Nome: "A Lua de Joana"
Autora: Maria Gonzalez
Nº de Páginas: 184
Editor: PI
Sinopse: "Ao lermos a Lua de Joana, não podemos deixar de pensar na forma como, muitas vezes, relegamos para segundo plano aquilo que realmente é importante na vida. Porque este livro alerta-nos para a importância de estarmos atentos a nós e ao outro, e de sermos capazes de, em conjunto, percorrer um caminho que conduza a uma vida plena…"
Opinião: “A Lua de Joana” conta a história de Joana, que perdeu a sua melhor amiga devido a uma overdose. Como modo de aprender a contornar a dor e de expor os seus sentimentos começa a escrever cartas endereçadas à melhor amiga e é, deste modo, que se inicia a narrativa. Nestas cartas Joana conta à amiga o seu dia-a-dia, as suas dúvidas, frustrações e medos, quase como se tivesse escrevendo um diário.
Joana é uma menina inteligente, adorada por professores e amigos, sendo considerada por todos como a menina perfeita, contudo em casa a vida não é assim tão fácil, com um pai introvertido e ausente, uma mãe desligada e pouco atenciosa e um irmão rebelde, sendo o seu único apoio a avó. Deste modo quando o mundo de Joana descarrila o apoio é praticamente inexistente, o que irá condicionar o seu modo de contornar os problemas.
Joana é uma menina inteligente, adorada por professores e amigos, sendo considerada por todos como a menina perfeita, contudo em casa a vida não é assim tão fácil, com um pai introvertido e ausente, uma mãe desligada e pouco atenciosa e um irmão rebelde, sendo o seu único apoio a avó. Deste modo quando o mundo de Joana descarrila o apoio é praticamente inexistente, o que irá condicionar o seu modo de contornar os problemas.
Mesmo sentindo que se tivesse lido esta obra enquanto adolescente o impacto teria sido maior, tenho de admitir que é uma excelente história, com uma grande lição de vida. Não é só a mensagem relativa às drogas e que as mesmas podem destruir vidas, mas também uma nota aos pais ausentes que o apoio é importante, nos bons e maus momentos, especialmente na adolescência, que é uma das fases mais difíceis e que devemos sempre aproveitar cada momento para estarmos com os que mais amamos, pois não poderemos saber o dia de amanhã, mostrando-nos que devemos dar valor e atenção ao que temos.
Em termos de personagens gostei bastante da Joana, pois ela estava de tal forma bem construída que sentíamos quase a sua tristeza como nossa. Foi com solidariedade e até pena que a acompanhei ao longo das páginas desta obra, sempre desejando que alguém olhasse por ela e a ajudasse a contornar a depressão.
Quanto aos pais de Joana, confesso que achava a sua mãe algo irritante, pois preocupava-se demasiado com roupa e com o outro filho, por ser rebelde e ter más notas, desligando-se completamente da filha, que tanto precisava dela. Quanto ao pai senti que ele tinha problemas em expressar-se e de expor os seus sentimentos e não tanto por vontade dele. Senti que era uma pessoa introvertida, que se refugiava no trabalho, por não saber lidar com as suas emoções.
E, por fim, gostaria de salientar o irmão de Marta, a melhor amiga de Joana, que entra em depressão com a morte da irmã e que é incapaz de expor os seus sentimentos. Com ele percebi que aquilo que, tanto ele como Joana, necessitavam era de uma mão amiga, alguém que os auxiliasse e ajudasse a dar a volta por cima, sendo que os pais poderiam ter tido um papel fundamental para que tal fosse possível.
Os aspectos que mais me fascinaram na obra foram o facto de o mesmo nos ser apresentado em forma de cartas, pois não sabia o que esperar da narrativa. Da lição patente na obra, que me leva a crer que pais e filhos deveriam ler, pois é intemporal e poderá abrir os olhos a muitas pessoas. O pormenor do baloiço em forma de lua construído especialmente para o quarto de Joana, que achei bastante engraçado, pois dava para mudar as fases, que ela colocava em quarto minguante quando se encontrava triste e em quarto crescente quando queria pensar.
Numa leitura simples, acessível, contendo uma lição de vida intemporal e personagens bem construídas, repletas de sentimento, Maria Gonzalez conta-nos uma história para pequenos e graúdos que certamente não deixará ninguém indiferente.
Avaliação: 3.5/5 (Gostei!)
Olá Rita
ResponderEliminarLi este livro faz muitos anos, e recordo com saudade, foi um livro que mexeu muito comigo. Tenho que o reler.
Boas leituras:)
Olá Carlinha. :)
EliminarPenso que é um livro que todos os adolescentes deveriam ler, pois tem uma grande lição de vida. Acredito que na altura em que o tenhas lido te tenha marcado, pois se gostei com a idade que tenho agora, imagino se tivesse lido enquanto adolescente... :)
Beijinhos e boas leituras.
Eu também li este livro à muito tempo, mas ainda hoje tenho presente que foi uma daquelas leituras que deixam marca. De qualquer maneira, penso que é mais adequada para adolescentes.
ResponderEliminarConcordo contigo Offuscatio. É uma leitura que embora a considerei intemporal, irá marcar sempre mais um adolescente, até porque a forma como víamos a vida naquela altura e hoje são completamente distintas. :)
EliminarBeijinhos e boas leituras.
Li esse livro quando era pré-adolescente e gostei muito...Reli-o várias vezes. A mensagem é forte e até me deixou um pouco incomodada (especialmente o final), mas não há dúvida que a mensagem é muito actual. A mãe da Joana tb me irritou...Infelizmente existem muitos pais assim, nunca têm tempo e dp é tarde de mais...um livro para jovens e adultos.
ResponderEliminarcumps
Acredito que a percepção que temos da obra varia consoante a altura e a idade que temos quando a lemos e por isso algo me diz que se tivesse lido na mesma altura que tu seria uma das minhas obras preferidas. :) Quanto à história para um adolescente será inquietante e o final brutal e é também por isso que defendo que todo o adolescente deveria ler esta obra. Verdade, cada vez é mais comum os pais deixarem os filhos mais libertos e com menos atenção, o que é uma pena.
EliminarBeijinhos e boas leituras.
Olá Rita!
ResponderEliminarApesar de se enquadrar mais na fase da adolescência, este livro acaba por ser uma chamada de atenção tanto para adolescentes como para os pais. Gostei bastante quando o li.
Beijinhos
Lit@
Olá Lita. :)
EliminarConcordo contigo, é uma obra que todos os adolescentes deveriam ler e também os pais porque mostra o que a falta de atenção ou liberdade não controlada podem trazer futuramente para os jovens.
Beijinhos*