Nome: "Um Cappuccino Vermelho"
Autor: Joel G. Gomes
Nº de Páginas: 260
Edição de Autor
Sinopse: "As pessoas que conhecem Ricardo Neves dividem-se em dois grupos: os que o conhecem como autor de policiais e os que o conhecem como assassino profissional.
Ricardo sempre cuidou para que estas duas facetas da sua vida não misturassem. Tudo se complica quando recebe uma lista de alvos demasiado próximos do seu mundo de escritor. A colisão torna-se inevitável e Ricardo não tem como a impedir.
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João Martins é um escritor com prazos para cumprir e sem ideias para desenvolver. Até que tem a ideia de escrever sobre um escritor que é também assassino profissional.
A surpresa acontece quando pessoas à sua volta começam a morrer tal e qual ele descreve no seu livro. A dúvida surge de imediato: estarão as mortes a acontecer porque ele as escreve ou será ele um mero narrador de eventos predestinados a acontecer?"
Opinião: João e Ricardo vivem na mesma zona e têm a adoração pela escrita em comum, contudo as semelhanças entre ambos terminam aqui. Até ao momento em que João decide escrever sobre um assassino profissional e constata que o fruto da sua imaginação se torna realidade.
Sendo esta a primeira criação de Joel Gomes e as opiniões escassas, não nego que tinha algum receio de embrenhar nesta leitura. Fui sem grandes expectativas, não o posso negar, contudo mostrou-se ser agradável, escrita de um modo simples e estimulante.
Considerei a ideia da obra bastante aprazível e misteriosa. Quando João começa a escrever sobre este assassino e as ideias começam a tornar-se realidade, foi interessante constatar o debate de João, quanto à probabilidade de tal suceder, o seu questionamento quanto à sua sanidade e possibilidade de poder mudar os acontecimentos futuros, pois sabia não poder contar com a autoridade.
Os aspectos que mais gostei foi o tema em si, que considerei bastante interessante. A escrita que embora seja simples, sem grandes floreados, nem grandes descrições, prende-nos e leva-nos a ler a obra rapidamente. Gostei do mistério e até do certo humor patente na obra. Achei bastante agradável o papel do café na trama e dos aspectos que o autor nos dá a conhecer sobre o mesmo, sendo que desconhecia alguns e até a importância que o mesmo dá à cor, que a mesma é, mesmo que não nos apercebamos, um espelho da nossa alma.
Como aspecto negativo aponto, porventura, a falta de descrições para ambientar o que se passa em redor das personagens e mesmo na consolidação das próprias personagens. Em termos psicológicos e no que as move, através das suas acções é simples realizarmos um esquema delas, contudo em termos físicos e de ambiente penso que peca. Contudo, admito que este factor vai mais de encontro ao meu gosto pessoal e ao facto de ler cada vez mais livros descritivos.
Em suma, “Um Cappuccino Vermelho” foi uma obra agradável, que me proporcionou alguns bons momentos de leitura.
Avaliação: 3/5 (Gostei!)
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