Nome: “Pensa num Número”
Autor: John Verdon
Nº de Páginas: 448
Editora: Porto Editora
Sinopse: “Pelo correio chega uma série de cartas perturbadoras que
terminam com uma declaração inquietante: «Pensa num número qualquer até mil, o
primeiro que te vier à cabeça... Repara agora como eu conheço bem os teus
segredos.» Estranhamente, aqueles que obedecem constatam que o remetente de
tais cartas previu com precisão a sua escolha. Para Dave Gurney, um inspetor de
homicídios recém-reformado da Polícia de Nova Iorque e amigo de um dos alvos
das missivas, o que primeiro lhe pareceu um caso estranho depressa se
transforma num complicado quebra-cabeças que levará a uma investigação em
grande escala na busca de um pérfido assassino em série.
Convidado como consultor pelo gabinete do procurador, em pouco tempo Gurney consegue alguns avanços na descoberta de pistas que a polícia local negligenciara. Ainda assim, diante de um adversário que parece ter o dom da clarividência e antecipar-se a todos os passos, vê os seus melhores esforços dissiparem-se como areia por entre os dedos. Terá encontrado, ao fim de vinte e cinco anos de carreira exemplar, um adversário capaz de o vencer?
Considerado pela crítica internacional uma obra-prima do suspense, Pensa num Núm3ro dá-nos a conhecer uma personagem fascinante, capaz de rivalizar com Sherlock Holmes ou Poirot.”
Convidado como consultor pelo gabinete do procurador, em pouco tempo Gurney consegue alguns avanços na descoberta de pistas que a polícia local negligenciara. Ainda assim, diante de um adversário que parece ter o dom da clarividência e antecipar-se a todos os passos, vê os seus melhores esforços dissiparem-se como areia por entre os dedos. Terá encontrado, ao fim de vinte e cinco anos de carreira exemplar, um adversário capaz de o vencer?
Considerado pela crítica internacional uma obra-prima do suspense, Pensa num Núm3ro dá-nos a conhecer uma personagem fascinante, capaz de rivalizar com Sherlock Holmes ou Poirot.”
Opinião: John Verdon foi durante alguns anos director criativo em
agências de publicidade em Manhattan. Após o 11 de Setembro de 2001, Verdon
mudou-se para uma pequena localidade no Norte de Nova Iorque, onde passou a
dedicar-se exclusivamente à escrita. “Pensa num número” é a sua obra de
estreia e encontra-se publicada em 24 países.
Um conjunto de cartas estranhas
começam a chegar a diferentes destinatários, onde é possível ser lida a
seguinte mensagem “Pensa num número qualquer até mil, o primeiro que te vier à
cabeça… Repara agora como eu conheço bem os teus segredos”. Misteriosamente
parece que o remetente acerta verdadeiramente no número pensado pelas pessoas
que aceitam o desafio.
Dave Gurney é um reformado
inspector de homicídios que se vê envolvido neste mistério quando um antigo
colega de faculdade o contacta por estar a ser alvo destas estranhas
cartas, que lhe parecem ler os pensamentos. Envolvido no mistério, sendo
meticuloso e perseverante, Gurney não desiste enquanto não começa a juntar o
quebra-cabeças, até que o seu antigo colega aparece morto. Será Gurney capaz de
resolver este mistério encabeçado por um assassino meticuloso, que parece ser
clarividente e pensar cada um dos seus passos sem o único erro?
Embora o género policial não seja
dos que mais leio, são, quando bem conseguidos, dos livros que mais prazer me
dão desfolhar, pelo mistério, pelo suspense, pela forma como nos deixam a
pensar na identidade do criminoso e a suster a respiração nos momentos mais
atribulados ou em que tudo começa a encaixar nos seus devidos lugares, como se
de um puzzle se tratasse.
Em “Pensa num Número” somos
apresentados a uma história original, onde por diversas vezes nos colocamos a
pensar como poderá o criminoso saber os números pensados pelas vítimas. Uns
poderão pensar que o criminoso efectivamente consegue ler as mentes das suas
vítimas, outros pensarão que se trata de alguém próximo das vítimas que as
conhece suficientemente bem para descobrir os números. Contudo, quando começam
a aparecer mais mortes em vários estados, o mistério adensa-se e todas as
nossas conjunturas são lançadas por terra. Arrisco-me a dizer que serão
surpreendidos do princípio ao fim e que a resolução deste enigma será uma
surpresa espantosa, tal como foi para mim.
Fiquei completamente cativada por
esta história, onde o suspense e a adrenalina são uma realidade, é uma obra
tremendamente bem estruturada, onde todos os pormenores parecem ter sido
pensados ao mais ínfimo detalhe. Confesso que todo o mistério em volta do
assassino, a motivação do crime, os contornos do mesmo, a forma como o
assassino parecia saber sempre o que a vítima pensava, os poemas que o mesmo
enviava para as suas vítimas, todos estes detalhes me surpreenderam muito pela positiva, tendo sido,
sem duvida, dos policiais mais bem conseguidos que já tive o prazer de ler.
Relativamente às personagens,
penso que é mais um dos factores fortes desta trama, onde a idealização e
consolidação das personagens foi muito bem conseguida, onde têm um passado que
as define, com receios e sonhos característicos, sendo deveras humanas. Dave
Gurney é um desses exemplos, é um conceituado ex-inspector de homicídios, que
após uma tragédia na sua vida e na da sua mulher, acaba por decidir mais tarde
reformar-se e mudar-se para uma pequena localidade. Contudo, o seu glorioso
passado como inspector, irá levar a que seja colocado neste mistério, onde
temos a possibilidade de perceber que é um homem tremendamente inteligente, meticuloso, perspicaz, com um sentido de lealdade bastante vincado, contendo um passado
triste, que o persegue e condiciona a sua felicidade, tal como a da sua mulher.
Quanto ao assassino, tenho de confessar que considerei a sua idealização e
estruturação absolutamente genial, pois todos os pormenores foram pensados,
desde o que motivava o crime, o porquê de ser determinada arma do crime, entre
todos os outros aspectos que mencionei. Para ser sincera somente umas dez
páginas antes da resolução do mistério, é que pensei que poderia ser
determinada personagem o criminoso, e porque nos estavam a ser dadas pistas ao
longo da narrativa, por isso o escritor está mesmo de parabéns por esta
fantástica obra.
Numa escrita fluída e cativante,
contendo vários elementos da Psicologia e da Criminologia, que nos prendem à
narrativa, John Verdon apresenta-nos uma história fantástica, original e
tremendamente cativante, que certamente agradará aos amantes do género. Aguardo
com expectativa os seguintes volumes desta trilogia.
Avaliação: 4/5 (Gostei Bastante!)
Parece muito interessante! :D
ResponderEliminarTenho o segundo deste autor, "Não Abras os Olhos" para ler! ;)
Olá Carolina. :)
EliminarPessoalmente achei-o mesmo muito bom, é bastante cativante e original. Também tenho de adquirir esse volume, do qual também já ouvi falar muito bem. Depois quando tiveres oportunidade de os ler, irei ver a tua opinião. Espero que fiques rendida como sucedeu comigo. :)
Beijinhos e boas leituras