Nome: “Tabu”
Autora: Jess Michaels
Nº de Páginas: 240
Editora: Quinta Essência
Sinopse: “Ao perderem-se no êxtase erótico que volta a renascer
entre eles, Nathan Manning, conde de Blackhearth e Cassandra Willows, a mais
famosa costureira de Londres e criadora de "brinquedos" sexuais,
estão a tentar a sorte - ficando vulneráveis a um passado que ainda ameaça
destruir as suas vidas e a sua paixão; à mercê de segredos sombrios e tácitos
que são chocantemente, perigosamente… tabu.”
Opinião: Jess Michaels, considerada a estrela do romance sensual,
apresenta-nos em “Tabu” o par Nathan Manning, conde de Blackhearth e Cassandra
Willows, a mais prestigiada costureira de Londres e clandestinamente criadora
de objectos de prazer.
Quando jovens partilharam um amor
impossível, o que os leva a decidir fugir para poderem ser felizes longe dos
pais de Nathan, que nunca concordariam com esta união. Contudo, no dia em que
seria suposto fugirem, Cassandra não aparece no local combinado, o que aliado a
uma carta que o pai de Nathan diz ter interceptado entre Cass e o seu amante, o
deixa destroçado e o leva a sair do país e rumar à índia.
Ao retornar vem com uma enorme
sede de vingança e um desejo enorme de poder estar novamente com a mulher que
foi em tempos a pessoa mais importante para si, o que o leva a fazer chantagem
com Cass, para que a mesma seja sua amante.
Tenho de confessar que adquiri
este livro por causa da capa, que é absolutamente fantástica e que não sabia o
que iria encontrar com esta leitura. Só quando recebi a encomenda é que percebi
que se tratava de um romance sensual.
Relativamente à chantagem de
Nathan, tenho de admitir que foi um dos pontos que me fez real confusão porque
por muito magoado e traído que ele se sentisse, pela mulher que pensava ser a
mulher da sua vida, e mesmo tendo em conta o passado de Cassandra, que foi
amante de vários homens, penso que homem nenhum tem o direito de exigir favores
sexuais. Cassandra destaca que se não se sentisse atraída por ele nunca teria
concordado com esta chantagem e mesmo Nathan mais tarde admite ter sido um
erro, porém isto demonstra que ela é demasiado submissa e ele demasiado
possessivo.
A história de amor, embora a
relação entre ambos se inicie deste modo com o qual não concordo plenamente,
gostei do modo como o amor se reacende entre ambos, durante estes encontros que
partilham, onde percebem que por muito magoados que estejam um com o outro
ainda se amam profundamente.
Relativamente às personagens,
pessoalmente penso que a autora deveria ter investido mais na caracterização
das mesmas, de modo a que as pudéssemos ter compreendido melhor. O passado
entre ambas fica esclarecido na obra, tal como o porquê de ambos estarem magoados um com
o outro, porém penso que a autora poderia ter caracterizado e contextualizado melhor as personagens, tal como ter investido mais em diálogos, de modo a nos sentirmos mais ligados às mesmas.
Quanto às cenas de cariz sexual,
penso que são um pouco em demasia. Quando adquiri esta obra, uma amiga minha
leu-o antes de mim e avisou-me que havia uma cena a cada vinte páginas. Pensei
que ela poderia estar a exagerar, mas não, tal sucede realmente. As descrições
destes momentos são realmente sem tabus, numa linguagem recheada de luxúria e
prazer e pessoalmente gosto de ler uma cena ou outra num livro, contudo quando
o livro é recheado destes momentos, torna-se, para mim, um pouco maçudo e
exagerado. Tal facto poderia ter sido colmatado, se o livro fosse um pouco
maior, onde houvesse a tal caracterização e contextualização das personagens,
de modo a não se tornar tão fastidioso.
Penso que este género de livros não faz muito o meu estilo literário, mas como ganhei num passatempo outra
obra de romance sensual, irei tentar lê-la daqui a uns tempos.
Embora esta obra não me tenha agradado sobremaneira, esta é somente a minha opinião e gosto
pessoal. Tenho a certeza que a outros leitores poderá agradar este género de
obras.
Avaliação: 2/5 (Está Ok!)
Só de ler a sinopse apeteceu-me revirar os olhos, de tão batido que está este tipo de romance. E concordo contigo na parte cenas de cariz sensual, não neste livro que ainda não li, mas há muitos livros por aí que pecam pela quantidade exagerada desse tipo de cenas, que começam a cansar. Às vezes só nos apetece saltá-las e continuar com a história.
ResponderEliminarOlá Addle. :)
EliminarRealmente o tema do livro não é muito original, o que aliado ao cariz sexual exagerado, à pobreza de caracterização das personagens e de ambiente, leva a que o livro seja só mais um. Enquanto lia este livro deu-me vontade de ler essas partes na diagonal, pois são mesmo um exagero, mas pronto também acho que tem a ver com o nosso gosto pessoal. Percebi que este género de livros não me diz muito...
Beijinhos e boas leituras.
Rita, este tipo de livros não são para mim. Não tenho vergonha nenhuma de dizer que li algumas partes em diagonal. A cada vinte páginas uma cena de sexo redundante que me fizeram revirar os olhos. A tua amiga tem toda a razão. Também digo o mesmo a quem me pede conselho sobre o livro.
ResponderEliminarBeijinho*
Olá Jojo. :)
EliminarCom este fiquei a pensar que também não devem ser para mim. Realmente tem razão mas na altura pensei que ela tivesse a exagerar de modo a transmitir que eram em grande número, mas a verdade é que é mesmo de 20 e 20 páginas. Enquanto duas ou três cenas num livro seria agradável, este número torna-se exagerado. Emma Wildes é a escritora que me assalta à memória quando penso nisso, consegue ter este género de cenas, mas contextualizadas e quando é necessário, já para não falar que em termos de escrita e diálogos ganha por muitos pontos a Jess Michaels, na minha opinião.
Beijinhos*
A Emma Wildes é realmente um bom exemplo de como se pode fazer uma cena de sexo bem contextualizada sem grandes exageros. Tudo o que é demais enjoa! Outra autora que descobri recentemente Eloisa James também faz isso bem nestes "romances de época" mas sem cansar.
EliminarPs: Beijinhos*:)
ResponderEliminarConcordo plenamente contigo, foi um exagero esta obra e pelo que li, parece que a outra obra que ganhei num passatempo, "Escravos de Amor", vai para o mesmo caminho. Emma Wildes embora só tenha lido uma obra sua, fiquei bastante agradada com a sua escrita e consegue contextualizar muito bem estas cenas. :) Também já ouvi falar dessa escritora e bastante bem. Tenho de experimentar um dia. :)
EliminarBeijinhos :)