quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Amor & Enganos


Nome: “Amor & Enganos”

Autora: Julia Quinn

Nº de Páginas: 384

Editora: Edições ASA

Sinopse: “Sophie Beckett tinha um plano ousado: fugir de casa para ir ao famoso baile de máscaras de Lady Bridgerton. Apesar de ser filha de um conde, ela viu todos os privilégios a que estava habituada serem-lhe negados pela madrasta, que a relegou para o papel de criada. Mas na noite da festa, a sorte está do seu lado. Sophie não só consegue infiltrar-se no baile como conhece o seu Príncipe Encantado. Depois de tanto infortúnio, ao rodopiar nos braços fortes do encantador Benedict Bridgerton, ela sente-se de novo como uma rainha. Infelizmente, todos os encantamentos têm um fim, e o seu tem hora marcada: a meia-noite. Desde essa noite mágica, também Benedict se rendeu à paixão. O jovem ficou até imune aos encantos das outras mulheres, exceção feita... talvez... aos de uma certa criada, que ele galantemente salva de uma situação desagradável. Benedict tinha jurado tudo fazer para encontrar e casar com a misteriosa donzela do baile, mas esta criada arrebatadora fá-lo vacilar. Ele está perante a decisão mais importante da sua vida. Tem de escolher entre a realidade e o sonho, entre o que os seus olhos vêem e o que o seu coração sente. Ou talvez não...”

Opinião: Julie Pottinger é uma autora bestseller americana de romances históricos, que admite ter escolhido o pseudónimo Julia Quinn de modo a que os seus romances pudessem ser organizados junto da romancista Amanda Quick. Os seus volumes foram traduzidos para 24 línguas e constou 16 vezes da lista New York Times Bestseller.

“Amor & Enganos”, terceiro volume da série Bridgerton, que foi lançado no original em 2001 e no presente ano em Portugal, apresenta-nos Sophie Beckett, que é filha bastarda de um Conde e, embora tenha tido a possibilidade de ser educada na sua casa, ensinada por perceptores a vários níveis, vê o seu papel na casa ser-lhe negado quando a sua madrasta vai viver para aquela casa. Quando o pai morre, Sophie acaba por se tornar numa criada, sem ganhar qualquer salário pelo trabalho desempenhado. 

Ao ter conhecimento do baile de máscaras que Lady Bridgerton se encontra a organizar e com a ajuda de diferentes criadas, Sophie acaba por se infiltrar no baile, contudo existe um senão, quando a meia-noite chegar, Sophie terá de voltar para casa, de modo a poder usar a carruagem da madrasta e para que a mesma e as suas duas filhas não se cruzem com ela. No baile além de ver os seus sonhos tornados realidade, de conseguir usufruir de um baile com que tanto sonhou, acaba por conhecer também o seu Príncipe Encantado, Benedict Bridegerton, sendo a atracção entre ambos instantânea.

Sophie sabendo que nunca poderá ter nada com Benedict e depois de um desentendimento com a madrasta, acaba por sair de sua casa e ir à procura emprego noutra cidade. É passado dois anos que Benedict e Sophie se reencontram e o primeiro a salva de um conjunto de homens, prometendo-lhe um emprego. Apesar de reticente e de tentar a todo o custo não se tornar criada em casa da sua mãe, o que iria tornar mais difícil ficar longe do seu Príncipe, acaba por o fazer. Continuará Benedict à procura da bela donzela que conheceu no baile ou será a bela criada que o irá arrebatar?

Desde que tive a possibilidade de ler o primeiro volume desta saga, que me foi altamente recomendada, que me tornei uma fã incondicional da autora e do género romance de época. Ao ser esta uma saga que tanto prazer me dá desfolhar e sendo este volume uma adaptação do conto infantil “A Cinderela” ainda era maior a curiosidade de embrenhar nas suas páginas. O facto de ser uma adaptação de um conto infantil que toda a gente conhece, poderia ser, de alguma forma, mal aproveitada, até porque poderia tornar-se de certo modo previsível, contudo Julia Quinn volta a deslumbrar-nos com a sua forma singular e muito especial de contar histórias, apresentando-nos uma adaptação muito bem conseguida, original e ternurenta, capaz de nos arrancar suspiros e sorrisos constantemente.

Quanto às personagens principais, considerei a Sophie, uma personagem bastante forte, com muito carisma, de quem é fácil sentir apresso. Teve uma infância difícil, ao ser filha bastarda de um Conde, sempre pensou que o pai não a amava plenamente e após a sua morte foi explorada pela sua madrasta, sendo-lhe negado algo que era seu por direito. Estes aspectos fizeram com que fosse obrigada a crescer depressa e aprendeu a defender-se e aos seus ideais com garra.

Relativamente ao Benedict, confesso que era um dos irmãos que ainda não me tinha chamado muito à atenção, até este volume. Tem várias das características que definem a família Bridgerton, o sentido de honra, a teimosia, a ligação fantástica à família e acabou por ser uma personagem que me cativou no presente livro. Apesar de ter tido algumas atitudes das quais não apreciei muito, acaba por se redimir e mostrar o quão romântico pode ser, lutando pela sua felicidade e por aqueles que ama.

No que diz respeito às personagens secundárias, poderíamos destacar a madrasta de Sophie, Araminta, de quem sentimos raiva, por tudo o que é capaz de fazer a Sophie, apesar de a mesma ter mais direitos do que as suas filhas; o modo como a explora e como a coloca fora de casa sem qualquer previsão de um futuro. A sua filha mais nova, Posy, foi uma personagem que me agradou bastante, pois apesar de ter uma mãe tão maquiavélica, foi capaz de defender Sophie, tratando-a sempre com respeito. No final da obra, fica o desejo que a mesma possa ser feliz e que o futuro lhe seja risonho. Outra personagem que se destacou neste volume foi a mãe Bridgerton. Desde o primeiro volume que me cativou pela sua força, perseverança, pelo seu amor incondicional e, neste volume, não foi de forma alguma excepção. Através da sua força e carisma defende afincadamente aquilo em que acredita e a felicidade dos seus filhos.

Numa escrita fluída, com o romantismo, ironia e humor que lhe são característicos, Julia Quinn apresenta-nos uma história que nos deslumbra, conseguindo arrancar-nos inúmeros sorrisos com as confrontações entre as nossas personagens principais e suspiros com os momentos mais ternurentos. Neste volume é igualmente defendido que nem sempre vemos o que temos à nossa frente e que a felicidade poderá ser encontrada nas pessoas e locais mais improváveis.

No final desta obra ficamos somente desgostosos por ter terminado tão rapidamente algo de tão fantástico, pois é, sem dúvida, até ao momento, o livro que mais me agradou da saga, e fica uma enorme curiosidade de saber mais sobre esta fantástica família. Fico deveras ansiosa pelo seguinte volume, especialmente por ser do meu irmão Bridgerton preferido, Colin.

Frases a Reter: "Dizem que uma pessoa inteligente aprende com os erros (...), mas uma pessoa verdadeiramente inteligente aprende com os erros dos outros."

Avaliação: 4/5 (Gostei Bastante!)

Outras obras da escritora, com opinião no blogue:

   

2 comentários:

  1. Tenho imensa curiosidade para conhecer os irmãos Bridgertons!! *-*

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Olá Carolina. :)

      Tenho a certeza que irás gostar muito e que ficarás rendida a esta família. Os livros são uma ternura, as personagens mesmo muito cativantes e sentimos que poderiam mesmo ter existido. Quando experimentares espero que gostes tanto quanto eu. :D

      Beijinhos e boas leituras*

      Eliminar