segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Um livro, uma adaptação - Sempre que te Vejo


Título Original: “Charlie St. Cloud”

País de origem: EUA / Canadá

Género: Romance / Drama / Fantasia

Ano de Lançamento: 2010

Ben Sherwood, escritor, jornalista e empresário, nasceu a 12 de Fevereiro de 1964. Em 1996 escreve o seu primeiro romance, “Red Mercury” e oito anos depois lança “The Death and Life of Charlie St. Cloud”, que em português possui o título “O Espírito do Amor”, que acompanha a jornada de Charlie entre os dois mundos, a vida e morte, desde que o seu irmão faleceu.

Charlie e Sam são ambos amantes de basebol e partem para ir ver um jogo dos Red Sox, contudo acabam por ter um acidente rodoviário, que infelizmente é fatal para Sam. Depois deste acontecimento, Charlie, que sempre amou o irmão, promete nunca o abandonar e começa a visitar todos os dias há mesma hora o local onde costumava jogar basebol com ele. Neste local consegue ver e falar com o irmão, brincando e falando de tudo um pouco. Quando reencontra Tess, uma antiga colega de liceu, apaixona-se por ela e começa a compreender que tem de se agarrar à vida e tentar seguir em frente.

Dirigido por Burr Steers, a adaptação cinematográfica teve como protagonistas Zac Efron (Charles Percival St. Cloud), Charlie Tahan (Samuel St. Cloud) e Amanda Crew (Tess Carroll).

Não tenho por hábito ver as adaptações cinematográficas antes de ler a obra, contudo desconhecia que este filme tinha sido inspirado na obra de Ben Sherwood. Só depois de ter visto o filme e de ter feito uma pequena pesquisa é que o descobri.

Tenho de confessar que me custou um pouco entrar na história, pois o filme tem uma grande vertente de fantasia no que ao após a morte diz respeito. Todos nós já nos perguntámos o que haverá para além da nossa existência terrena, o que neste filme é-nos mostrado que as pessoas continuam connosco e que as podemos observar, se tivermos essa capacidade, essa predisposição para ver para além do objectivo e conciso. Acho um ponto de vista bonito, todos nós gostaríamos de ter sempre presentes, aqueles que amamos, contudo a verdade não é essa e o meu lado céptico levou-me a não concordar plenamente com esse aspecto.

Quanto à encarnação das personagens, embora tenha gostado de ver o Zac Efron noutro contexto, senti falta de uma maior contextualização da personagem. Não sei até que ponto é que este facto é culpa do actor ou se no livro tal também sucede, mas senti que faltava uma maior pormenorização nesse sentido.

O filme tem um tema interessante, mostra-nos que devemos abarcar a felicidade e que não devemos viver eternamente no passado, tendo também uma mensagem sobre o amor e a esperança de melhores dias e de contornar a dor da perda de alguém que amamos. Porém, não consegui sentir-me realmente apegada à história, possivelmente por ir contra os meus ideais no que ao após a morte diz respeito ou à falta de um maior enraizamento das personagens. 

Sinceramente, não sei se lerei a obra. Quem sabe, se encontrar uma promoção tentadora. Afirmo-o não tendo como foco exclusivamente a adaptação cinematográfica, pois a experiência ensinou-me que as obras são sempre mais enriquecedoras e que nenhum livro deve ser avaliado tendo em conta somente o filme, mas li opiniões do livro que não o destacam.



2 comentários:

  1. Oi!=)

    Também vi este filme e, apesar de ter gostado da história e da mensagem que tenta transmitir, concordo contigo no que se refere ao aprofundamento das personagens. Não sei se devido a cortes necessários aquando da edição do filme ou à interpretação do realizador, não consegui ligar-me a nenhuma das personagens daquela forma que, normalmente, acontece com filmes deste género.
    Quanto ao livro... Sinceramente, nunca me tinha passado pela cabeça, nem mesmo quando vi o filme!xD

    Bjinhos e boas leituras!**

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Olá Ghost. :)

      Também poderá ter sido devido a esses cortes na edição, que ficámos a sentir falta de um maior aprofundamento das personagens. Não sei se o facto de não ter gostado tanto do filme se deveu a este aspecto ou não, mas a verdade é que senti falta de algo mais. É como ressalvas, nenhuma personagem me tocou, como sucede neste tipo de filmes, infelizmente.

      Eu também não tinha ideia de ler o livro antes do filme, aliás nem sabia da sua existência :P, mas depois de ver o filme acho que passo. xD

      Beijinhos e boas leituras*

      Eliminar