Nome. “O Sorriso das Mulheres”
Autor: Nicolas Barreau
Nº de Páginas: 292
Editora: Quinta Essência
Sinopse: “Para Aurélie Bredin, as coincidências não existem. Jovem,
sensível e atraente, é a proprietária de um pequeno e romântico restaurante, Le
Temps des Cerises, situado no coração de Paris, a dois passos do Boulevard
Saint-Germain. Naquele pequeno restaurante forrado a madeira, com toalhas aos
quadradinhos vermelhos e brancos, o seu pai conquistou o coração da sua mãe
graças ao menu d’amour. E foi ali, rodeada pelo aroma do chocolate e da canela,
que Aurélie cresceu e onde encontra consolo nos momentos difíceis da sua vida.
Mas agora, magoada pelo abandono de Claude, nem sequer a calidez acolhedora da
cozinha é capaz de consolá-la.
Uma tarde, mais triste que nunca, Aurélie refugia-se numa livraria. Um romance, O Sorriso das Mulheres, chama a sua atenção. Quando o folheia, descobre que a protagonista é inspirada nela e que Le Temps des Cerises é um dos cenários principais. Graças a esta prenda inesperada, volta a sentir-se animada. Decide entrar em contacto com o autor, Robert Miller, para lhe agradecer. Mas isso não é fácil. Qualquer tentativa de conhecer o escritor – um misterioso e esquivo inglês – morre na secretária de André Chabanais, o editor que publicou o romance. Porém, Aurélie não desiste e quando um dia surge efectivamente uma carta do autor na sua caixa de correio, acaba por daí resultar um encontro bem diferente daquele que tinha imaginado…”
Uma tarde, mais triste que nunca, Aurélie refugia-se numa livraria. Um romance, O Sorriso das Mulheres, chama a sua atenção. Quando o folheia, descobre que a protagonista é inspirada nela e que Le Temps des Cerises é um dos cenários principais. Graças a esta prenda inesperada, volta a sentir-se animada. Decide entrar em contacto com o autor, Robert Miller, para lhe agradecer. Mas isso não é fácil. Qualquer tentativa de conhecer o escritor – um misterioso e esquivo inglês – morre na secretária de André Chabanais, o editor que publicou o romance. Porém, Aurélie não desiste e quando um dia surge efectivamente uma carta do autor na sua caixa de correio, acaba por daí resultar um encontro bem diferente daquele que tinha imaginado…”
Opinião: Nicolas Barreau, filho de mãe alemã e pai francês, nasceu
em 1980, em Paris, e formou-se em Literaturas Românticas e História na
Sorbonne. Inicialmente trabalhou numa livraria da Ribe Gauche na sua terra
natal, até que momentos mais tarde decidiu dedicar-se à escrita. O escritor,
que acredita no destino e que tem um gosto especial pela culinária, define-se
como sendo tímido, reservado, não apreciando aparecer em público. Os seus três
primeiros volumes foram publicados inicialmente por uma pequena editora alemã e
rapidamente se tornaram um sucesso, especialmente “O Sorriso das Mulheres”.
“O Sorriso das Mulheres”, que foi
publicado inicialmente em 2010 e no ano passado em Portugal, apresenta-nos uma
jovem, Aurélie Bredin, que é proprietária de um pequeno e acolhedor
restaurante, “Le Temps des Cerises”, no centro de Paris. Quando o seu namorado
Claude a deixa de um momento para o outro, Aurélie que sempre encontrou refúgio
na sua cozinha, não consegue deixar de se sentir angustiada. É neste estado de
espírito que esta jovem entra numa livraria e, apesar de não apreciar muito
ler, acaba por adquirir um livro que lhe chama a atenção, “O Sorriso das
Mulheres”. Quando chega a casa devora o livro numa só noite e qual não é o seu
espanto quando percebe que a heroína da história foi inspirada em si mesma. Com
esta estranha coincidência e sentindo que aquele livro a salvou, decide
conhecer o escritor, Robert Miller, e para esse efeito contacta o editor que
publicou o romance, André Chabanais, contudo a missão demonstra-se praticamente
impossível. Portadora de uma persistência inabalável, Aurélie não desistirá
facilmente de encontrar o autor, porém nem tudo correrá como ela desejará.
Após ter acompanhado algumas
opiniões que mencionavam que esta era uma obra perfeita para descontrair, não
exigindo muito do leitor e conseguindo arrancar-lhe sorrisos com alguma
facilidade, fiquei bastante curiosa com a mesma e a verdade é que a obra não
desiludiu. É, sem dúvida, uma obra simples, óptima para passar uma boa tarde na
sua companhia, contendo algumas mensagens.
Nesta obra é exposta a
importância da leitura, a forma como uma obra é capaz de auxiliar o seu leitor
de diversas formas, em diferentes estados de espírito. Sendo igualmente
defendido que nem tudo o que parece ser à primeira vista o é verdadeiramente;
que, por vezes, acalentamos alcançar algo com uma perseverança tal, que não
percebemos que mesmo à nossa frente se encontra a felicidade e que embora a
vida seja feita de altos e baixos se olharmos com atenção temos sempre uma ou
outra razão para voltar a sorrir.
Através da perspectiva de Aurélie
intercalada com a de André temos a possibilidade de conhecer estas duas
personagens, que graças a uma obra se encontram e iniciam uma aventura em comum. Penso que as personagens não são particularmente inesquecíveis, mas não deixam de ser agradáveis e de nos proporcionar uma história ternurenta. Aurélie é uma jovem batalhadora, persistente e que dificilmente desiste daquilo em que acredita e do que ambiciona. Sem muita sorte ao amor, acaba por se refugiar num livro como forma de esquecer essa traição e toda a sua vida muda. É difícil não nos sentirmos ligados a esta personagem, mais não seja por este aspecto, a forma como é defendido que quando nos encontramos mais em baixo, a literatura se torna uma forma de escape e é capaz de nos ajudar das mais variadas formas. Quanto a André é um homem inteligente, trabalhador, que acabará por se apaixonar por Aurélie e que de tudo fará para que a mesma se interesse por ele e esqueça o esquivo escritor inglês por quem parece ter criado uma pequena obsessão.
Numa escrita simples e fluída,
Nicolas Barreau apresenta-nos uma história óptima para descontrair, que nos
transporta para as ruas e restaurantes de Paris, encontrando-se repleta de
amor, ternura, algumas mentiras, perdão e recomeços. Efectivamente esta é uma história bastante previsível, desde o início que sabemos como as coisas se irão desenrolar e como a obra terminará, porém a verdade é que não nos deixa de agradar acompanhar a forma como estas personagens se conhecem e como os acontecimentos se desenvolvem a partir desse momento.
Em suma, “O Sorriso das Mulheres”
mostrou ser uma obra previsível, mas ao mesmo tempo ternurenta, capaz de me
arrancar alguns sorrisos, óptima para descontrair e passar uma tarde chuvosa na
sua companhia.
Avaliação: 3/5 (Gostei!)
Olá,
ResponderEliminarJá tinha lido um comentário a este livro e confesso que ainda foi mais duro com o mesmo, o que realmente é uma pena.
Ainda assim vejo que teve aspetos que te agradaram :)
Bjs
Olá :)
EliminarTambém vi algumas opiniões negativas, mas como não tinha grandes expectativas e sabendo que era um livro muito simples, até me agradou. É previsível e não é memorável, mas soube-me bem lê-lo. :)
Beijinhos