mesmo à
actualidade. É um relato bastante real de todos estes momentos que marcaram o
mundo e o nosso país em específico, apresentando-nos personagens com histórias
interessantes e autênticas.
Confesso que não tinha
expectativas quando iniciei esta leitura, pois a obra era-me desconhecida até
então. Contudo, foi uma surpresa agradável e até considerei o livro algo
enriquecedor. Gostei dos momentos descritos referentemente à 1ª Guerra Mundial;
antes do 25 de Abril, em que o ambiente conspiratório e de receio eram bastante
palpáveis e o após 25 de Abril em que tudo muda; transpondo-nos para a
actualidade com uma mensagem.
Todas as personagens que nos são
apresentadas, ao longo das páginas deste volume, têm a sua história de vida,
repleta de lutas, amor e perda. A personagem principal deste volume acaba por
ser, no meu ponto de vista, Guilherme Esteves, pois as duas raparigas com maior
destaque nestas páginas possuem uma ligação com ele. Tenho de admitir que não
concordo plenamente com o título elegido para esta obra, pois as duas
personagens femininas que têm ligação com Esteves possuem igual importância.
Sara e Esmeralda Cor-de-Rosa são duas pessoas muito diferentes, que viveram no
mesmo tempo, mas que ainda assim escolheram futuros completamente opostos e
acaba por ser em roda destas duas personagens que toda esta trama se desenrola.
Gostaria de ter presenciado um maior desenvolvimento de todas as
personagens, tal como um pouco das suas histórias. O
ambiente histórico encontra-se muito bem contextualizado, quase como se nos
tivesse a ser narrado por alguém que viveu em primeira mão aqueles momentos,
contudo penso que as personagens teriam outro impacto no leitor, se tivessem
sido desenvolvidas de modo mais aprofundado, tal como a sua história de vida em alguns casos.
Numa escrita fluída e cativante,
Carlos Reys apresenta-nos histórias de portugueses, com todas as vitórias,
tristezas e perdas inerentes à vida. Mostra-nos que todos nós temos um alicerce,
pelo qual nos regemos. Possuindo também a mensagem que nunca é tarde para
cumprir um desejo ou para satisfazer uma necessidade.
Em suma, “Esmeralda Cor-de-Rosa”
foi uma obra cheia de histórias entrelaçadas, que se mostrou interessante e com
algumas surpresas agradáveis.
Avaliação: 3/5 (Gostei!)
Olá Rita,
ResponderEliminargostei bastante da tua opinião acerca deste livro. :D e despertou-me o interesse. Gostei do facto de apresentar factos históricos.
Beijinhos e boas leituras**
Reparei agora no livro que estás a ler e fiquei apaixonada!
ResponderEliminarVou esperar pela tua opinião, mas de certeza que vai ser a minha próxima aquisição!
beijinhos**
Olá Carolina. :)
EliminarObrigada pelo elogio. Gostei dos factos históricos e penso que nesse aspecto o livro se torna algo enriquecedor, até porque são alturas da história que me suscitam interesse. :)
Quanto ao "Rebeldes", ainda não li muito, mas parece-me interessante. :) Vamos ver se não demoro muito tempo a terminá-lo.
Beijinhos e boas leituras*
Ois Rita,
ResponderEliminarAi tanto para ler e comentar :D
Gosto deste tipo de livros, ficamos sempre a saber algo mais sobre o nosso passado, parece interessante ;)
BJS
Olá Paulo. :)
EliminarTenho andado meio desaparecida do blogue e lido pouquinho, por isso até não é muito coisa. :P
Pessoalmente gostei, até porque como afirmas nos permite conhecer um pouco mais da nossa História. Sendo que estas informações nos são dadas na contextualização da história das nossas personagens, não sendo nada maçudo. Se quiseres ler, eu empresto. :)
Beijinhos
um comentário digno desse nome e do livro que o suscita. Nada menos verdadeiro do que o comentário que se limita ao elogio fácil ou desdém infundado. Este leitor e comentador merece a minha estima. Eu mesma tive a oportunidade de apresentar este livro, no Casino da Fig da Foz. Este Carlos Reys, que conhecia apenas como artista plástico, surpreendeu-me mesmo. Trabalho oficinal, paciente, de construir personagens com história. O título foi uma opção do autor, com a beleza visual que as palavras suscitam. Eu também lhe daria outro... se... eu tivesse escrito o livro. Mas não escrevi! alice marques
ResponderEliminarBoa noite Alice. Obrigada pela sua visita e comentário.
EliminarObrigada pelas palavras. Como admiti na minha opinião, não sabia o que iria encontrar com esta leitura, mas a verdade é, que tal como sucedeu consigo, me vi surpreendida pela positiva.
Concordo consigo, a capa e o título são chamativos, contudo estranhei a escolha e fiquei algo curiosa com a mesma. :)
Cumprimentos.
http://numadeletra.com/15857.html
ResponderEliminarObrigada pelo link, irei visitar. :)
EliminarCumprimentos.
Levei "Esmeralda Cor-de-Rosa" como minha companhia de férias. Cedo me apercebi,porém, que este livro merecia uma atenção que o tempo ligeiro das férias não proporcionava.
ResponderEliminarAcabei de o ler há poucos dias. O retrato social, que percorre um largo período da nossa história, só poderia ter saído das mãos sensíveis de Carlos Reyes, dos seus olhos de pintor.Mas é a consciência da fragilidade do ser humano que mais me toca e que o autor tão bem descreve já quase no final "Como uma vida inicia e tão, por vezes, rapidamente termina.(...)A consciência de ser alguém,a indiferença dos outros com que por vezes se é confrontado, o sofrimento, a paixão, a tolerância, sentimentos humanos, afinal, que estabelecem o ser que a Natureza coloca no planeta e deixa à deriva na busca de se concretizar, umas vezes altruísta, humanizado,outras vezes egoísta, desumanizado".
Boa noite Soares Roque, seja bem-vindo. :)
EliminarAgrada-me saber que apreciou tanto esta pequena obra. Sem dúvida, que o que mais me agradou neste livro foi a viagem que nos proporciona desde a primeira guerra mundial até ao 24 de Abril. Pessoalmente gostaria de ter visto as suas personagens um pouco mais desenvolvidos, mas concordo plenamente consigo quando menciona que a fragilidade do Homem se encontra bastante real nesta obra.
Cumprimentos e boas leituras.