Nome: “Amor & Enganos”
Autora: Julia Quinn
Nº de Páginas: 384
Editora: Edições ASA
Sinopse: “Sophie Beckett tinha um plano ousado: fugir de casa para
ir ao famoso baile de máscaras de Lady Bridgerton. Apesar de ser filha de um
conde, ela viu todos os privilégios a que estava habituada serem-lhe negados
pela madrasta, que a relegou para o papel de criada. Mas na noite da festa, a
sorte está do seu lado. Sophie não só consegue infiltrar-se no baile como
conhece o seu Príncipe Encantado. Depois de tanto infortúnio, ao rodopiar nos
braços fortes do encantador Benedict Bridgerton, ela sente-se de novo como uma
rainha. Infelizmente, todos os encantamentos têm um fim, e o seu tem hora
marcada: a meia-noite. Desde essa noite mágica, também Benedict se rendeu à
paixão. O jovem ficou até imune aos encantos das outras mulheres, exceção
feita... talvez... aos de uma certa criada, que ele galantemente salva de uma
situação desagradável. Benedict tinha jurado tudo fazer para encontrar e casar
com a misteriosa donzela do baile, mas esta criada arrebatadora fá-lo vacilar.
Ele está perante a decisão mais importante da sua vida. Tem de escolher entre a
realidade e o sonho, entre o que os seus olhos vêem e o que o seu coração
sente. Ou talvez não...”
Opinião: Julie Pottinger é uma autora bestseller americana de romances históricos, que admite ter
escolhido o pseudónimo Julia Quinn de modo a que os seus romances pudessem ser
organizados junto da romancista Amanda Quick. Os seus volumes foram traduzidos
para 24 línguas e constou 16 vezes da lista New
York Times Bestseller.
“Amor & Enganos”, terceiro
volume da série Bridgerton, que foi lançado no original em 2001 e no presente
ano em Portugal, apresenta-nos Sophie Beckett, que é filha bastarda de um Conde
e, embora tenha tido a possibilidade de ser educada na sua casa, ensinada por
perceptores a vários níveis, vê o seu papel na casa ser-lhe negado quando a sua
madrasta vai viver para aquela casa. Quando o pai morre, Sophie acaba por se
tornar numa criada, sem ganhar qualquer salário pelo trabalho desempenhado.
Ao
ter conhecimento do baile de máscaras que Lady Bridgerton se encontra a
organizar e com a ajuda de diferentes criadas, Sophie acaba por se infiltrar no baile,
contudo existe um senão, quando a meia-noite chegar, Sophie terá de voltar para
casa, de modo a poder usar a carruagem da madrasta e para que a mesma e as suas
duas filhas não se cruzem com ela. No baile além de ver os seus sonhos tornados
realidade, de conseguir usufruir de um baile com que tanto sonhou, acaba por
conhecer também o seu Príncipe Encantado, Benedict Bridegerton, sendo a
atracção entre ambos instantânea.
Sophie sabendo que nunca poderá
ter nada com Benedict e depois de um desentendimento com a madrasta, acaba por
sair de sua casa e ir à procura emprego noutra cidade. É passado dois anos que
Benedict e Sophie se reencontram e o primeiro a salva de um conjunto de homens,
prometendo-lhe um emprego. Apesar de reticente e de tentar a todo o custo não
se tornar criada em casa da sua mãe, o que iria tornar mais difícil ficar longe
do seu Príncipe, acaba por o fazer. Continuará Benedict à procura da bela
donzela que conheceu no baile ou será a bela criada que o irá arrebatar?
Desde que tive a possibilidade de
ler o primeiro volume desta saga, que me foi altamente recomendada, que me
tornei uma fã incondicional da autora e do género romance de época. Ao ser esta uma saga que tanto prazer me dá desfolhar e sendo este volume uma adaptação do conto infantil “A Cinderela” ainda era maior a
curiosidade de embrenhar nas suas páginas. O facto de ser uma adaptação de um
conto infantil que toda a gente conhece, poderia ser, de alguma forma, mal
aproveitada, até porque poderia tornar-se de certo modo previsível, contudo
Julia Quinn volta a deslumbrar-nos com a sua forma singular e muito especial de
contar histórias, apresentando-nos uma adaptação muito bem conseguida, original
e ternurenta, capaz de nos arrancar suspiros e sorrisos constantemente.
Quanto às personagens principais,
considerei a Sophie, uma personagem bastante forte, com muito carisma, de
quem é fácil sentir apresso. Teve uma infância difícil, ao ser filha bastarda
de um Conde, sempre pensou que o pai não a amava plenamente e após a sua
morte foi explorada pela sua madrasta, sendo-lhe negado algo que era seu por direito.
Estes aspectos fizeram com que fosse obrigada a crescer depressa e aprendeu a
defender-se e aos seus ideais com garra.
Relativamente ao Benedict,
confesso que era um dos irmãos que ainda não me tinha chamado muito à atenção,
até este volume. Tem várias das características que definem a família
Bridgerton, o sentido de honra, a teimosia, a ligação fantástica à família e
acabou por ser uma personagem que me cativou no presente livro. Apesar de ter
tido algumas atitudes das quais não apreciei muito, acaba por se redimir e
mostrar o quão romântico pode ser, lutando pela sua felicidade e por aqueles
que ama.
No que diz respeito às
personagens secundárias, poderíamos destacar a madrasta de Sophie, Araminta, de
quem sentimos raiva, por tudo o que é capaz de fazer a Sophie,
apesar de a mesma ter mais direitos do que as suas filhas; o modo como a
explora e como a coloca fora de casa sem qualquer previsão de um futuro. A sua
filha mais nova, Posy, foi uma personagem que me agradou bastante, pois apesar
de ter uma mãe tão maquiavélica, foi capaz de defender Sophie, tratando-a sempre com respeito. No final da obra, fica o desejo que a mesma possa ser
feliz e que o futuro lhe seja risonho. Outra personagem que se destacou neste
volume foi a mãe Bridgerton. Desde o primeiro volume que me cativou pela sua
força, perseverança, pelo seu amor incondicional e, neste volume, não foi de
forma alguma excepção. Através da sua força e carisma defende afincadamente
aquilo em que acredita e a felicidade dos seus filhos.
Numa escrita fluída, com o
romantismo, ironia e humor que lhe são característicos, Julia Quinn
apresenta-nos uma história que nos deslumbra, conseguindo arrancar-nos inúmeros sorrisos com as
confrontações entre as nossas personagens principais e suspiros com os momentos mais ternurentos. Neste volume é igualmente defendido que nem sempre vemos o que temos à nossa frente e que a felicidade
poderá ser encontrada nas pessoas e locais mais improváveis.
No final desta obra ficamos
somente desgostosos por ter terminado tão rapidamente algo de tão fantástico,
pois é, sem dúvida, até ao momento, o livro que mais me agradou da saga, e fica
uma enorme curiosidade de saber mais sobre esta fantástica família. Fico
deveras ansiosa pelo seguinte volume, especialmente por ser do meu irmão
Bridgerton preferido, Colin.
Frases a Reter: "Dizem que uma pessoa inteligente aprende com os erros (...), mas uma pessoa verdadeiramente inteligente aprende com os erros dos outros."
Tenho imensa curiosidade para conhecer os irmãos Bridgertons!! *-*
ResponderEliminarOlá Carolina. :)
EliminarTenho a certeza que irás gostar muito e que ficarás rendida a esta família. Os livros são uma ternura, as personagens mesmo muito cativantes e sentimos que poderiam mesmo ter existido. Quando experimentares espero que gostes tanto quanto eu. :D
Beijinhos e boas leituras*