Nome: "O Leitor"
Autor: Bernhard Schlink
Páginas: 144
Editora: Edições ASA
Sinopse: "Michael Berg, um adolescente nos anos 60, é iniciado no amor por Hanna Schmitz, uma mulher madura, bela, sensual e autoritária. Ele tem 15 anos, ela 36. Os seus encontros decorrem como um ritual: primeiro banham-se, depois ele lê, ela escuta, e finalmente fazem amor. Este período de felicidade incerta tem um fim abrupto quando Hanna desaparece de repente da vida de Michael.
Michael só a encontrará muitos anos mais tarde, envolvida num processo de acusação a ex-guardas dos campos de concentração nazis. Inicia-se então uma reflexão metódica e dolorosa sobre a legitimidade de uma geração, a braços com a vergonha, julgar a geração anterior, responsável por vários crimes. Perturbadora meditação sobre os destinos da Alemanha, O Leitor, é desde O Perfume, o romance alemão mais aplaudido nacional e internacionalmente. Já traduzido em 39 línguas, a obra foi adaptada ao cinema. Para além disso, este romance foi galardoado em 1997 com os prémios Grinzane Cavour, Hans Fallada e Laure Bataillon. Em 1999 venceu o Prémio de Literatura do Die Welt."
Michael só a encontrará muitos anos mais tarde, envolvida num processo de acusação a ex-guardas dos campos de concentração nazis. Inicia-se então uma reflexão metódica e dolorosa sobre a legitimidade de uma geração, a braços com a vergonha, julgar a geração anterior, responsável por vários crimes. Perturbadora meditação sobre os destinos da Alemanha, O Leitor, é desde O Perfume, o romance alemão mais aplaudido nacional e internacionalmente. Já traduzido em 39 línguas, a obra foi adaptada ao cinema. Para além disso, este romance foi galardoado em 1997 com os prémios Grinzane Cavour, Hans Fallada e Laure Bataillon. Em 1999 venceu o Prémio de Literatura do Die Welt."
Opinião: “O Leitor” retrata o amor controverso entre um adolescente, Michael, de 15 anos e de Hanna com 46 anos, no inicio dos anos 60, na Alemanha. A relação de si é controversa, não só devido à diferença de idades, mas a toda a mudança de humores de Hanna, à sua obsessão pela limpeza e até mesmo à submissão de Michael, para com ela, sendo-lhe também adicionada a particularidade do rapaz ler para a sua amada, tornando-se uma espécie de ritual entre ambos.
A relação mantém-se, até que de um momento para o outro, ela desaparece sem deixar rasto. Anos mais tarde Michael volta a encontrá-la num tribunal, onde se encontram a ser julgadas ex-guardas de campos de concentração nazis, como arguida.
Embora a primeira parte retrate o amor entre ambos e a forma como o nosso narrador Michael se viu, de certa forma, subjugado num mundo desconhecido, que é o amor. Onde nos são mostradas as inseguranças de um adolescente na descoberta da sua primeira paixão e que sente receio que um erro seu possa terminar algo que ele tanto valoriza. Na segunda parte, já vemos retratada uma Alemanha após Segunda Guerra Mundial e tudo o que a mesma acarretou, para quem participou na mesma e a viveu.
Penso que o livro possui passagens absolutamente fantásticas, especialmente quando falam no desgosto amoroso da nossa personagem principal. Confesso que algumas das suas ideias quanto a este tema, foram em tempo minhas e penso que muito do facto de ter gostado tanto do livro, se deveu a isso mesmo. Uma das passagens que mais gostei e poderia mencionar mais umas 3 ou 4, pois o livro tem mesmo passagens deliciosas, foi a que passou a citar:
“Quando era novo, sentia-me sempre demasiado confiante ou demasiado inseguro. Ou achava que era totalmente incapaz, insignificante e inútil, ou acreditava que era um ser sobredotado, a quem tudo saía obrigatoriamente bem. Quando me sentia seguro, ultrapassava as dificuldades. Mas bastava o mais pequeno fracasso para me convencer da minha inutilidade. O recuperar da segurança nunca era resultado do sucesso; todo o sucesso ficava lastimavelmente aquém de tudo o que esperava do meu rendimento e esperava sempre que os outros o reconhecessem. E, dependendo de como me sentia, assim o meu sucesso me dava orgulho ou me parecia insignificante.”
Gostei muito da escrita do autor que embora fosse simples, possuía passagens algo poéticas, que nos fazem reflectir durante alguns momentos nelas. Gostei também das personagens que eram bastante interessantes e parecendo que não, mesmo sendo um livro pequeno aborda vários temas interessantes, desde a relação controversa entre o casal da trama, ao desgosto amoroso de Michael, à obsessão de Hanna, às consequências da Segunda Guerra Mundial.
“O leitor” é um excelente exemplo de quão delicioso pode ser um livro em poucas páginas.
Avaliação: 4/5 (Gostei bastante!)
Já estava curiosa, mas se porventura estivesse indecisa, com a tua opinião tomava uma decisão! Gostei :)
ResponderEliminarE até ao fim do ano, ainda leio este livro com certeza!
Beijinhos!
Olá Filipa!
ResponderEliminarFico contente que a minha opinião te tenha ajudado nessa decisão. Penso que é um livro bastante bonito, que nos faz pensar sobre vários aspectos.
Espero que sim e que partilhes da minha opinião. :)
Beijinhos.
Fiquei sobretudo curiosa como é que um livro pequeno deixa uma marca tão grande!
ResponderEliminarÉ bom sinal! :)
Confesso que não li a critica toda, apenas vi a nota atribuida (tambem não é verdade, tem a ver com um amor de um jovem e uma mulher mais velha LOL), deve ser bom, mas depois falamos melhor :)
ResponderEliminarÉ mesmo um livro excelente! Uma pequena preciosidade! Para mim, o livro ganhou outra emoção quando descobri o segredo de Hanna.
ResponderEliminarO filme esta excelente tambem! A Kate Winslet esta soberba como Hanna.
Filipa, é um livro que embora pequeno, possui algumas perguntas retóricas cheias de significado e encontra-se repleto de momentos preciosos. Foi muito por isso que gostei tanto. Quando refiro na minha opinião, que poderia mencionar mais umas 3 ou 4 passagens soberbas, não minto, tem mesmo momentos fantásticos. :)
ResponderEliminarPaulo, na minha opinião é realmente bom. Confesso que em certos momentos senti que a narrativa era rápida, mas muito devido a já não ler livros pequenos há algum tempo. :P Nós depois falamos sobre ele. :)
Jojo, concordo contigo. Nunca me passou pela cabeça que fosse esse o seu segredo e que ela fosse capaz de tudo para o esconder...
Em relação ao filme tenho de ver num futuro próximo. :)
Beijinhos para os três. :)